Bolsistas: Andrey W. de Souza; João Felipe C. Brosin; Priscila L. Gross e Yasmin C. Lima


EXTRAÇÃO DE DNA VEGETAL

 

O DNA (Ácido desoxirribonucleico) é uma molécula orgânica responsável pelo armazenamento e transmissão das informações genéticas que compõem os organismos vivos. Nos organismos eucarióticos, como animais, plantas e fungos, o DNA está presente no núcleo das células sendo composto por três substâncias químicas, que são as bases nitrogenadas, um açúcar formado por cinco átomos de carbono (pentose) e um radical de ácido fosfórico (FIGURA 01).

FIGURA 01: (A) Microscopia eletrônica de DNA. (B) Composição do DNA, onde P – Radical ácido fosfórico; Aç. – Pentose; G – Guanina; T – Timina; C – Citocina; A – Adenina.

O tamanho microscópico do DNA faz com que só seja possível observar essa molécula utilizando métodos avançados de microscopia eletrônica. No entanto é possível identificar a presença da molécula de DNA em solução a partir da extração de uma grande quantidade dessa molécula de células vegetais. Com isso, o objetivo desse roteiro de aula é contribuir para a identificação do DNA extraído a partir de material vegetal em solução de lise.

Roteiro - Rodrigues et al., 2008

MATERIAL NECESSÁRIO:

  • Material biológico - no caso utilizamos cebola, morango e banana;
  • Faca ou tesoura;
  • Água quente;
  • Prato para macerar o material biológico (pode ser utilizado o prato da merenda da escola);
  • Gelo ou água bem gelada;
  • Àlcool de limpeza gelado (92%).

PARA EXTRAÇÃO DO DNA VEGETAL É NECESSÁRIO:

  • Dois béqueres ou copos de vidro;
  • Uma colher de sopa de detergente líquido neutro;
  • Uma colher de chá de sal cozinha;
  • Um funil ou peneira (como alternativa pode ser emprefado o uso de uma garrafa PET cortada ao meio com a tampa perfurada);

PROCEDIMENTO:

ETAPA 01 – Coloque 80 mL ou ¾ de água no béquer/copo. Acrescente uma colher de detergente líquido incolor e uma colher de chá de sal de cozinha e misture bem com o auxílio de uma colher. Essa é a solução de lise que vamos utilizar para extrair o DNA do material vegetal.

TAPA 02 – Pique o material vegetal em pequenos pedaços – quanto menor eles forem, melhor – e coloque tudo dentro do recipiente com a solução de lise. Misture tudo vagarosamente para evitar a formação de bolhas devido a presença de detergente na solução.

 

ETAPA 03 – Incube o béquer/copo em água-quente (70 ºC) por 10 a 15 minutos.

ETAPA 04 – Retire o recipiente de dentro da água quente e filtre o material utilizando um funil com papel filtro ou uma peneira.

 

ETAPA 05 – Coloque o béquer/copo com o material filtrado em um banho de gelo ou água fria e deixe esfriar por cerca de 5 minutos.

ETAPA 06 – Retire o béquer/copo do gelo e adicione o álcool gelado - com cuidado e pela parede do recipiente. O volume de álcool adicionado deve ser aproximadamente equivalente ao do material filtrado.

 

ETAPA 07 – Observe o DNA precipitando como uma nuvem esbranquiçada no fundo da fase alcoólica. No topo da fase alcoólica irá se formar o acúmulo de uma outra substância que não deve ser confundida com DNA.


Após terminar as observações, responda as questões propostas abaixo:

(01) Qual é a função da solução de lise utilizada no início do experimento? Qual a função do sal e do detergente utilizados no preparo dessa solução?

(02) No procedimento para a realização do experimento, é orientado que você pique o material o máximo possível, de tal maneira que quanto mais picado ele estiver, melhor a qualidade do resultado. A que se deve essa orientação?

(03) Qual a importância da incubação à temperatura elevada de 70ºC?

(04) Qual a importância da etapa de resfriamento do filtrado em gelo ou água fria?

(05) Na ETAPA 06 é adicionado ao filtrado já resfriado cerca de 30 mL de álcool 92%. Qual a função do álcool nesta etapa da extração do DNA vegetal?

(06) Ao final do experimento você deve ter observado, ou não, a formação de uma camada no topo da fase alcoólica. Algumas amostras vegetais podem não apresentar o aglomerado dessa substância e outras podem apresentar uma alta concentração da mesma. Essa formação se dá devido a presença de PECTINA em algumas amostras vegetais, que é uma substância presente em grande quantidade nas paredes celulares do tecido vegetal. Em qual dos materiais vegetais utilizados foi observada maior precipitação de pectina, no morango, na banana ou na cebola? (Observe o resultado do experimento de seus colegas para responder a essa pergunta).


Para acessar o roteiro para impressão <Clique Aqui>


Todas as imagens desta publicação são de autoria de Andrey W. de Souza, bolsista do PIBID Biologia.