Inserção na escola

            Pode-se descrever a inserção na escola como etapas sucessivas e gradativas, cuja duração exata depende de cada um dos pibidianos. Durante todas as etapas as supervisoras e a coordenadora avaliam o estudante no sentido de perceber se ele está preparado para etapa seguinte. A supervisora está presente em todas as atividades em sala de aula.

            O estudante ao ingressar no PIBID BIOLOGIA-1  inicia participando das reuniões reflexivas  e desenvolvendo atividades na UFPR por um período variável de 1 à 2 meses. Após isso passa para uma etapa de adaptação e  observação na turma que ele irá acompanhar semanalmente na  escola e pela qual será "responsável". Após algumas semanas nesta atividade, o pibidiano  sentido-se preparado,  passa a realizar atividades de monitoria. A monitoria consiste em ações, em sala de aula, de suporte aos alunos e ao supervisor, bem como acompanhamento em atividades extraclasse.  

           Após um período, que também é variável e depende de cada pibidiano, ela passa a planejar e ministrar aulas isoladas. O tempo em que fica nesta etapa  depende do crescimento do pibidiano  e do desenvolvimento das habilidades para exercxer a docência.  Uma vez sentindo-se preparado,  o pibidiano  passa então a planejar a aplicar unidades didáticas inteiras, incluindo a avaliação. Esta última fase normal manete tem acontecido no segundo ano de participação  do PIBID. 

Turmas acompanhadas em atividades de observação e monitoria:
 Colégio Estadual Ernani Vidal, pelo período aproximado de 4 meses
9º ano  do Ensino Fundamental,  1º  anos e 3º anos do Ensino Médio
Colégio Estadual Vitor Ferreira do Amaral
9º ano do Ensino Fundamental

 Seguem-se os alguns depoimentos de atividades de monitoria desenvolvidos me 2015. 

Thalíta Morais:

        Já estou bem habituada às turmas que sigo com a professora Patrícia, que vão desde as três turmas de nonos anos até os veteranos do terceiro ano do ensino médio, guardei vários nomes de alunos e eles já se sentem a vontade com minha presença na sala. A recepção deles foi maravilhosa, ficaram bem curiosos por ter gente nova na sala, e como meu cabelo tem uma cor diferente (azul) vários deles vieram me fazer perguntas e algumas meninas que já pintaram o cabelo vieram compartilhar experiência, foi muito bom. Ajudei em algumas atividades feitas na sala de aula, principalmente de física para as turmas de 9º ano, já que alguns tinham dificuldade em montar as fórmulas. Na próxima semana eles terão novas atividades a fazer e já repassamos os exercícios para estarmos preparadas para auxiliar os alunos nas dúvidas que eles possam ter, tanto nas contas quanto na parte teórica da matéria. Houve também uma saída de campo este mês, quando os alunos foram visitar o museu de anatomia na própria Federal e foi bem legal ter essa experiência com eles fora da sala, se comportaram muito bem, ficaram muito curiosos com relação a cada peça do museu. Como não tinham monitores fixos para auxiliar na visita, as Pibidianas (eu, Andressa e Érica) fomos ensinando a eles o que sabíamos, passando curiosidades e ajudando com algumas questões que a Érica preparou para eles terem algum roteiro a seguir no dia. Já estamos pensando em montar aulas práticas para ministrarmos sozinhas, se der ainda nesse semestre. Com as turmas que auxiliei e acompanhei, já consigo fazer uma ideia de para que turma gostaria de começar lecionando e que matérias eles aprendem mais facilmente ou que métodos são melhores para ajudar eles a guardar o conteúdo.

 

Robson M. E. de Oliveira:

        Já faz algum tempo que acompanhado a professora Jaqueline nas aulas que ela leciona para as três turmas do 9º ano. No começo apenas acompanhávamos as aulas, observando como era a dinâmica das turmas. Com o tempo, a professora começou a solicitar que auxiliássemos na correção dos exercícios, ajudando os alunos a montar fórmulas e a entender conceitos que eles não compreendiam. O próximo passo foi escrever o conteúdo na lousa e o explicar, enquanto a professora observava e ajudava quando era necessário.

        A minha última experiência foi quando realizamos uma gincana, onde os alunos foram separados em grupos e tinham que responder perguntas relacionadas ao conteúdo. A atividade foi muito boa, pois o comportamento dos discentes foi notável, houve uma boa interação e foi possível perceber o quanto os alunos tinham aprendido o conteúdo.

         Ainda há muito mais o que desejo explorar, pois ainda quero poder ter a experiência de preparar e lecionar a minha aula e também de realizar algumas atividades no laboratório. De qualquer forma, até agora a experiência foi muito boa e acrescentou bastante em minha vida pessoal e na minha formação como professor.

 

Andressa Garcia de Carvalho laugh:

             Acompanhando as aulas da professora Patrícia na escola estadual Ernani Vidal, pude agora ver como é estar do outro lado na sala de aula, como é estar na frente de vários alunos. Fui muito bem recebida pelos alunos e professores, que já estão habituados com a presença dos alunos do PIBID dentro da escola. Tive a oportunidade de acompanhar duas alunas do PIBID (Karolayne e Érica) a aplicar  a unidade didática de tecidos para a turma do primeiro ano, realizando avaliações e trabalho com os alunos. Houve um passeio com os alunos ao museu de anatomia na Federal, e os alunos ficaram muito interessados com as peças do museu e eles responderam um relatório preparado pela Érica com varias perguntas. Nesse pouco tempo que estive participando do PIBID, adorei a oportunidade de estar com os alunos e quero muito poder produzir uma unidade didática.

 

Douglas Ferreira da Silva Vital :

              A universidade tem como uma das metas a formação de cidadãos que estarão dispostos a atuar em prol da melhoria do meio em que vivem, a sociedade. O programa PIBID tem reforçado além da formação como professor, uma profissão de alto peso social, também uma formação pessoal mais humana. Sou recente no programa, acompanhando as reuniões reflexivas e observação em salas de aula  por volta de 2 meses, mas ainda pretendo trilhar um longo caminho, dando o meu máximo e aprendendo sempre com todos envolvidos.
             O ensino em ciências, partindo das ciências naturais, físicas e químicas no ensino fundamental, quando exposto de forma aplicável no cotidiano do aluno, transforma a forma com que este enxerga sua posição no meio em que vive. Sendo assim, passando a entender a relação de dependência que as ciências apresentam entre si e a relação para com nós seres vivos. Logo, a possibilidade de ter um contato precoce com a escola durante a graduação, nos permite ter uma visão crítica não apenas como professor e nem apenas como aluno, mas sim uma visão imparcial partindo dos dois pontos de vista. O que possibilita uma melhor identificação dos problemas do nosso sistema educacional atual e a busca por melhores formas de sanar tais problemas.
              Ao acompanhar a profesora Patricia na escola estadual Ernani Vidal, junto aos 9º anos A,B e C, pude ter tal contato prévio com o sistema educacional e ver o quão me identifico com a profissão. Foi e esta sendo muito positiva a experiência de poder construir um programa tão enriquecedor, juntos. É nitido também o prazer dos alunos em receber os bolsistas do PIBID e a parceria que se acaba construindo.