Inserção na escola

            Pode-se descrever a inserção na escola como etapas sucessivas e gradativas, cuja duração exata depende de cada um dos pibidianos. Durante todas as etapas as supervisoras e a coordenadora avaliam o estudante no sentido de perceber se ele está preparado para etapa seguinte. A supervisora está presente em todas as atividades em sala de aula.

            O estudante ao ingressar no PIBID BIOLOGIA-1  inicia participando das reuniões reflexivas  e desenvolvendo atividades na UFPR por um período variável de 1 à 2 meses. Após isso passa para uma etapa de adaptação e  observação na turma que ele irá acompanhar semanalmente na  escola e pela qual será "responsável". Após algumas semanas nesta atividade, o pibidiano  sentido-se preparado,  passa a realizar atividades de monitoria. A monitoria consiste em ações, em sala de aula, de suporte aos alunos e ao supervisor, bem como acompanhamento em atividades extraclasse.  

           Após um período, que também é variável e depende de cada pibidiano, ela passa a planejar e ministrar aulas isoladas. O tempo em que fica nesta etapa  depende do crescimento do pibidiano  e do desenvolvimento das habilidades para exercxer a docência.  Uma vez sentindo-se preparado,  o pibidiano  passa então a planejar a aplicar unidades didáticas inteiras, incluindo a avaliação. Esta última fase normal manete tem acontecido no segundo ano de participação  do PIBID. 

Turmas acompanhadas em atividades de observação e monitoria:
 Colégio Estadual Ernani Vidal, pelo período aproximado de 4 meses
9º ano  do Ensino Fundamental,  1º  anos e 3º anos do Ensino Médio
Colégio Estadual Vitor Ferreira do Amaral
9º ano do Ensino Fundamental

 

Turmas acompanhadas em 2016

Turmas acompanhadas em atividades de observação e monitoria:
 Colégio Estadual Sebastião Saporski (aproximadamente 6 meses)
1º  anos, 2º anos e 3º anos do Ensino Médio

Relatos dos pibidianos sobre as monitorias: 

Em quase meio ano frequentando as salas de aulas e auxiliando os alunos, eu já consegui presenciar a realidade de ser professora e sou muito grata a isso, pois mudei totalmente o meu conceito a respeito da profissão. Tive uma sorte grande em ficar com a supervisora Caroline e com o Colégio Estadual Sebastião Saporski e estou muito feliz como bolsista do programa, acredito que ano que vem eu esteja mais integrada nos projetos internos. Isabela, 2016.

Eu acredito que o aprendizado adiquirido ao acompanhar as aulas, sejam elas ministradas pelos professores supervisores ou por nossos colegas, é muito válido para construir nosso conhecimento. Ao assistir as aulas, você tem a oportunidade de ver como o professor otimiza o tempo, divide o quadro, reage as diferentes situações que ocorrem na sala de aula e como se porta ao interagir com os alunos. Com base nas observações pude otimizar as minhas metodologias e procurei evitar cometer erros. Priscila, 2016. 

Desde que entrei no PIBID em julho deste ano presenciei diversas experiências que enriqueceram minha formação como docente. Acompanhei quatro colégios: Colégio Estadual Gottlieb Mueller, Victor do Amaral, Santa Gema Galgani  e Sebastião Saporski. Nestes colégios fiz monitoria de diversas aulas: vertebrados, sistema circulatório, ácidos e bases e alimentação saudável. As professoras supervisionadoras que amam o que fazem serviram como exemplo para mim. Além disso, vi a importância de proporcionar aos alunos uma aula com didática. É nítido o aumento do interesse dos alunos pela aula quando ela é aplicada de uma forma didática, mesmo aqueles alunos que não tem afinidade com o assunto, demonstram um interesse. A vivência no PIBID me faz a cada dia querer me tornar docente de biologia e mostra quant a profissão de professor é importante. Louise, 2016.

Neste tempo que fiquei no Sebastião Saporski, acompanhei apenas o ensino médio (principalmente o 3°B, 1°A e o 3° A que eram as turmas das sextas feiras de manhã). Os terceiros anos possuem uma maior preocupação com o aprendizado devido a estarem prestes a realizar o vestibular, já o primeiro ano parece não ter quase nenhuma preocupação com o conteúdo, eles fazem tudo menos prestar atenção na aula praticamente (ouvem no fone de ouvido, dão risadas escandalosas, jogam bolinha de papel, quase gritam pra pedir material emprestado, etc). É possível observar que muitos alunos possuem habilidades que não necessariamente são significativas e impactantes em questões de prova, como por exemplo um aluno que eu tive muita vontade de falar que ele daria um ótimo ator, pois ele não tinha nenhum problema em fazer qualquer coisa na sala, timidez zero, fazia caras e bocas, gestos e atitudes ousadas num ambiente de escola onde pode acontecer o bullying e intimidações. Outro aluno não presta tanta atenção na aula porque desenha, mas ele desenha muito bem. Lembro de uma situação que me marcou de um aluno só ter quatro dedos em uma das mãos de nascença (a anatomia da mão dele era perfeita para quatro dedos mesmo, não era como se fosse pra ter um quinto dedo que foi perdido) e era justo a aula de genética que a supervisora/professora Caroline citava o exemplo da polidactilia, os alunos não deixavam passar comentários sobre este colega que aprendeu a lidar e a se defender disso desde pequeno, algo que me deixou bastante reflexivo. Certa vez eu não dormi muito bem e fui para a escola com sono, quando me sentei na cadeira da professora começou a me bater o sono mais intensamente e eu comecei a dar as famosas "pescadas" (abaixar a cabeça como quem dormiu e vai dar com a cara na mesa, mas acordar com a queda súbita da cabeça), foi aí que de repente ouço um berro propositalmente fanho de um aluno no intuito de me dar um susto, ele começou a rir, embora um pouco ressabiado com a reação que eu iria ter. Por sorte percebi a intenção dele e não levei um susto muito grande, apenas ignorei o ocorrido e fiquei sério olhando pra ele, depois disso permaneci de pé para evitar que o sono voltasse. Houve um momento em que acertaram uma bolinha de papel em mim (acredito que sem querer, errando o alvo pretendido), então eu abri o papel para ver se havia algum bilhete (estava em branco mesmo), daí fiz uma cara de quem não gostou e permaneci sério demonstrando que estava ciente do ocorrido com o papel na mão. Após um tempo joguei o papel no lixo. Ivan, 2016.