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Oficina de Leitura – Encontro n. 5 (24/10/16)
I)Tema: Abordagem da estrutura do gênero dissertativo-escolar.
II) Objetivos:
- Apresentar, de modo panorâmico, a natureza e estrutura do gênero dissertativo-escolar.
- Trabalhar as etapas de planejamento do referido gênero, desde a formulação da tese.
- Ler e discutir textos com vistas a pautar sobre possibilidades de construção de resposta a um enunciado dissertativo.
III) Atividades
1.Abordagem do gênero escolar-dissertativo
- Especificidades do texto dissertativo (p. 39-41) : Camila.
- Projetando um texto dissertativo (p. 42-44) :Fernanda
- Como formular uma tese (p. 44-47): Alex
- Como elaborar argumentos (p. 48-52): Lucas Casarini
- Partes do texto dissertativo (p. 68-69): Kevin
2.Proposição de enunciado de produção de texto dissertativo, com discussão sobre como pode ser lido e respondido: Deborah, Mariana e Lucas.
Escreva um texto dissertativo-argumentativo sobre como a sociedade brasileira vê a polarização partidária existente no cenário político nacional da atualidade.
Materiais:
Referência Básica:
NÍNIVE, Pignatari. Como escrever textos dissertativos. São Paulo: Ática, 2010.
A levantar:
Texto de twitter sobre maioridade penal: Kevin
Texto de opinião sobre diferentes configurações da família – Ana Paula
Estrutura do gênero argumentativo – Mariana
Proposta de produção textual: A partir das discussões realizadas durante as Oficinas (PIBID) e também com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A influência da mídia na construção do que é ou não uma prática de corrupção”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos de seu ponto de vista.
Relatores da Oficina: Ana Paula Godoy e Dayene Castilho
Três alunas compareceram ao encontro, número reduzido em relação aos anteriores. De acordo com o Prof. Klabyr, tal fato pode ser justificado pelas greves iniciadas em algumas escolas no período. A atividades foram iniciadas com 15 minutos de atraso na expectativa de que mais algum aluno chegasse, fato que não ocorreu.
Camilla Godinho, então, prosseguiu com o início das atividades apresentando à turma o que era um texto dissertativo e, dentre várias abordagens, tratou também dos elementos necessários para produzir uma boa redação, que vão desde clareza no argumentos e vocabulário amplo até empatia e conhecimentos gramaticais. Um ponto forte foi o destaque dado à necessidade de defender um ponto de vista de forma sensata e racional ao pensar sobre uma solução para alguma questão levantada.
. Fernanda Brusko tomou a palavra para apontar fatores necessários para se posicionar em relação à construção desse tipo de texto, como ser coerente e evitar contradições. Para tanto, recorreu a assuntos tratados nos encontros anteriores e por meio deles exemplificou posturas possíveis. A analogia feita relacionou a visão do aborto por parte da direita e da esquerda. Nesse momento, aproveitou para apontar que no esqueleto da dissertação é necessário discorrer sobre o tema, mostrando que foi entendido a proposta.
Ao adentrar essa temática, Fernanda desenhou no quadro um esquema que elencava os elementos de uma dissertação: tema, problema, opinião, justificativa. Em seguida, discorreu sobre cada um deles usando como exemplo a pergunta “Por que a violência persiste no Brasil”. Nessa dinâmica, aproveitou para inserir a aluna Larissa de modo a fazê-la participar da explanação, a qual respondeu prontamente buscando internalizar e compreender o conteúdo. Ela foi orientada pela Fernanda e os demais e pareceu estar seguindo na direção proposta, apesar de ter demorado a se posicionar firmemente.
Após a recomendação do uso de rascunho feita pela Fernanda, o professor Klabyr questionou os alunos sobre o que viria a ser opinar, dar certa opinião sobre um assunto, justificando com exemplos e fixando que opinião é diferente de argumentos. Junto à Fernanda, colocaram em roda a questão: “O que é argumento?”. Eis que a aluna Vitória respondeu: “Tentar convencer a pessoa de que você tá certa”.
Alex Brasil, então, esclareceu a diferença entre tese e dissertação e apresentou um exemplo de argumentação baseado na Lei Maria da Penha. Todos estavam muito atentos ouvindo as explanações. Ainda, ao longo do desenvolvimento da proposta, todos os demais bolsistas foram contribuindo com inserções e complementações sobre o que era apresentado.
Após a recomendação do uso de rascunho feita pela Fernanda, o professor Klabyr questionou os alunos sobre o que viria a ser opinar, dar certa opinião sobre um assunto, justificando com exemplos e fixando que opinião é diferente de argumentos. Junto à Fernanda, colocaram em roda a questão: “O que é argumento?”. Eis que a aluna Vitória respondeu: “Tentar convencer a pessoa de que você tá certa”.
Alex Brasil, então, esclareceu a diferença entre tese e dissertação e apresentou um exemplo de argumentação baseado na Lei Maria da Penha. Todos estavam muito atentos ouvindo as explanações. Ainda, ao longo do desenvolvimento da proposta, todos os demais bolsistas foram contribuindo com inserções e complementações sobre o que era apresentado.
Em seguida, Lucas Casarini propôs facilitar a assimilação do conteúdo fazendo uso de uma exemplificação simples e muito funcional. O bolsista determinou como tema falar por que tomar sorvete é bom e, por conseguinte, a tese “porque ele é gostoso e nutritivo”. Então, apresentou a antítese para, por fim, obter uma síntese do processo. Klabyr, nesse instante, infere apontando que a justificativa da esse é o argumento.
Nisso, Kelvin Delfhino abordou questões relacionadas à estrutura introdução, desenvolvimento e conclusão e ao uso do texto para convencer o leitor dos argumentos defendidos como se fosse uma conversa com ele. Larissa pergunta se a introdução é mais ou menos a apresentação do assunto. Já a aluna Giovana complementou espontaneamente, após ser dito que não se estará presente na hora da correção da prova de redação produzida para explicar ao corretor as intenções propostas: “sobre o que está faltando”. Klabyr e Kevin explicam sobre termos aproximados como estratégias de escrita. Nesse momento, também houve outras falas dos alunos e maior participação. O bolsista deu continuidade explicando cada uma das três partes do texto dissertativo-argumentativo, e exemplificando com o tema aborto.
Em relação à etapa de desenvolvimento, Deborah Souza questionou a turma sobre onde se pode encontrar dados para inserir no texto. A aluna Giovana respondeu: “Quando eles falam qual assunto vocês querem que escreva”. Vê-se que a estudante conseguiu ter o entendimento de uma das funcionalidades dos textos dispostos na prova.
Ao comentar que agora se estava indo em direção ao final do texto, eis que uma aluna exclamou: “Ai meu Deus!”. Isso denota sinal de interação com a proposta da oficina, com o conteúdo, sensação de integração por conta da liberdade de expressar-se livremente e vontade de aprender o que é proposto, usando-se de recursos de ironia para buscar afirmação e aceitação. Pode-se dizer que parte dos alunos estava concentrado de fato na proposta.
A mesma aluna, Giovana, pergunta ao professor Klabyr, que estava expondo uma situação, sobre a possibilidade de não se recordar dos dados no momento da elaboração do tema, a qual foi esclarecida por ele e os demais colegas bolsistas. A aluna Vitória, então, pediu exemplos de conclusão.
Houve a abertura do texto selecionado para leitura com a turma no projetor, relacionada à clonagem. Kevin foi lendo e mostrando os elementos no texto, apontando também a necessidade de prestar atenção na coesão do texto e de não deixar os argumentos soltos. Vitória perguntou se poderia usar a opinião dela caso não se lembrasse de nenhum dado, o que foi prontamente respondido, como no caso anterior.
Professor Klabyr aproveitou para destacar a necessidade de o texto ter unidade, necessitando que cada etapa fale do mesmo assunto, estando uma conectada à outra.
Ao serem questionados sobre dúvidas quanto ao desenvolvimento da redação, novamente o tom de ironia e envolvimento fez parte da oficina com a resposta dada por Vitória: “Só medo!”.
Nesse momento foi feita a proposta de produção coletiva, com debate da questão e leitura do texto da Roseley Sayão. Vitória reconheceu o apoio dos textos na proposta de redação: “Isso para ajudar a gente a se posicionar”. Eles souberam responder à pergunta sobre qual era a proposta do texto lido e Vitória fez uma conexão da temática às aulas de Sociologia.
A análise do próximo material, um meme da internet com indígenas, promoveu uma movimentação interessante na desconstrução e reanálise do que poderia vir como mensagem desse texto. Após, foi feita uma relação com o encontro anterior e a proposição temática do texto dissertativo-argumentativo. Foi lida a a proposta de redação e feita a explicação do enunciado por Deborah, Mariana e Lucas Pinheiro. Klabyr pergunta o que são as formas de manifestação, alunas respondem protestos, impeachment, postagens no facebook. Foram apresentados textos de apoio, com leitura pela aluna Vitória do texto da Rosely Sayão e imagem dos índios como família tradicional brasileira. As alunas percebem a constituição dos membros, quantidade de mulheres na imagem, e dão menos atenção ao fato de serem indígenas. Apresentação do gráfico, elementos constituintes, semelhança com a régua política (Anexo 2). Sugere-se de trazer ideias para a próxima oficina de argumentos para a construção da redação coletiva.
Houve a mudança da proposta para elaboração de palavras-chave diante dos textos expostos coletivamente e a produção textual para a próxima oficina, com proposição de tentar fazer o texto em casa.