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Oficina de Leitura – Encontro n. 3 (10/10/16)
- Discussão das respostas das questões da Oficina n. 2:
- Questão 111 - Dayene.
- Questão 115 – Camila, agregando a versão musicada do texto.
- Questão 116 – Lucas Pinheiro, a partir de leitura do enunciado e formulação de hipóteses justificadas de respostas de parte dos alunos, a partir das alternativas (coletivamente).
- Apresentação da prova de Redação do ENEM
- :
- Familiarizar os alunos com o formato e abordagem da prova, em virtude de demanda apresentada por eles.
- Abordar o entendimento do enunciado da prova e a formulação do texto como uma questão de leitura-interpretação (o texto é uma resposta).
Obs.: O objetivo central não é chegar à produção de texto. Essa etapa pode ser realizada em conexão com as atividades das aulas da manhã.
- Apresentar as provas de redação das últimas provas do ENEM (que anos?) – Ana fará o levantamento de temas e Ana a apresentação.
- Explicar como costuma ser o encaminhamento da prova, em termos de proposição de gênero dissertativo-argumentativo. – Camila
- Explicar como funcionam as matrizes de referência e os critérios de correção da prova de redação – Kevin.
- Levantamento, com os alunos, de temas que estão em evidência na atualidade. – Deborah
Relatores: Camila e Kevin
Encaminhamentos para o encontro subsequente:
- A equipe escolhe, na reunião, um dos temas levantados pelos alunos e levanta textos sobre ele, de diferentes gêneros e que representam diferentes posições.
- Gesualda vê materiais sobre estruturação do texto.
Relatório oficina nº 3, de 10/10/2016
Relatores: Camila Godinho e Kevin Delphino
Introdução: Apresentação de uma nova aluna aos pibidianos e vice-versa.
Discussão das questões pendentes no último encontro, conduzidas inicialmente por Dayane, às 14:13:
Questão 111. - Dayene propõe que alguém inicie a leitura do texto, que é feita pelo Klabyr.
A aluna Vitória afirma que a linguagem utilizada na internet não promoverá mudanças na ortografia porque há tempos ela é utilizada e nada se modificou desde então, logo, não poderia ser a alternativa “a”.
O aluno João afirmou que não poderia ser a alternativa "c" porque o uso da linguagem da internet não evidencia exclusão social, pois as pessoas se adequam a ela, e que essa linguagem não representa necessariamente dificuldade de escrita, mas sim uma simplificação dessa. O mesmo aluno disse que também não poderia ser a alternativa "e" porque "eles não desconhecem a forma, usam apenas para simplificar".
Dayene faz observações sobre a alternativa "a" e diz que é a alternativa correta. (Os alunos parecem entender porque a alternativa "a" é a que melhor responde ao enunciado).
Um aluno se manifesta: "A língua muda muito, né?" e outro responde "Sim, antes tinha a trema e agora não tem mais..."
Praticamente todos os alunos se surpreendem com o fato de a alternativa correta ser a (a). - Dayene foca na “metamorfose natural da língua” e aluno afirma que “a língua muda muito mesmo”. Dayene dá os exemplos dos acentos que se perderam na língua, como em “lingüiça” ou “amôr”.
Klabyr faz observação sobre o teor político do texto da questão 111 e os alunos concordam (com Klabyr e com o autor do texto).
Um/a aluno/a diz "o certo é quem usa a norma padrão, porque é isso que nos é dado [na escola]".
Outro aluno se manifesta: "Por acaso aí não entra o preconceito linguístico?".
Klabyr questiona os alunos sobre o conhecimento deles a respeito das diferenças entre oralidade e escrita. Ele escreve no quadro as sentenças “você tá ferrado” e “pro meu pai”, e pergunta se, já que elas estão escritas, necessariamente fazem parte da modalidade escrita da língua. Alguns alunos dizem que sim, mas com certa insegurança, então Klabyr finaliza a explicação sobre as modalidades. - Klabyr pergunta aos alunos e aos bolsistas se eles concordam com a opinião apresentada por Castilho em seu texto, todos dizem concordar. - Aluno afirma que o “certo mesmo” é o uso da norma culta, Klabyr pergunta o porquê e ele diz que é porque ela é dada na escola. - É abordada a questão política da construção da gramática a partir de um modelo de escolarização. - Ana usa os exemplos “crush” e “catioríneo” para argumentar que a linguagem da internet não é necessariamente mais prática, mas, sim, diferente. - Volta-se a falar sobre a transformação natural da língua e um aluno pergunta “aí entra preconceito linguístico?”. - Klabyr afirma que não adianta mudar a língua porque são as ações que são preconceituosas. Então, fala sobre relações de poder e falta de oportunidades. - Camila fala da mudança de blank para branco e da estigmatização de formas como “Cráudia”. - Ana diferencia norma no sentido de normatividade e de normalidade.
Questão 115 (às 14h53), conduzida por Camila.
14:53 – Início da discussão sobre a questão 115, por Camila. - Poema musicalizado é passado aos alunos. - Não há grandes dificuldades na resolução da questão, que também fala sobre variação linguística. - Lucas Casarini fala sobre os efeitos do uso de determinada variedade na construção do poema e sobre como esses efeitos não seriam alcançados caso tivesse sido usada a norma culta/padrão, por exemplo. - Camila faz uma breve explicação do gênero dissertativo-argumentativo, falando da defesa de um ponto de vista, do uso da 3ª pessoa exigido pelo ENEM, etc. Não surgem questionamentos.
15:09 – Início da explanação sobre as competências/critérios de correção. Klabyr fala da diferença entre corretor e avaliador. É frisado o conhecimento em relação à acentuação, pontuação, concordância e frases completas ou não.
Explanação sobre as competências exigidas pelo ENEM, feita pelo bolsista ID Kevin:
Competência 1: Domínio da norma da língua escrita remete à discussão feita na questão 111.
Competência 2: São comentadas as relações feitas entre coisas que fazem parte da vida do aluno, como filmes, na estrutura do texto dissertativo-argumentativo.
Competência 3: Ana usa como exemplo de argumentação a situação em que o aluno quer sair com os amigos e tem que convencer a mãe.
Competência 4: É falado sobre os elementos de ligação entre os argumentos e sobre contra argumentação.
Competência 5: Prof. Klabyr fala sobre elementos que não devem ser utilizados em uma proposta de solução, como a simples ideia de conscientização, culpabilização do governo, falta de investimentos, e apelações a entidades espirituais superiores.
- Ana mostra a prova de 2015 e apresenta temas que já foram abordados pelo ENEM. - Alunos são provocados a trazerem temas que podem ser discutidos e surgem os seguintes: impeachment, lava-jato, feminismo, reforma do ensino médio e aborto. Temas trazidos pelo Klabyr ou pelos bolsistas: corrupção, papel da justiça, dicotomia direita/esquerda política, desastre em Mariana e Estado Islâmico.
- Os alunos foram perguntados sobre quais temas eles teriam mais interesse, em uma votação, 4 alunos pediram por dicotomia direita/esquerda e 4 pela reforma do ensino médio, em uma turma com um total aproximado de 12 alunos, sendo que o restante não se manifestou. Afirmamos que trabalharíamos os dois temas assim que possível.
Anexo I
Anexo II – versão Musicada do poema “Ai se Sêsse”.