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People who make a difference – uma experiência do PIBID- UFPR nas aulas de inglês

Letícia Pilger da Silva

Mateus Massaro Soares

Este trabalho apresenta os objetivos, os referenciais teóricos, os procedimentos, os resultados e as autoavaliações das atividades do projeto “People who make a difference”, desenvolvido no segundo semestre de 2014 por bolsistas do PIBID – Inglês UFPR e aplicado em três turmas de oitavo ano do Colégio Estadual Pilar Maturana, na cidade de Curitiba-PR. As atividades desenvolvidas se fundamentaram teoricamente nos documentos oficiais (DCEs, PPP da escola e PCNs); no letramento crítico (JORDÃO, 2011; 2013); em alguns pressupostos do ensino comunicativo da língua (NUNAN, 1991; MCKAY, 2003), na compreensão do inglês como língua internacional (McKAY, 2003, SHARIFIAN, 2012); na concepção de avaliação como reflexão da prática (BRASIL, 1997) e na crença de que todo docente é também discente (FREIRE, 1979). O projeto foi realizado em oito oficinas sobre o tema “voluntariado”, trabalhado através da língua inglesa e suas práticas de uso (DCE, 2008): compreensão auditiva, compreensão escrita, produção oral e produção escrita. Como resultado final da exploração e discussão do tema e da realização de uma atividade voluntária no Lar de Idosos Recanto do Tarumã, onde os alunos puderam aplicar os conhecimentos construídos ao longo do projeto, e escrever conjuntamente um livro bilíngue – português e inglês – de pequenas anedotas de vida escrito e ilustrado pelos alunos. Além disso, no final de todas as atividades, a autoavaliação proposta solicitava que os alunos, além de analisarem seus próprios desempenhos durante o decorrer de toda a proposta, analisassem também a proposta como um todo, expressando suas opiniões a respeito desta. Cabe ainda dizer que as análises obtidas impactaram os próprios alunos, fazendo-os refletir criticamente sobre seus desempenhos, além de terem surpreendido os bolsistas, que puderam ter acesso a perspectivas inovadoras acerca de seu próprio trabalho. Dessa maneira, tal proposta se configurou em uma experiência enriquecedora não só em termos acadêmicos e de prática de língua, mas também na formação humana dos alunos e bolsistas.

Palavras-chave: PIBID; inglês; voluntariado; autoavaliações;

Oficina de criação de zines em inglês: despertando o senso de arte alternativa em alunos de escola pública

 

Palavras-chave: linguística aplicada, ensino de língua inglesa, interdisciplinaridade, arte alternativa, oficina criativa

Autoras: Ana Paula Dias Ocampos, Isabel Ribeiro e Mariana Paiva dos Santos

 

O projeto se iniciou para seguir a orientação geral do PIBID Inglês UFPR – Projeto 2015, que visava o foco nas diversas possibilidades de arte – contemporânea, clássica e, no caso a ser explicitado, alternativa. Fanzine, mais conhecido como zine, é uma publicação independente de cunho criativo e/ou ideológico usado para divulgar poesias, ilustrações, textos e imagens com conteúdos não comuns à grande mídia.

A oficina será realizada com uma turma do terceiro ano do ensino médio no Colégio Estadual Algacyr Munhoz Maeder, situado no Bairro Alto em Curitiba, Paraná. Pretende-se em conjunto despertar o senso crítico dos alunos em questão, expondo visões alternativas de arte para além do senso comum (arte está em museu; “é coisa de rico”; não pode ser feita em casa).

Fazendo uso de materiais cedidos pelo PIBID, como lápis, canetas de ponta fina, folhas sulfite e papel vegetal, os alunos irão criar suas próprias publicações – em inglês – de zines. Esse ambiente de criação tem uma especificidade: acontecerá todo em língua inglesa. Para tanto, serão usados cartazes confeccionados pelos próprios alunos com frases úteis (ex: Can you lend me your ruler?/Você pode me emprestar sua régua?; Sorry I’m late/Desculpe meu atraso; etc) além de cartazes com vocábulos e imagens.

Utilizando o referencial teórico de Brown (2007) acerca do ensino de adolescentes, decidimos trabalhar com os alunos divididos em pequenos grupos a fim de que seja mais fácil se arriscar e cometer erros. Esse tipo de formação, assim como reafirma os pontos fortes individuais, desencoraja a competição aumenta a confiança e autoestima dos adolescentes (Brown, 2007) que, por si só, já passam por tantas mudanças físicas e emocionais nessa transição entre infância e idade adulta.

 

A fim de que o projeto alcance o objetivo desejado, apesar do pouco tempo disposto, além das reuniões semanais, contamos com deveres de casa para, paralelamente, desenvolver o léxico e ajudar a absorver a estrutura da língua e utilizá-la para fins específicos. Ao final da aplicação dessa oficina, previsto para a última semana de novembro, apresentaremos as dificuldades e os sucessos obtidos ao longo do segundo semestre de 2015. Esperamos poder nos deparar com alunos que desmistificaram o conceito de língua como algo que existe somente num contexto de matéria escolar; e que eles possam perceber a linguagem como uma ferramenta para o futuro, assim como a consciência sobre arte de rua e outros tipos de composições alternativas.

 

Referências bibliográficas

 

BROWN, H. Douglas. “Chapter 6: Teaching Across Age Levels”. In: ______ Teaching by Principles, an interactive approach to language pedagogy. 3. ed. New York: Pearson Longman, 2007. 569 p. p.100-109.