Semana de Letras UFPR 2014

Título: O programa PIBID INGLÊS I – avaliação, auto avaliação e o projeto Caleidoscópio

Autor: Prof. Janice Inês Nodari

Área: Linguística Aplicada

Tipo: Coordenada

Resumo: Esta comunicação coordenada tem como propósito apresentar o projeto Caleidoscópio desenvolvido no ano de 2012 por alunos de graduação participantes do Projeto PIBID Inglês. As atividades desenvolvidas se pautaram em discussões sobre letramento crítico (JORDÃO, 2007; KALANTZIS, 2006) para sua fundamentação teórica e serão mostradas juntamente com os resultados atingidos. A avaliação dos alunos e posterior auto avaliação de seus desempenhos também se configura em tema a ser explorado, uma vez que a proposta foi estruturada de forma a quebrar com os moldes ainda vigentes de avaliação como produto, apenas no formato de prova. Por fim, tal proposta se configurou em uma experiência enriquecedora abrindo caminhos para a formação inicial dos professores de Língua Inglesa envolvidos.

 

Coordenada 1:

Título: Projeto Caleidoscópio: avaliação e autoavaliação

Autor: Adriana da Rosa

Resumo: No projeto Caleidoscópio as avaliações eram semanais. Segundo Hoffmann (2003), para que a avaliação auxilie no processo de ensino-aprendizagem o professor deve acompanhar a construção do conhecimento do aluno nos vários estágios de desenvolvimento, avaliando o processo e não apenas o produto. Foi solicitado que elaborássemos uma avaliação formal atendendo às exigências da SEED. O desafio foi elaborar uma prova cujos conteúdos correspondessem à parcela de contato que os alunos haviam tido com cada tópico. Cabe observar que esse tipo de avaliação não deveria ser compulsória, uma vez que a separação entre a avaliação e o processo de ensino-aprendizagem continua causando sérios problemas para a educação escolar. Provas que objetivam pontuar em avaliações oficiais (Prova Brasil, Pisa, etc) e exigem treinamento específico sobre seu formato não têm a mesma função da avaliação em Sala de aula onde se prioriza a revisão do que foi estudado como uma nova oportunidade de aprender. No final do ano letivo os alunos se posicionaram sobre essa proposta (de trabalho e de avaliação) e percebemos que a maioria deles descreveu de forma positiva as experiências vividas. Nas autoavaliações eles demonstraram maturidade, admitindo seus pontos de dificuldades e apontando onde ou como poderiam melhorar.

Coordenada 2:

Título: Atividades desenvolvidas no projeto Caleidoscópio- PIBID Inglês UFPR

Autor: GISLAINE ORTIZ DOS SANTOS

Resumo: Durante o ano letivo de 2013, como bolsistas do projeto PIBID, tivemos a oportunidade de testar uma abordagem diferenciada com uma das turmas de 6º ano do Colégio Estadual Algacyr Munhoz Maeder, no Bairro Alto- Curitiba. Optamos por desenvolver esse projeto com alunos tidos como muito indisciplinados, pois pretendíamos detectar e trabalhar seus potenciais. Para tanto, propomos alterações em sua rotina de estudos em Sala de aula, tais como a mudança para uma Sala mais ampla, a disponibilização de atividades variadas e a permissão para que interagissem mais entre si durante as aulas da disciplina. Essas mudanças visaram proporcionar maior individualidade para cada aluno. Algo que ajudou muito para que pudéssemos buscar esse objetivo foi a divisão do número total de 30 alunos pelas três bolsistas. Ao final do projeto, pudemos notar mudanças no comportamento e na autonomia de muitos alunos, mudanças estas instantâneas para alguns e progressivas para outros. Alguns deles tiveram mais dificuldades para se adaptar ao projeto, o que associamos ao tempo limitado de exposição a esse modelo, assim como à curta duração dessa abordagem, considerando o processo de desenvolvimento intelectual dos alunos.

Coordenada 3:

Título: Projeto caleidoscópio: pressupostos teóricos

Autor: Tatiana Caniceiro Miléo

Resumo: O projeto Caleidoscópio, foi desenvolvido pelas bolsistas do PIBID de Língua Inglesa da UFPR em parceria com o Colégio Professor Algacyr Munhoz Maeder, localizado no Bairro Alto, no período de Março a Dezembro de 2013. O projeto, realizado com uma turma de 6º ano, teve por finalidade aplicar nas aulas de Língua Inglesa alguns aspectos dos pressupostos teóricos de Letramento Crítico e língua como discurso (Jordão, 2007) Múltiplas inteligências (Gardner, H.) e da abordagem alternativa de ensino idealizada pelo educador José Pacheco (Alves, R. 2012) (Pacheco, J/ Pacheco, M. (2012)). As integrantes do PIBID e a professora supervisora buscaram propor atividades que consideravam os quatro pilares da abordagem alternativa da Escola da Ponte: autonomia, responsabilidade, cooperatividade e democraticidade, além de valorizar o trabalho em grupo e a capacidade de reflexão sobre si e os outros, tendo o professor como mediador, onde o conflito é visto como algo positivo. A realização deste projeto fez com que as graduandas ampliassem a visão sobre o ensino de Língua Inglesa, sua própria formação, o ensino em escola pública, e a relação dos alunos entre si e com o professor. Com esta experiência o PIBID confirmou sua relevância para a formação inicial de professores.

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Título: O sujeito na educação – auto avaliação, multi leituras e construção da identidade

Autor: Prof. Janice Inês Nodari

Área: Linguística Aplicada

Tipo: Coordenada

Resumo: A presente sessão de comunicações coordenadas objetiva mostrar que avaliação e auto avaliação são temas recorrentes no ensino e aprendizagem de língua inglesa e demandam investigações pontuais e mais detalhadas. Tais investigações, por sua vez, acabam por exigir um detalhamento maior de como se dá a construção das identidades dos sujeitos envolvidos, além de serem momentos catalisadores de mudanças tanto nos professores em formação inicial e continuada quanto nos alunos, todos sujeitos de identidades fragmentadas (HALL, 2005). A avaliação, como expressão da autoridade tida como racionalmente legitimada e educacionalmente apropriada (MARSHALL apud da SILVA, 2010) é também influenciada pela auto avaliação realizada pelos sujeitos envolvidos. Temos que a avaliação, neste contexto, seria a expressão maior do controle exercido externamente pelos outros e internamente pela consciência dos indivíduos (DEACON & PARKER apud da SILVA, 2010) As possibilidades de leitura de mundo, de leitura de identidades e de posicionamentos, portanto, são inúmeras.

Coordenada 1:

Título: Leitura e literatura via Letramento Crítico: o mar aberto.

Autor: Aline Laís Bueno

Resumo: Esta comunicação tem por objetivo apresentar os resultados do uso do letramento crítico, baseado em Jordão (2007), Kuhn (2006) e Weininger (2006), no subprojeto "Multileituras" do PIBID de Inglês. A oficina fez uso de textos literários em suas mais variadas releituras, como resumos, teatros e filmes, para que a partir daí os alunos fizessem as suas próprias leituras. Tal metodologia despertou a criatividade deles, assim como a ampliação do interesse literário e a sua possível aproximação com a realidade de cada indivíduo.

Coordenada 2:

Título: Auto avaliação: a voz do aluno

Autor: Juliana Pedrollo Viani

Resumo: Este trabalho visa apresentar os resultados do uso da auto avaliação por parte do PIBID INGLÊS em Sala de aula e também as reflexões a respeito de avaliações docentes realizadas por alunos de 6º ano de escola pública. Após a conceituação e diferenciação de “voz estudantil” e de engajamento, apresentaremos o quão poderoso foi o ato de ouvir o aluno para posterior condução das aulas do PIBID. Por meio de uma auto avaliação, o desempenho dos alunos foi analisado dos mais diferentes ângulos e o planejamento das aulas foi modificado, adaptando-se às necessidades da turma. Tanto as análises da auto avaliação quanto as mudanças relacionadas a planejamento e critérios na escolha de atividades, bem como as consequências relacionadas ao comportamento e desempenho da classe serão apresentadas de forma a exemplificar como a voz do estudante pode se transformar em engajamento e, posteriormente, transformar o ambiente escolar.

Coordenada 3:

Título: A Escola e a Formação do Sujeito

Autor: Leticia Pilger da Silva

Resumo: Este trabalho tem como objetivo avaliar o reflexo da idade do aluno na participação na dinâmica da aula e problematizar o fato de a criança não ter medo de errar e o adolescente e/ou o adulto temerem o erro. Propõe-se ainda adefinir o papel da escola na formação do "e" e na autoavaliação desse “eu” como aluno. Por meio da análise dos textos de Estudos Foucaultianos “Educação como Sujeição e como Recusa”, de Deacon e Parker, e “História do Currículo, Regulação Social e Poder”, de Popkewictz; e do livro “Teaching by Principles”, de Douglas Brown, pode-se dizer que o processo de escolarização influencia diretamente a maneira como os estudantes formam seu pensar sobre o mundo e sobre seu “eu” no mundo. Os seres humanos têm sua subjetividade construída pelo fato de serem governados externamente por outros e internamente por sua própria consciência. E esse processo de construção de identidade se dá na inserção social, fase em que o indivíduo não costuma temer exploração de situações em que pode errar.

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Título: O programa PIBID INGLÊS II – transições e transformações com o projeto Master Class

Autor: Prof. Janice Inês Nodari

Área: Linguística Aplicada

Tipo: Coordenada

Resumo: Um dos principais desafios do programa PIBID INGLÊS UFPR é a possibilidade de propor e desenvolver projetos significativos para o ensino de língua e culturas de língua inglesa com alunos de escola pública. Esta sessão de comunicações coordenadas visa apresentar o projeto Master Class, as transições pelas quais o projeto passou e as transformações provocadas por ele em alunos de ensino médio e EJA. Levando em consideração a compreensão que se apresenta da língua inglesa como língua franca (McKAY, 2003) e as contribuições propostas pelo letramento crítico conforme encontramos em JORDÃO (2007), este projeto também pode ser entendido com a ajuda dos pressupostos teóricos apresentados por SCHON (2000) acerca do papel do professor reflexivo tanto em formação inicial como continuada.

Coordenada 1:

Título: Masterclass e os conflitos interculturais

Autor: Isabel Ribeiro

Resumo: A presente comunicação tem como objetivo relatar o andamento do Projeto Master Class, iniciado em 22/10/2013 e finalizado dois meses depois. Neste trabalho pretende-se apresentar e analisar, para então discuti-los, os c conflitos em Sala e aula e como eles puderam abrir espaço para o aprendizado (Jordão, 2007) da língua e cultura de língua inglesa de indivíduos de ensino médio e EJA. Para fins expositivos, explora-se principalmente a reação dos alunos envolvidos no projeto frente às propostas trazidas pelos bolsistas. Tais reações dão conta da identificação dos alunos como indivíduos de outras culturas.

Coordenada 2:

Título: As transições e transformações no Masterclass

Autor: Rodrigo Fiorese Braga

Resumo: Esse trabalho objetiva explorar os recursos teóricos utilizados no subprojeto PIBID – Inglês que nos motivaram a desenvolver um projeto chamado Masterclass. Juntaram-se alunos de EJA e Ensino Médio ao redor de discussões focadas na Língua Inglesa, nas quais foram explorados diferentes conceitos ao redor da língua e seu atual caráter Internacional, especialmente a justaposição das culturas. Fazemos uso principalmente as reflexões de Marko Modiano(2001) e Sandra Lee McKay(2003) com o objetivo de explorar a relação dos participantes com a Língua Inglesa e como ela se processa em suas situações de uso. Recorremos a esses teóricos também ao dialogar com os alunos sobre o caráter de língua e cultura numa desconstrução de visões inflexíveis ao expor os processos de mudança pelos quais passou a Língua Inglesa e sua relação com diferentes culturas. Utilizamos a diversidade dos alunos para explorar as diferentes visões sobre esses processos e compor coletivamente novas ideias.

Coordenada 3:

Título: Adaptação do Projeto MasterClass: reflexões sobre pertencimento de alunosEJA nas aulas de inglês

Autor: Thais Rodrigues Cons

Resumo: O Projeto Masterclass foi uma iniciativa do PIBID Inglês UFPR proposta no início para o ensino médio. Esta comunicação trata do conflito ocorrido quanto, ao ser posta em prática, a oficina contou com maioria de público dos alunos do EJA. Assim, certos ajustes se fizeram necessários para que os alunos se sentissem contemplados e estimulados a continuar assíduos nas aulas. Com base na análise dos diários de bordo do projeto e nos relatos de feedback dos próprios alunos de EJA no final do projeto, e com base no referencial teórico de JORDÃO (2007) e BROWN (2007), problematiza-se a questão: como tratar do pertencimento de um grupo tão particular? Como o aluno de EJA constrói sua identidade e seu local quando em Sala de aula? O pertencimento ou não do aluno está diretamente ligado à língua e seus usos individuais e no contexto escolar, assim como a aproximação ou não das aulas de seu universo e práticas sociais. Com referência na ideia de língua como discurso, foi possível perceber que em contextos mais relacionados com a realidade os alunos de EJA apresentam maior desenvoltura e participação em Sala, conseguindo assim um maior desenvolvimento dos seus aparatos tanto linguístico quanto cultural na língua estrangeira.

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Título: O programa PIBID INGLÊS III – o projeto Beatnik

Autor: Prof. Janice Inês Nodari

Área: Linguística Aplicada

Tipo: Coordenada

Resumo: A relação entre teoria, costumeiramente encontrada na academia, e prática, passível de acontecer apenas na Sala de aula da escola pública é colocada em xeque pela proposta do projeto Beatnik, desenvolvido por bolsistas do PIBID INGLÊS UFPR no ano de 2012. Esta sessão de comunicações coordenadas apresenta os resultados positivos da proposta que contou com duas práticas diferentes: o trabalho com redes sociais e o trabalho com literatura em Sala de aula de língua inglesa. As principais atividades desenvolvidas sob o nome de projeto Beatnik e os resultados alcançados com duas propostas distintas serão apresentados, tendo por base o posicionamento questionador de KUMARADIVELU (2001) em relação à impossibilidade de termos teoria e prática a serviço do ensino de língua inglesa na escola pública, e a defesa do uso de recursos tecnológicos como ferramentas facilitadoras da aprendizagem de línguas estrangeira, quando esses se fizerem disponíveis, conforme defendido por PAIVA(2003).

Coordenada 1:

Título: A UTILIZAÇÃO DO FACEBOOK COMO PLATAFORMA DE INTERAÇÃO NA OFICINA BEATNIK

Autor: Ivana Chagas Lima Lobato

Resumo: A oficina Beatnik foi realizada durante uma hora/aula por semana, no período de quatro semanas. Tendo em vista o tempo limitado em Sala de aula e buscando um espaço para compartilhamento de materiais relacionados à oficina e esclarecimento de dúvidas, os bolsistas optaram pela utilização de uma plataforma online de interação. O facebook foi escolhido por já fazer parte da rotina dos alunos. Os referenciais teóricos que orientaram esta prática incluem Paiva (2009) & Paiva (2011). Um grupo foi criado logo no início da atividade de forma a unir todas as turmas participantes da oficina. Os alunos tiveram acesso a todos os materiais essenciais para executar o trabalho, além de outros complementares, como vídeos, charges e textos e foram incentivados a participar de discussões mediadas pelos bolsistas sobre os temas trabalhados, expondo suas impressões pessoais sobre as obras lidas. Os trabalhos finais foram compartilhados no grupo criado na rede social mencionada.

Coordenada 2:

Título: OFICINA BEATNIK

Autor: Rud Alysson Martins Matoso

Resumo: Este trabalho teve por objetivo colocar os alunos em contato com a língua inglesa através da literatura. Pensando em língua e cultura como elementos indissociáveis, utilizamos poemas do movimento Beatnik na literatura de língua inglesa da década de 1940, e propusemos a reescrita desses textos, após os alunos terem contato com outro movimento do século passado, o Oulipo. O movimento oulipiano explora as potencialidades da linguagem, pois os autores se propunham uma escrita coletiva, onde leitura, escrita e reescrita são indissociáveis. Os autores desse movimento francês, através de experimentações de estilo de antigas práticas retóricas, criaram as famosas constraintes, que são restrições de linguagem que norteiam suas produções. Considerando o movimento oulipiano, propusemos que os alunos reescrevessem alguns poemas da geração Beatnik. A reescrita foi feita em inglês dentro dos padrões de uma das restrições do oulipo, a que consistia em substituir cada substantivo (S) de um texto pré-existente com o sétimo substantivo depois encontrado no dicionário (S 7). As reescritas se deram com os alunos trabalhando em grupos sob a supervisão dos bolsistas. De acordo com os relatos dos envolvidos, foi possível verificar que a proposta atingiu seu objetivo inicial de demonstrar que a poesia cruza as fronteiras do lugar comum.

Coordenada 3:

Título: TEORIA E PRÁTICA: UM CONFLITO

Autor: Thais Carvalho Lopes

Resumo: Tendo em vista a condição de pesquisadores dos bolsistas do PIBID INGLÊS UFPR, e a necessária experimentação entre diferentes teorias e o que se discute na universidade, esta comunicação se propõe problematizar a noção de que o conhecimento só é construído na academia, e de que a prática só é viável na escola, como bem o faz Kumaravadivelu (2001), quando desenvolve a teoria do pós-método, que consiste basicamente em repensar a estrutura educacional atual e demonstrar o papel de cada indivíduo dentro de tal contexto. Considerando esse contexto, alguns estudiosos se colocam contra o uso de plataformas de redes sociais para o ensino de língua inglesa na Sala de aula da escola pública. No entanto, de acordo com Paiva (2006), essa relutância é infundada se levarmos em consideração que o processo de inclusão de outros recursos para o ensino tem se mostrado prática frequente e historicamente comprovada, a saber o exemplo do livro didático, que era demonizado e tornou-se recurso corrente e até indispensável em alguns contextos.