Relato - Dia 17/03/2015

Hoje discutimos sobre a LDB( Lei de diretrizes e bases da educação nacional ) e como ela interfere no ensino de línguas estrangeiras.No artigo 23 é fundamentada a ideia do CELEM,projeto que pode ter alunos de idades e com níveis de língua diferentes na mesma turma.O artigo 24 reforça o anterior.

No artigo 25,item 5,vemos que a comunidade escolar pode escolher a língua estrangeira à ser ensinada na sua instituição e o artigo.E no artigo 36 há a obrigatoriedade de se ensinar uma língua estrangeira e pode-se optar por ensinar uma segunda,porém não é isso o que acontece.A escola oferta a outra língua mas ás vezes ninguém se interessa em cursá-la ou não há professores capacitados.

Também existe a possibilidade de fazer um exame de adiantamento da língua estrangeira caso se tenha alguma fluência,o que é descrito no artigo 47.E no artigo 78 vemos que é necessário o ensino bilíngue nas escolas indígenas.Algo muito bom,que fortalece a cultura e as origens dos índios e relembra que eles fazem parte da formação do Brasil tanto quanto os estrangeiros.

 

Relato - 23/03/2015

Hoje foi o primeiro dia no ensino médio no Colégio Estadual Rio Branco.Assistimos a aula da professora Elizete no 2º ano.No início da aula nos apresentamos e os veteranos falaram um pouco do projeto.Alguns alunos já o conheciam.Há um aluno boliviano nessa turma :)Os funcionários do colégio pareceram não dar muita importância à nossa presença.Em outra aula fomos ao 3º ano.Uma turma bem menor e mais tranquila.Eles estavam preparando um trabalho sobre recursos sustentáveis e pudemos interagir mais com essa turma.

 

Relato - 24/03/2015

Nessa reunião falamos sobre nossa primeira ida à escola,impressões e perspectivas e também discutimos sobre o texto Carta à minha filha: não deixe que a escola te ensine.

 

Relato 31/03/2015

Na reunião de hoje discutimos sobre os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais),formados em 1.998.Aprendi que a educação só se tornou um problema do Estado na época dos militares.São interessantes algumas metáforas usadas nos PCNs,como a das máquinas fotográficas,suas lentes têm vários ângulos e assim deve ser a educação nas escolas também.

Os critérios para escolher a língua estrangeira à ser ensinada são os fatores históricos,as comunidades locais e os fatores relativos à tradição.Para ensinar uma língua estrangeira deve se levar em conta a cultura dos países que a falam.Deve-se mostrar a pluralidade cultural,as varições linguísticas e tentar mostrar as diferentes características de todos os países falantes dessa língua. 

Ao aprender uma nova língua,uma pessoa desenvolve a consciência crítica.Ela passa da exclusão social para a libertação,uma nova cultura e um empoderamento.

 

Relato 06/04/2015

Dia de PIBID na escola.No terceiro ano pudemos ver as apresentações de alguns trabalhos que os alunos fizeram em grupo.Os temas eram sobre formas de vida mais sustentáveis.As apresentações ótimas,os alunos se esforçaram e fizeram em forma de teatro.Foi bom ver que a nossa ajuda na hora da preparação deu certo.Depois,todos lemos um texto que tratava de videogames e fizemos uma discussão sobre as consequências disso na vida real.

No segundo ano alguns alunos falaram sobre contos que leram.Foi difícil fazer com que eles falassem,a maioria não tinha lido ou não queria comentar nada.A professora Elizete disse a eles que só falassem o que entenderam do conto,isso facilitou as apresentações.

A diferença entre essas duas turmas é gritante.Enquanto o terceiro ano tem em torno de 12 alunos,o segundo tem em volta de 30.Os alunos do terceiro ano são muito mais maduros,conseguem debater questões sem fazer tumulto ou ofender alguém.São mais disciplinados,e até a visão que eles têm de nós,bolsistas,é diferente.Conseguimos conversar com eles sobre questões da aula e além dela.O ambiente e as atitudes dos alunos dessa turma são mais convidativos.Já no segundo ano fica difícil abordar um tema sem ouvir piadas ou causar tumulto na aula.Os alunos parecem que não levam o espanhol muito a sério.A postura da professora nessas duas turmas muda bastante também..No segundo ano há um aluno boliviano,é possível perceber uma exclusão em relação a ele.O restante dos alunos não tenta se aproximar mais dele e ele parece que também não se importa.Nós,bolsistas,vamos ajudar a mudar isso.

 

 

Relato 13/04/2015

Hoje foi um dia em que a professora Elizete passou o mesmo conteúdo para as duas turmas.Para o terceiro,ano primeiro foi reproduzido um vídeo com crianças diante de um boneco negro e outro branco.Questionadas,as crianças atribuiam coisas positivas ao boneco branco e negativas ao negro.Depois foi passado um outro vídeo de um poema musicalizado,"Gritaram me negra" de Victoria Santa Cruz.Fizemos uma discussão sobre a presença do racismo na sociedade e ajudamos os alunos a fazerem um texto com propostas para descontruir esse preconceito.

Com o segundo ano,primeiro conversamos um pouco sobre o que siginifica desconstruir algo e sobre preconceitos cotidianos.A religião sempre é trazida para esses debates.Os alunos sabiam reconhecer os preconceitos presentes na sociedade,mesmo em tom de brincadeira.Depois foram passados os vídeos.Achei essa a melhor aula que assitimos na turma deles,pois pudemos ver eles se expressarem sobre algo que vivenciam ou que veem com frequência.

 

Relato dia 10/08/2015

Primeiro dia depois da greve no Rio Branco. Fomos até o segundo ano e estava aquela bagunça de sempre. A professora e os alunos não tem muito respeito uns pelos outros. Os alunos faziam atividades do livro e levavam o caderno para a professora vistar.

Na outra aula acompanhamos o primeiro ano que estava fazendo uma tarefa, também do livro, sobre ditadura. Essa turma pareceu mais calma. A professora não precisou de nada na hora atividade.

 

Relato dia 17/08/2015

segundo A - Os alunos estavam fazendo uma atividade sobre alimentos naturais e industrializados, tinham que nomeá-los em espanhol. Alguns faziam e usavam o dicionário, outros só conversavam e enrolavam. A professora tirou um aluno da sala por indisciplina, ela ainda estava falando e ele virou as costas e saiu da sala. Para a próxima aula, ela pediu que trouxessem imagens de alimentos para fazerem uma pirâmide alimentar. Queria estar nesse dia. 

primeiro A - Nessa turma, atividade era a de identificar opiniões positivas e negativas em um texto sobre o voto obrigatório. Alguns alunos não entenderam nem o enunciado e tinham algumas dificuldades. Uma aluna perguntou algo para a professora e ela respondeu de forma muito grosseira, que era para fazer a tarefa e se tivesse problemas ela ajudaria. Algo que nunca vi acontecer, mas nesse dia ela passeou pela sala para ver se estavam fazendo a lição mesmo. Ajudei alguns alunos e ouvi mais reclamações sobre a professora. Outro ponto que é comum em escolas públicas, é o hábito de os alunos terem que copiar as perguntas no caderno para depois responder, o que os leva a perder tempo da aula.

O clima já é hostil normalmente,mas agora que está no fim do bloco todos estão estressados. Os alunos não querem fazer coisas só para passar o tempo e a professora tem que entregar as notas e lidar com a indisciplina deles.

 

Relato dia 25/08/15

Hoje foi o dia do conselho de classe e não houve aula. Nem nós nem os alunos foram avisados. Esperamos um pouco no colégio e depois fomos embora.

 

Relato do dia 18/09/2015

Primeiro dia depois da mudança de bloco.

No segundo ano os alunos ouviram um áudio, que era uma consulta psicológica. Logo depois conversamos sobre o que eles entenderam, tinham que identificar as características físicas e emocionais mencionadas, os costumes do povo argentino e os nomes dos personagens. Foi uma aula bem tranquila, umas das melhores, pois o tema era muito interessante e os alunos participaram bastante.

No primeiro ano o tema da aula foi o alfabeto. a professora explicou sobre as letras com sons diferentes do português. Ela passou uma tarefa sobre um infográfico dos povos pré-colombianos e nós iríamos ajudá-los, trazendo informações sobre os países da América Latina.

 

 

Relato dia 20/10/2015

Hoje foi nossa primeira ida ao colégio Tiradentes. Assistimos duas aulas da professora Paula. No início nos apresentamos como bolsistas e explicamos o que é o PIBID. A sala é pequena e composta só por alunas mulheres. Elas são bem agitadas, mas também participativas. Assistimos um filme sobre a Catrina, personagem do dia dos mortos no México. Depois fomos até a sala dos professores para conhecê-la.

 

Relato dia 27/10/2015

Hoje tinham cinco alunas na aula. A professora passou uma atividade de leitura sobre o dia dos mortos. Deu bilhetes com descrições dos lugares que os mortos passariam, segundo a lenda desse feriado. As alunas leram e depois explicaram o que entenderam. Pudemos ajudá-las com dúvidas de vocabulário e conhecê-las um pouco mais.

 

Relato dia 10/11/15

Hoje a aula foi sobre vestuário. Primeiro a professora passou dois vídeos de meninas sugerindo looks, uma era espanhola e a outra mexicana. Foi difícil entender o que elas falavam por causa do sotaque, mas a professora Paula fazia pausas e explicava.

Depois, com a nossa ajuda, as alunas escreveram na lousa nomes de peças de roupa em espanhol.

 

Relato dia 17/11/15

Continuamos com o tema vestuário. A professora escreveu no quadro a frase "El hábito no hace al monje", que significa que a roupa não muda o caráter. Houve uma conversa sobre o assunto, sobre o uniforme delas, etc. Depois foi passado um texto sobre o uniforme dos cozinheiros,contando um pouco da história e a função de cada peça. 

As alunas ficaram com uma tarefa para casa, procurar as vestimentas de algumas profissões que a professora passou.

 

Relato dia 24/11/2015

Hoje foi o dia da nossa primeira e única regência do ano. O tema eram os contos de fadas e o papel da mulher neles, escolhemos um vídeo sobre uma bruxa e preparamos algumas atividades. Algumas bolsistas se atrasaram então comecei sozinha. Organizamos as carteiras em forma de círculo e perguntei o que elas sabiam sobre os contos de fadas, elas responderam as coisas mais comuns, que existiam príncipe, princesa, animais, casal e um final feliz. Nessa hora estava bem nervosa e acabei agindo de forma apressada, não percebi que algumas respostas poderiam ser usadas para agregar a conversa. Depois fiz uma roda de imaginação com elas, cada uma pensava em um conto e depois explicava. Somente uma aluna inventou uma história, as outras pensaram em histórias prontas. Talvez isso ocorreu porque não expliquei direito. Colocamos o notebook em uma carteira para assistirmos o vídeo. Nisso, as outras bolsistas chegaram e pudemos dividir os comandos. Passamos o vídeo até certo ponto, como foi combinado e depois fizemos perguntas sobre o que elas achavam que iria acontecer depois, se aquela era uma bruxa normal,etc. Elas já imaginavam que o sapo iria virar príncipe, até pelo que ocorreu.

Logo depois, a Caroline deu o comando da atividade escrita, que seria inventar um final para a história em espanhol. Nós fomos ajudar as alunas e a Caroline e eu auxiliamos a Juliana. Mesmo com muita e vergonha e timidez a aluna conseguiu fazer sua atividade. A história ficou bastante interessante e me senti muito bem nesse momento, por ter mais contato com ela e poder ajudá-la.

Após isso, algumas alunas leram suas histórias, outras foram lidas pelas bolsistas. As atividades ficaram ótimas e pudemos ver como elas são criativas.

Sobrou tempo de aula e faltou organização quanto aos equipamentos utilizados. Algo que devemos rever.

Fiquei chateada pela falta de ajuda de alguns colegas, tanto dos outros grupos quanto do nosso. Pareceu que aquilo não fazia parte da obrigação deles. Não me senti preparada e nem auxiliada. Como não tínhamos feito nenhuma regência, precisávamos de uma preparação, algo que não senti em momento algum. Decidimos tudo sozinhas e recebemos mais críticas que sugestões. Isso são só algumas injustiças que decidi apontar.