Relato Escola ~ 4: Dia 13/04/2015

A professora passou um vídeo sobre o racismo, onde crianças chilenas tinham que escolher entre uma boneca de pele branca e uma de pele negra, respondendo algumas perguntas. Este vídeo funcionou como uma introdução ao tema afro-hispânico que a professora que trabalhar neste semestre. A recepção dos alunos foi diferente entre as duas turmas. Os alunos do terceiro ano receberam a proposta da professora com mais seriedade, discutiram o tema com comentários inteligentes e bastante pertinentes. Já os do segundo ano levaram mais na brincadeira. Um ou dois fizeram comentários relevantes, porém os demais achavam que tudo era brincadeira, fizeram piadinhas o tempo todo.

Relato Reunião - Dia 07/04/2015

Discussão sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais

Os PCNs são uma fonte de referência para, entre outras coisas, a inserção de uma língua estrangeira na grade curricular de uma escola. Neste documento, encontra-se determinações importantes para que a escolha desse idioma seja o mais acertado para a comunidade escolar e reafirma informações contidas na LDB. Achei interessante o fato de enfatizarem que as áreas de conhecimento principais dentro do ensino de L.E. nas escolas deve ser a escrita e leitura, pois é mais acessível aos alunos, mais fácil de ensinar com o material que eles tem acesso; e porque grande parte da população não tem a oportunidade de utilizar os conhecimentos orais do idioma. Também é preciso usar o conhecimento que eles já tem em sua língua materna para ensinar o novo idioma e também seu conhecimento de mundo, relacionando coisas da L.E. com o que ele já conhece.

Relato Escola ~ 3: Dia 06/04/2015

Os alunos do terceiro ano fizeram uma apresentação de teatro sobre ecologia, sustentabilidade, em espanhol. Alguns desses alunos tem uma pronúncia muito boa, mostrando que se há o interesse em aprender, é possível fazê-lo. Após as apresentações e comentários da professora, ela pediu para que os alunos lessem um texto do livro para responderem perguntas de interpretação. Na turma do segundo ano, foi pedido para que apresentassem uma síntese de um mini-conto previamente lido. Houve relutância da parte de alguns alunos para apresentar e outros leram rapidamente antes da apresentação, mostrando despreparo e falta de interesse.

Os alunos, em geral, são bem parecidos. Na turma do terceiro ano, eles mostram um pouco mais de maturidade, interesse em aprender e participam de forma mais positiva da aula. No segundo ano, a grande maioria participa da aula apenas chamando a atenção de outros alunos ou atrapalhando a professora, fazendo piadas e brincadeiras desnecessárias. Apesar da escola estar localizada em um bairro nobre, os alunos não parecem ser todos de uma classe social elevada; as roupas, acessórios e eletrônicos são bastante equivalentes entre eles. No terceiro ano, por ser uma turma pequena, todos eles são amigos, conversam e discutem os temas da aula; não parece ter um que lidera os demais. Já no segundo ano, há um aluno que quer ser o mais engraçado dos demais, que quer comandar a bagunça. Porém, essa liderança nunca é para atacar outro aluno. Não notei nenhum caso em que algum aluno se sinta rebaixado ou humilhado por um colega. Há as brincadeiras típicas de adolescentes de xingamentos e brincadeiras de mal gosto, mas a "vítima" não se sente mal por isso; entra na brincadeira. Há alunos que não gostam de participar desse tipo de atividade na sala e se sentam na frente para prestar atenção na aula, mas os alunos engraçadinhos não implicam com eles por causa disso.

Consegui conversar mais com um aluno do terceiro ano. Nessa turma, a professora tem mais liberdade para abordar outros temas, conversar sobre diversos assuntos, por ser uma turma pequena. Então, aproveitei estes momentos para conversar com este aluno. Ele já tem 20 anos e ainda não concluiu o ensino médio. Me disse que não é muito disciplinado e gosta bastante de faltar. Ele me disse que gosta muito das aulas da professora Elisete por causa da dinâmica dela em sala de aula. Eles conversam sobre assuntos variados e aprendem o espanhol como consequência dessas conversas; isso fez com que ele se interessasse mais pelo idioma e pelas aulas. Mesmo assim, isso não foi o suficiente para fazê-lo frequentar as aulas, pois desde que comecei a ir ao Rio Branco, ele só foi uma segunda-feira para a escola.

Relato Escola ~ 2: Dia 30/03/2015

Os alunos do terceiro ano fizeram apresentações sobre textos que leram em uma revista. As apresentações foram em português e eu, como não estava na aula em que foi passado este trabalho,  nao entendi a relação dos temas apresentados com a língua espanhola. Depois de algumas apresentações, imagino que a atividade tenha sido a tradução de um artigo em espanhol. 
Após as apresentações,  a professora colocou o cd do livro para os alunos ouvirem um texto e responderem os exercícios relacionados. No segundo ano, a professora corrigiu exercícios e entrou no assunto das cultura afro-hispanica. Os alunos se manifestaram, na grande maioria, negativamente, com preconceito. A professora adiantou que elez farão um trabalho sobre poesia afro-hispânica e pediu oara eles ja irem desconstruindo o preconceito que eventualmente tenham a respeito do tema ou dos africanos.

Relato Escola ~ 1: Dia 23/03/2015

Diferente dos meus colegas, não fui da faculdade para o Colégio Rio Branco; fui da minha casa. O trajeto é bastante movimentado, porém desde o tubo até a escola, é um caminho bastante longo.
A escola é normal,  bem parecida com outras escolas públicas; as carteiras seguem o mesmo padrão. A expectativa de observar uma nova turma era grande; saber como seria vista pelos novos alunos e qual seria a reação deles.
Ao entrar na escola, o grupo dos bolsistas foram direto falar com a professora supervisora. Alem dela, só tivemos contato com uma inspetora,  a qual a professora nos apresentou e avisou que ela nos veria toda semana. A professora Elisete ja conhecia grande parte do grupo de bolsistas e nos recebeu muito bem e às novas bolsistas,  deu boas vindas.
Assim como a professora,  os alunos tambem ja conheciam os bolsistas. Disseram que estavam com saudade e nos deram boas vindas. Imagino que com a presença de pessoas diferentes na sala de aula, eles queiram chamar a nossa atenção,  se exibir.
A escola e as salas são bem preservadas. As carteiras estão pichadas, mas nada muito diferente do normal em escolas públicas. Os alunos são,  na grande maioria,  adolescentes barulhentos sedentos por atenção. Querem ser engraçados, mas faltam com o respeito. A professora é muito querida e quer ter proximidade com os alunos e isso gera conflitos de autoridade. Eles se aproveitam da personalidade gentil da professora para desrespeitá-la. Durante a aula, a professora falou em espanhol só para ler os exercícios do livro. Nos demais momentos, só falou em português. Ver uma sala de aula sob uma nova perspectiva é muito legal e a experiência de ver alunos com a idade próxima a minha me pedindo ajuda - e eu podendo ajudar - é maravilhosa! Pude observar bem o comportamento deles e ouvir comentários que o professor, geralmente, não consegue ouvir e isso foi bom pois quando eu estiver no papel da professora regente, saberei melhor o que acontece em uma sala de aula enquanto a professora não está olhando.

 

Relato Reunião ~ Dia 17/03/2015

Discussão sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Dez/96

A LDB foi meu primeiro contato com a leitura de uma lei. Aprendi muito com o conteúdo e as normas que regem a Educação brasileira. Apesar de algumas informações estarem desatualizadas (pesquisei as novas informações), a teoria dessa Lei é muito legal. Saber que há um espaço reservado para o ensino de língua estrangeira é muito bom e, apesar de serem mais possibilidade que obrigação, é algo que pode ser colocado em prática. Várias coisas me chamaram a atenção. O fato de o artigo 3º, item VII ser sobre a "valorização do profissional da educação escolar" foi o primeiro ponto interessante. Está logo no começo da Lei e, mesmo assim, é notável que não é posto em prática. Esta leitura serviu para me mostrar o quanto é preciso praticar na Educação. A lei e as instruções existem! E apesar de. em diversas partes, não estar colocado como obrigatório o ensino da língua espanhola nas escolas públicas brasileiras, precisamos nos posicionarmos e esperar a oportunidade de atuarmos da maneira ideal na Educação Nacional.

Relato - Dia 29/09/2014

Regência sobre a Frida Kahlo no Celem.

Na primeira aula, tinha poucos alunos, mas foram bastante participativos. Tivemos uma boa resposta da parte deles e mostraram interesse na Frida. Nos ajudaram a ler e interpretar as frases e ficaram atentos durante todo o tempo de aula. Na segunda aula, após conversarmos sobre as melhorias necessárias, desenvolvemos uma aula muito melhor, com uma interação mais direta com a turma, evitando perguntas ruins e ouvindo mais o que eles tinham a dizer sobre o assunto. Alguns alunos já conheciam a Frida por causa da aula de artes, mas o conhecimento era superficial e eles gostaram de saber mais sobre a vida da pintora, pois na aula de artes só falaram sobre suas obras. Gostaram de poder assossiar a vida da artista com suas pinturas e pudemos perceber que tinham gostado do conteúdo da aula.

Relato - Dia 14/04/2014

Os alunos fizeram exercícios sobre artigos definidos e indefinidos. A professora trouxe vídeo que explica as diferentes pronúncias de "ll" e "y", como em "lluvia" e "playa". Também trouxe um vídeo de desenhos animados e outros vídeos em espanhol, falando sobre os 5 motivos para aprender espanhol.  Trabalhou com a apostila, fazendo exercícios sobre os meses do ano. Na Turma 2,  retomou a conjugação de verbos regulares no presente,  terminados em -ar, -er e -ir. Nas duas turmas, fez a correção oral da prova feita na quarta-feira anterior. Tirou dúvidas sobre o conteúdo aplicado na avaliação. A pergunta de um aluno gerou a discussão sobre as variações linguísticas do português e do espanhol. Foi interessante ver a vontade dos alunos em entender as variações linguísticas dos idiomas, principalmente do espanhol; quiseram saber mais sobre as variações de "ll" e "y".