COOPERAÇÃO COMO MEIO PARA O APRENDIZADO: ESTUDO DE CASO COM ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
 

O subprojeto Geografia 2 do PIBID  (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) financiado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), objetiva proporcionar experiências didático pedagógicas aos bolsistas de iniciação à docência participantes do projeto. Sabendo que a aprendizagem, quando ocorre in loco, permite que o estudante expanda sua capacidade de construção do conhecimento (por vivenciar o espaço geográfico e sair da rotina, estimulando a criatividade) (STEFANELLO, 2009, pg. 119), realizár-se-a uma prática pedagógica de integração entre o Colégio Estadual Hasdrubal Bellegard, localizado no bairro Sítio Cercado, e o Colégio Estadual Nirlei de Medeiros, localizado no bairro Campo de Santana, ambos situados na região sul de Curitiba e vinculados ao projeto. Com a finalidade de estimular o trabalho em equipe e pensando em novos recursos para ensinar a disciplina de Geografia, a aula ocorrerá no campus Centro Politécnico da UFPR, num sábado, e contará com atividades, que serão aplicadas em forma de gincana, como: corrida de orientação - enfatizando conceitos cartográficos; “sala das sensações” - estudando a percepção  do espaço pelos sentidos humanos; coleta de vegetação e solo - focando em noções de educação ambiental; análise da paisagem - introduzindo conceitos urbanos e ambientais. Serão atendidos em média 170 estudantes da rede pública, de onze turmas diferentes (do 6º, 8º e 9º no Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio) e intenta-se separá-los em equipes de dez discentes, misturando turmas e faixas etárias, para que o processo de aprendizagem e ensino seja coletivo, horizontalizado e para que a competição fique mais justa. Espera-se que a integração entre os estudantes dos dois colégios participantes se concretize, partindo do princípio de que o conhecimento e a aprendizagem são construções tanto internas a cada um quanto coletivas e, portanto, fruto de trocas e relações sociais. Não obstante, tentar-se-á trabalhar com os estudantes de maneira interdisciplinar, característica inerente à Geografia (elencando conteúdos da Biologia, História e Literatura, por exemplo).


PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DIFERENCIADAS: POR UMA GEOGRAFIA INTEGRADORA
Financiado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) o subprojeto Geografia 2 do PIBID-­UFPR  objetiva proporcionar experiências didático pedagógicas aos acadêmicos participantes do projeto. A prática pedagógica apresentada aqui será realizada por integrantes deste subprojeto vinculados ao Colégio Estadual Hasdrubal Bellegard, localizado no bairro Sítio Cercado, região sul de Curitiba, tal prática tem como título “Por Uma Geografia Integradora”. O objetivo desta prática é demonstrar todo o potencial da aula de campo no ensino da Geografia, uma vez que em campo, “o ser humano, dotado de sentidos, capta as informações usando outros sensores, além da visão. O aluno pode ver, tocar, cheirar, ouvir.” (STEFANELLO, 2009, p. 44). Além do mais, a complexidade da realidade proporcionada por uma aula de campo, que atravessa várias áreas do conhecimento, nos mostra que é essencial articularmos os diferentes conteúdos, seja da geografia ou de outras áreas do conhecimento, que no livro didático são apresentados fragmentados, como se não houvesse uma ligação entre eles. Assim, pretende-se realizar um circuito de aulas de campo voltado para estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio, que têm um conteúdo semelhante como o estudo da litosfera, atmosfera, hidrosfera e biosfera. Para isso, pretende-se realizar no decorrer do 2º semestre do presente ano, uma série de aulas realizadas fora do espaço escolar, em locais como: - Museu da Mineropar; - Museu Paranaense; - Museu de História Natural no Parque Capão da Imbuia; - Parque da Ciência; - Visita ao laboratório de geologia da UFPR; - Gincana de localização. Através desta série de vivências, espera-se que os estudantes percebam a relação existente entre os conteúdos e superem a visão fragmentada apresentada nos livros didáticos. Segundo Stefanello (2009), o trabalho de campo também estimula a criatividade e o raciocínio, pois faz com que o estudante saia de sua rotina de estudos, proporcionando uma apreensão do espaço através de outros sentidos para além da visão, como o cheiro, o toque e o ouvir. A partir dessa estrutura de ensino, tenciona-se proporcionar ao aluno uma visão holística da ciência em questão.

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DIFERENCIADAS: II GEOCULT - GINCANA CULTURAL DE GEOGRAFIA NO COLÉGIO HASDRUBAL BELLEGARD

A prática pedagógica será realizada pelos integrantes do subprojeto Geografia 2 do PIBID-UFPR o qual é financiado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior)  no Colégio Estadual Hasdrubal Bellegard, localizado no bairro Sítio Cercado, região sul de Curitiba. Intitulada como “II GEOCULT - Segunda Gincana Cultural de Geografia”, objetiva contribuir com a educação, demonstrando que outras práticas pedagógicas e ferramentas didáticas podem colaborar no processo de ensino aprendizagem de geografia, de forma diferenciada, dinâmica e atrativa. Por meio de atividades lúdicas o educador pode colaborar com a elaboração de conceitos, reforço de conteúdo, promover a sociabilidade entre os educandos, trabalhar a criatividade, etc. O objetivo será trabalhar os saberes individuais e coletivos, através da arte, música, dança, poesia, fotografia e expressão corporal, jogos etc. Segundo o autor Denis Cosgrove, “a ideia de aplicar a paisagem humana algumas das habilidades interpretativas que dispomos ao estudar um romance, um poema, um filme ou um quadro, de tratá-la como uma expressão humana intencional composta de muitas camadas de significados” a fim de “tratar a geografia como humanidade e como ciência social”, contribui para uma educação que visa a melhoria da compreensão do espaço individual e compartilhado. A prática abordará conteúdos como: lugar, escala, espaço, território e territorialidades, de forma interdisciplinar. Os alunos poderão escolher entre os eixos temáticos que são: música, expressão corporal, cinema, jogos, literatura e poesia, desenho e fotografia; e serão supervisionados por professor/bolsista, que auxiliarão na construção do material que será apresentado na gincana. A proposta para a realização da atividade será durante o segundo semestre letivo, quando os educandos se dividirão em grupos e definirão seu eixo temático e a forma de arte a ser abordada, para confeccionarem apresentações que serão avaliadas por uma banca, composta por professores de geografia e de outras áreas, presentes também os professores/bolsistas, acompanhando o andamento das atividades dos alunos, que estarão apresentando como a geografia se insere nas mais diversas formas de expressões culturais, humanas e de linguagem. O intuito é despertar o interesse do educando para aprendizagem com a utilização de linguagem atraente, capaz de aproximá-lo ao máximo possível da realidade, transformando os conteúdos em vivência (FIALHO,2007).

CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA NA PRÁTICA: CONSTRUÍNDO UMA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA
O objetivo desse resumo é relatar as atividades realizadas pelo subprojeto Geografia – 2 do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) financiado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), tendo como estudo de caso o trabalho desenvolvido no segundo semestre do ano de 2016, junto a 20 estudantes de uma turma de 7º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual São Sebastião, localizado no bairro Umbará, Curitiba/Paraná. O tema desenvolvido referiu-se à climatologia geográfica. A escolha de climatologia se deu devido ao fato de muitas vezes os professores de Geografia separarem de forma dualista os conceitos em geografia física e geografia humana, conforme afirma Fortuna (2010, p. 4) “a separação entre os aspectos naturais e sociais e a tendência de apresentar o espaço físico como algo imutável dificultam a percepção do funcionamento unitário desses dois aspectos responsáveis pela formação do espaço geográfico”, assim as atividades desenvolvidas buscaram relacionar o clima e a sociedade, além de inserir a realidade do aluno. As atividades dividiram-se em duas etapas, sendo uma teórica e outra prática. Os conteúdos teóricos discutidos e apresentados aos estudantes foram: conceitos de clima e tempo; temperatura; precipitação; pressão atmosférica; vento; umidade do ar; composição da camada atmosférica com enfoque na troposfera e como são realizadas as medições e modelos de previsões meteorológicas, algo de grande importância para diversos setores da sociedade, como na agricultura, prevenção e alerta de desastres naturais, aviação, dentre outros. A parte prática da atividade referiu-se a construção, por grupos de estudantes, de equipamentos de uma estação meteorológica, sendo eles: três pluviômetros; um anemômetro; um barômetro e um anemoscópio. A confecção dos equipamentos consistiu na utilização de materiais de baixo custo, como, por exemplo: garrafas pet, palitos de churrasco, copos plásticos descartáveis, dentre outros, para que essa atividade fosse aplicada em qualquer realidade. Foi discutido com os estudantes a função que cada equipamento desempenha e sua aplicabilidade foi testada e demonstrada na prática, onde os mesmos foram instalados em pontos estratégicos dentro do ambiente da instituição. Percebeu-se uma boa receptividade, interesse e curiosidade dos estudantes pelo tema desenvolvido, uma vez que os mesmos puderam ver na prática conceitos que por vezes despontam de maneira abstrata nos livros didáticos escolares, além de conseguirem ver a relação do clima com o cotidiano.
 

O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO E A MUDANÇA DA PAISAGEM: UMA ANÁLISE NAS AULAS DE GEOGRAFIA
O subprojeto Geografia 2 do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), financiado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) objetiva proporcionar uma completa formação aos acadêmicos de licenciatura utilizando práticas diferenciadas e inovadoras. Desta forma e pensando nas aulas de geografia da Educação Básica, o projeto em questão está desenvolvendo uma dinâmica, cujo foco principal é trabalhar o processo de urbanização e sua dinâmica espacial e como esta se reflete na paisagem. Para isso, estão sendo utilizados recursos da tecnologia espacial como fotografias aéreas e imagens de satélite. A adoção desta tecnologia espacial pode enriquecer o ensino da Geografia e imprimir o dinamismo necessário ao estudo do espaço geográfico, pelas várias vantagens que apresenta, dentre as quais a possibilidade de se observar a paisagem de uma forma menos abstrata do que a apresentada no mapa (Carvalho e Cruz, 2001, p.1). A prática pedagógica está em fase de implementação, pretende-se desenvolver: jogo, análise multitemporal e maquetes, para turmas de 8º e 9º anos do Colégio Estadual Nirlei Medeiros no município de Curitiba-PR. O jogo tem como propósito utilizar imagem de satélite do entorno da escola, onde consistirá em responder perguntas a respeito dos elementos reconhecidos na imagem e problematizá-los, buscando mostrar outro olhar sobre a realidade dos alunos expondo os processos pertinentes a urbanização. As ações estratégicas do jogo envolvem emoção e raciocínio lógico e imaginação (Stefanello, 2008). Com a análise multitemporal pretende-se demonstrar as mudanças espaciais ocorridas na área urbanizada de Curitiba por meio de imagens de satélite de vários anos e além das mudanças espaciais ocorridas no entorno da escola. Serão também elaboradas maquetes do espaço urbano de Curitiba, aplicando conhecimentos do plano diretor e do zoneamento urbano da cidade com o objetivo de ilustrar a realidade que os estudantes conhecem, tendo em vista que o tema de urbanização geralmente não explora a realidade dos mesmos, quase sempre dando exemplo apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Assim conhecendo a situação dos livros didáticos mostrasse a importância de se dar exemplos de Curitiba e região, de conceitos como conurbação, metrópole, periferização, região metropolitana entre outros. Como resultados esperados para esta prática pedagógica têm-se aumentar o conhecimento do aluno sobre o seu cotidiano e como ocorreu/ocorre o processo de urbanização no seu munícipio e na realidade onde a escola está inserida.