Relato: aplicação do jogo Caça-Liquen$

 

            A aplicação do jogo paradidático “Caça-Liquen$” ocorreu no dia 09/10/2015, em duas turmas de terceiro ano do ensino médio, contando com a participação de aproximadamente 30 alunos. Por questões logísticas da aplicação, e também devido ao pequeno número de alunos que compareceram à aula devido às chuvas, as turmas foram juntadas, uma vez que foram 3 os bolsistas para conduzir a atividade. Alguns imprevistos aconteceram, mas foram contornados, resultando em uma prática proveitosa aos “PIBIDianos” e aos alunos.

            Por falha da equipe, uma parte de um dos jogos que seria aplicado (Liquenópolis) não havia sido impressa. Mas o jogo Caça-Liquen$ estava completo e foi aplicado.

            No momento da aplicação desse jogo notou-se que havia algo errado com os kits-jogo: para cada kit era necessário 1 conjunto de cartas contexto, 1 de dicas completas, 1 de dicas econômicas e 4 de cartas organismo (um para cada equipe); porém, em cada kit existia apenas 1 cópia do conjunto de cartas organismo. Isso não impediu a aplicação do jogo, pois havia 4 kits-jogo; então, foram juntados todos os conjuntos de cartas organismo para compor um kit-jogo improvisado.

            Os alunos foram divididos em 4 grandes grupos e a aplicação do jogo aconteceu como planejado. Os alunos conseguiram, sem muita dificuldade, realizar as associações entre os liquens e o ambiente onde são encontrados, o qual era o primeiro objetivo do jogo; também conseguiram dar suporte às escolhas de associação com argumentos razoáveis, este sendo o segundo objetivo do jogo.

 

 

            “Apesar dos problemas ocorridos, os alunos relataram que gostaram da atividade e muitos deles demonstraram o quanto aprenderam com ela, seja no conteúdo propriamente dito ou em questão de raciocínio associativo/argumentativo. Uma falha identificada nessa aula foi que o fato das equipes serem grandes levou a uma participação menos ativa de alguns alunos. Para contornar esse problema é recomendável que as equipes sejam menores.”

Ayrton Oliveira

 

 

“Não vejo como as discussões feitas nas reuniões me ajudaram na aplicação do jogo, pois acredito que as práticas que tive em outros momentos, em contato propriamente com os estudantes, como a prática de ensino, me ajudaram muito mais na construção da minha postura de docente. No entanto, torna-se gratificante o retorno que recebemos dos estudantes quando estes relatam que aprenderam coisas novas e que outras já vistas anteriormente possuíram melhor sentido no seu processo educacional.”

Stephanie C. Schubert

 

 

“Durante a aplicação do caça-líquens foi possível notar que alguns estudantes aproveitam muito bem o jogo, respondendo com um feedback muito positivo, se mostrando reflexivos quanto aos temas levantados no jogo. Entretanto outros sequer participaram das discussões e resolução dos problemas propostos na atividade. Acredito que se deva ao fato de aglomerarmos os estudantes em quatro grupos superlotados. O resultado não foi negativo, porém visto que os estudantes aproveitaram de alguma forma o jogo, seja para aprender ou se divertir competindo, porém o resultado seria muito mais satisfatório se os jogos estivessem plenos. Como objetivo dos jogos não é trabalhar com improvisos, que podem prejudicar a aprendizagem do aluno, meu veredito é que eles não foram efetivos, ou pelo menos não estão de acordo com nossa proposta inicial. Esta experiência, em particular, mostrou algumas falhas do grupo em relação a este objetivo do projeto – que precisam ser urgentemente consertadas no caso de produção de novos jogos. A organização de um cronograma com a definição de responsáveis por cada etapa da produção do jogo é essencial, porém por opção do grupo isso não foi realizado no início, este ponto precisa ser revisto com atenção.”

Jernando F. Jerônimo