As plantas tem DNA?

 

         Estávamos em 7 (sete) pibidianos: Ana, Stephanie, Gustavo, Ayrton, Miguel, Fernando e Robertta. Como combinado, chegamos na escola 13h30 com todo o material necessário para o experimento. Infelizmente, dia 27/10 as aulas das turmas da manhã começaram mais tarde no colégio por conta do segundo turno das eleições realizado no dia anterior (26/10), e o professor Guilherme nos comunicou que pela manhã apenas 4 (quatro) alunos compareceram na aula regular. Nesse momento já não tínhamos muita esperança de que os alunos aparecessem para as atividades no período da tarde, e assim aconteceu. Para que não perdêssemos a tarde, o professor Guilherme pediu licença a uma professora do Ensino Fundamental (que tem aulas regulares no período da tarde) para que pudéssemos aplicar o experimento na turma dela, e lá fomos nós conhecer o 6º ano do Ângelo Gusso.

            A turma nos recebeu super bem e para muitos de nós era a primeira experiência com Ensino Fundamental, o que foi muito válido. A aula começou com uma explicação sobre as células, o que são e como o DNA está presentes nelas, já que esse não é um assunto conhecido pelos alunos de 6º ano. Para tal explicação, utilizamos o modelo de célula da escola, que eles ainda não conheciam. Também perguntamos a eles se somente nós tínhamos DNA, e a resposta foi que não, já que por dedução, os alunos souberam dizer que todos os seres vivos têm DNA. Dividimos os alunos em 5 (cinco) grupo pela sala e cada grupo recebeu um béquer com a polpa do mamão. Os alunos tinham noção de que as frutas também têm DNA e entenderam o propósito da utilização do mamão no experimento.

            Enquanto preparávamos a solução de água morna, sal e detergente, explicamos a eles qual a função de cada componente para o produto final do experimento, e então a solução foi adicionada aos béqueres dos alunos. A reação demora pelo menos 20 minutos para ocorrer, e nesse meio tempo ficamos circulando pela sala e conversamos com eles, tiramos possíveis dúvidas e conseguimos reparar que estavam bem animados para ver o resultado do experimento. Além disso, comparamos o uso do detergente na reação com o ato de lavar a louça, e eles nos responderam corretamente qual a função do detergente a partir da comparação, já que somente a água não limpa a gordura da louça, e o detergente é utilizado para tal fim, assim como para dissolver as membranas celulares.

           

             A polpa do mamão foi coada e explicamos que nos béqueres estava a solução que colocamos lá e o DNA do mamão que poderíamos ver depois de uma última etapa, que foi o álcool gelado adicionado nos béqueres, seguido pela explicação da função desse componente. O DNA ficou bem visível junto à cor laranja do mamão, e os alunos puderam encostar, sentir a textura e fazer um pouco de bagunça durante o experimento. Alguns nos questionaram por que não conseguíamos ver o DNA como ele é representado nos livros, e ficamos muito felizes com as perguntas deles. Nós saímos de lá com vários pedidos para que voltássemos e para que eles fizessem mais experimentos conosco, pois gostaram muito. Para nós, a tarde um tanto improvisada não poderia ter sido melhor e mais proveitosa do que foi.

 

 

Protocolo de extração de DNA