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“Como as plantas não-verdes fazem fotossíntese?”
Relato de Experiência
Robertta Moryel Pellanda
A atividades realizadas no contra-turno tiveram grande receptividade pelos estudantes após a realização da gincana, realizada com o objetivo de convidá-los para vir a escola nas quartas-feiras a tarde.
Muitos estudantes, de cada uma das cinco turmas do 1° ano do Ensino Médio do colégio, se interessaram pela proposta e manifestaram participação para as tardes.
Sendo assim, a cada quarta-feira, uma turma e seus estudantes interessados foi convidada por vez, para que uma máxima atenção e produtividade fosse alcançada.
A maior surpresa, a cada quarta-feira, foi o desdobramento que uma mesma atividade (cromatografia vegetal) produzia. Foram muitos estudantes participando das atividades, cada um com uma história de vida diferente. Houveram extremos: em um dia o desdobramento caminhou para curiosidades botânicas em geral; já em outro dia, discussões sobre astronomia e ciência.
Isso me soa extraordinário, em dois quesitos: primeiro, como uma mesma atividade pode despertar assuntos diversos; e segundo, o educador deve estar atento para poder conduzir a curiosidade dos estudantes, produzindo resultados fantásticos a cada aula.
Apegar-se a a um plano, pré-estabelecido, pode acabar com o sucesso de uma aula, como diria José Pacheco. Ter um plano é importante, mas crucial mesmo é conseguir desapegar dele e conduzir a aula de acordo com os “insights” dos estudantes.
Para tanto, considero importante que um educador esteja alerta para os mais diversos tema. Entretanto, diante da diversidade de conteúdos é algo praticamente impossível. Portanto, nada como aprender e estudar junto com os estudantes, criando horizontalidade na relação “aluno-professor”.
Outra questão observada e discutida, foi a abordagem científica, com questionamentos iniciais nas atividades de cromatografia e a abordagem tradicional nas atividades de biologia celular, sem questionamentos e com referência a aula teórica ministrada no período normal de aulas. Na abordagem questionadora, a participação dos estudantes foi evidenciada com louvor, resultando em atividades mais dinâmicas e produtivas, enquanto que na abordagem tradicional, um repetição das aulas “de sempre”, desestimulando o interesse e produzindo poucos resultados práticos em termos de aprendizagem. Obviamente, o encantamento pela visualização de células no microscópio foi observado, mas nenhum questionamento foi levantado pelos estudantes.
A conclusão a que se chega é que houve a falta de um desafio a ser lançado no início da atividade, o qual provocasse nos estudantes o interesse pelo assunto e gerasse uma descoberta ao final, através da experimentação.