Subjetividade na Educação

Um dos processos de formação de professores que o nosso projeto realiza é o de os bolsistas organizarem reuniões temáticas com a escolha do tema feita por uma dupla, para isso o material escolhido pela dupla é enviado anteriormente para os outros bolsistas e aos coordenadores.

Para a reunião realizada por mim e pela Bruna escolhemos abordar o tema “subjetividade” e, para isso, indicamos a leitura do texto “Subjetividade docente, inclusão e gênero” de Maura Corcini Lopes & Maria Cláudia Dal’Igna e também a visualização dos filmes “O Menino e o Mundo” (2013) e “Casamento Silencioso” (2008).

Os três materiais abordam de diversas formas a subjetividade, o texto trata da subjetividade docente e como ela atua na sala de aula e no ambiente escolar, questiona as políticas de inclusão que ocorrem e que já ocorreram na escola e na sociedade. Já o primeiro filme aborda a visão e interpretação de um menino sobre o mundo, a formação do pensamento, além de trazer um retrato da realidade de muitos brasileiros. Por fim, o segundo filme aborda de forma cômico-trágica hábitos já enraizados e padronizados por uma comunidade, onde esses hábitos, tabus e costumes não são questionados ou revisados, além de mostrar a intolerância por autoridades quanto aos conhecimentos populares, descontextualizando e marginalizando pequenas comunidades.

A decisão desses materiais foi para exemplificar que o processo de aprendizado é muito complexo e amplo, pois inclui a subjetividade do estudante, do docente, da comunidade, entre outros. Todos esses fatores não se extinguem quando o estudante entra em sala de aula, portanto, não devem ser ignorados, pois no íntimo de cada indivíduo eles estão presentes e latentes e se expressam de forma direta ou indireta nas relações cotidianas.