CORUJANDO CIÊNCIAS


Este Sub Projeto esta vinculado ao CPECDEA e é realizado pelo PIBID com o apoio da CAPES.
Tem como objetivo maior, proporcionar a Comunidade Litorânea qualidade na vivência escolar, utilizando-se de diversos meios para o conhecimento cientifico e ética social. Movimenta desde os participantes do Projeto à Sociedade Acadêmica, o Corpo Escolar e Pais junto as Comunidades.

O Corujando Ciências é um lindo exemplo das ações de iniciação a docência!
Conta hoje com a parceria do Centro Cultural da UFPR Litoral, com o Prof. Alaor de Carvalho que abriu um curso específico de Iniciação Teatral para os alunos inscritos no Corujando.
Suas ações estão vinculadas diretamente a Escola Estadual Professora Tereza da Silva Ramos e recebe este nome em homenagem a um casal de Corujas que vive na Escola. Onde inicialmente seria construída uma Horta - sonho antigo da primeira Professora de Ciências, recém aposentada. As Corujinhas continuam lá, mas o andamento da Horta foi suspenso em Janeiro de 2012 por causa das chuvas e mais tarde, cedido o espaço para Programa Mais Educação do Governo Federal. (Veja o Texto 'O Começo', ainda nesta página)


"(...) o desenvolvimento de aptidões gerais da mente permite
melhor desenvolvimento das competências particulares ou
especializadas. Quanto mais poderosa é a inteligência geral,
maior é sua faculdade de tratar problemas especiais. A compreensão
dos dados particulares também necessita da ativação da
inteligência geral, que opera e organiza a mobilização dos
conhecimentos de conjunto em cada caso particular. (...) dessa
maneira, há correlação entre a mobilização dos conhecimentos de
conjunto e a ativação da inteligência geral. (Morin, 2000, p. 39)"
Foto by ORRICO R.

FOTO BY ORRICO R. O motivo que nos inspirou ao Nome deste Projeto, "Corujando Ciências" - Casal de corujas que fizeram desta escola, seu habitat.

O COMEÇO


Relatos das Primeiras Ações Corujando; Por Orrico R.


Era notável a empolgação dos estagiários em começar o trabalho. Porém, um pouco de instrução e organização não faz mal a ninguém e assim seguiam as reuniões do PIBID na sala 12B da UFPR Litoral.

Passado esse tempo, foi pedido aos bolsistas que escolhessem a escola onde desejariam trabalhar e se organizassem dois grupos.
Assim foi feito, um grupo para a Escola Estadual Professora Tereza da Silva Ramos e outro para A Escola Sertãozinho, esse era o início do Projeto CPECDEA.
Para a primeira escola, foi formado o seguindo grupo: Andrei Pacheco, Bruno Piva, Willian Vergopolan, Rennata Orrico e Roberval Pires. Por casualidade, todos do curso de Licenciatura em Ciências, das turmas de 2009 e 2010. Esta equipe ficou com a supervisão da Professora Maria de Fátima (de Ciências) e com ela foram traçando os primeiros movimentos, a começar pelo reconhecimento da Escola, deixando de ser o "corpo estranho". Dali pra frente foram muitos encontros até definirem por onde 'começar' e assim também definiram o nome para este movimento, dai nasce o Corujando Com Ciências (atual Corujando Ciências).

Nas primeiras visitas se sentia uma grande ansiedade do corpo escolar para ir de imediato as ações. Tinham um sonho a realizar e a presença do PIBID era a certeza de ser concretizado! Sonho herdado da primeira professora de Ciências, aposentada há dois anos, Professora Nilse Y. Que segundo o Diretor Prof. Orlando Cassandro, inventava de tudo e movimentada todo mundo com as suas criações! “Era muito criativa e ativa!, conta o professor. Porém, só agora isso seria possível, com a mobilização dos bolsistas, que passaram a pesquisar o solo, a desenhar o espaço a ser cultivado e o que plantar. Além disso, tinha as crianças! Que era preciso incluí-las e permitir que o que se tratasse naquele espaço e tempo tivesse ligação com o conteúdo trabalhado em sala de aula. Tarefa nada fácil e árdua para todos, um desafio. Por isso foi formulado uma simples estratégia, o trabalho deveria começar com os alunos das quintas séries e duas vezes por semana, na parte da manhã (dás 08h às 11h), terças e quartas-feiras. E para marcar este inicio, foi feito um pequeno relato que agora vos disponibilizo.


*O primeiro encontro – 21 de Setembro de 2011.

Este sim foi um dia especial, marcado com o Dia da Árvore. Eram vinte e um coraçõezinhos ansiosos, uns com olhares atentos e outros dispersos, talvez pela novidade de estar fora da sala de aula e em outro horário. Nascia ali um novo olhar sobre a escola!
Naquela manhã, o contentamento dos bolsistas geravam um perturbador frio na espinha! Era um contato real com a realidade escolar, com a sua futura realidade de futuros professores, os mediadores da educação básica. E foi com uma gentil conversa, que ambos os corações se acalmaram. E com isso foi passado as regras e limitações do programa. A nossa responsabilidade e privações perante a todos.
No segundo momento uma confraternização ….Mãos na Massa!! Opa, Mãos na Terra! Em comemoração da nossa presença ali e do Dia da Árvore, foi plantado algumas especies nativas da Região (Araçá, Pitanga e Jussara).



*O Segundo encontro – 27 de Setembro de 2011.

Ficamos pensando, o que deu de errado? Será que alguns pensaram que aprenderiam aqui a serem agricultores? Bem, a matemática nos foi bem clara, de 21 à 14 anos!
Mas a empolgação continuava naqueles e em nós! Com isso seguimos o trabalho: plantamos algumas cebolinhas, explicamos a importância do adubo orgânico e como lição de casa foi pedido para que separassem os restos de alimentos e trouxessem para fazer a compostagem no próximo encontro.
Mas não paramos por ai, as crianças são bem participativas e isso nos induzia a outras coisas. E numa dessas, mostramos a diversidade de organismos vivos presentes naquele solo. Surgiram alguns arroubos da parte das meninas, ao ver as minhocas. Tudo muito natural até aqui! Porém, também vimos Caramujos Africanos e já os alertamos dos perigos (doenças) que eles podem causar, mas que infelizmente, ainda não se tem a noticia de como evitá-los, ora são já uma praga em diversos lugares de nosso Estado, como por exemplo Foz do Iguaçu (nas grandes furnas de Itaipu) e no Porto de Paranaguá – PR.
Bem, com tantas explicações e conversas, conseguimos desmistificar algumas coisas e melhor, a tirar alguns traumas das meninas, desde a Minhoca à Rã, sim uma delas conseguiu segurar nas mãos uma rã! É quanto a isso, estávamos tranquilos, não haveria mais gritaria!
Acidentes também acontecem nesses movimentos, como foi o caso da decapitação de uma cobra, que acidentalmente apareceu na hora errada e no lugar errado. Foi vítima da machadada do Roberval. Com o incidente, aproveitamos para alertá-los da importância de preservarem a fauna e a flora local. Percebemos que neste dia, aproveitamos tudo, dos questionamentos as piadinhas e até dos incidentes!




*O terceiro encontro - 28 de Setembro de 2011.

A Matemática já se tornava nossa inimiga! E um vendaval de “Por ques?” nos atormentava a mente. Não bastava a boa sensação que ficamos com o último encontro. Por quê era tão gratificante para nós e para eles não? Por que muitos não retornavam? Ah (suspiros), neste dia eram apenas em 9 alunos! Mas, retomando o 'gás' do otimismo nos revestimos dele, tal como milico se alista pra guerra, com certo temor é claro!
Agora, gracinhas a parte, retomamos o ponto da anatomia da minhoca, como ela respira, o termômetro da Mata Atlântica que é a Rã, reafirmando as garantias da compostagem e nesse embalo plantamos Couve e Mostarda.



*O quarto encontro – 29 de Setembro de 2012.

Ah, não poderia iniciar este paragrafo diferente: Ano Internacional da Química/ pH do Planeta! É, sabemos que é percebível nossa empolgação, mas como ser diferente? Somos todos licenciandos em Ciências e Química, Planeta e pH mexe demais com cada um de nós! Semelhanças existem e as vezes a se sai fora da regra “Os opostos se atraem”! Pois bem, neste dia tão significativo, estávamos com as oitavas séries da Profª. Maria de Fátima, que é a Supervisora do PIBID na Escola. A caminhada foi longa, mas com tanta agitação, quem a percebe? Seguimos rumo a nascente do Rio do Córrego da Av. Paraná (no Bairro Tabuleiro – onde fica a Escola), a colher uma pequena amostra para o exame de pH. Durante o percurso o assunto era o rio e seu o entorno. É estupidamente constatar que muitos não observavam o caminho que costumeiramente faziam, de casa para a escola e da escola pra casa! Contudo, para nossa descoberta, o gratificante foi que eles nos contaram o que fazem no dia a dia. Também em constatar que com aquela nossa pequena ação ocasionou um “bum” no 'querer aprender mais” desses adolescentes! Pois eles desciam medindo em pontos de difícil acesso, para nós que não conhecíamos tão bem quanto eles. Outra lição: com os alunos também se aprende e muito e são eles que nos fazem querer conhecer e saber mais e isso vira um ciclo, quando a interação acontece! Pronto, chegamos no limite que se podia alcançar, a um ponto da Mata Atlântica só é conhecida pelos animais e índios, nem os nativos se arriscam em adentrar, mas que infelizmente a água já estava contaminada pelo esgoto. Dava pra ver claramente pelo seu aspecto. Acreditamos que é o potente condutor de vida e morte, a Água dos rios e dos mares, toda a água que se move, que corre, que se evapora e que se solidifica!
A conversa foi pro diversos viés, mas foi bem esclarecedora para todos. Bem, por fim analisamos a água da torneira da escola e fizemos as comparações.
Depois de toda essa aventura de ideias e constatações, fomos para casa com muitas reflexões...



*O quinto encontro – 18 de Outubro d 2012.

Este foi para nós um dia triste, pesado, onde nos sentimos fracassados perante aquele sonho e expectativa de todo da Escola Tereza Ramos! O indicador matemático foi bem claro em nos mostrar que o que é bom e legal para nós, pode não se do interesse deles!
Três alunos! Apenas très sobreviventes! Éramos tão ruins assim? O que nos faltava, o que nos faltou? Iremos prosseguir? E se na próxima não houver nem esses très? Lembro dos dias em que passávamos nas salas de aula, falando do que seria o PIBID, do que fariamos e conheceriamos! Existia uma excitação coletiva da parte dos alunos! Foram muitos que procuraram saber e se inscreviam, e disso tudo apenas esses três estavam ali, fiés a nós, e inocentes ao proposito de tudo aquilo, desde o sonho em nenhum momento foi compartilhado com eles, ao apoio e vivência que gostariamso de dá em seus dias letivos!
Bem, agora sem se estender, passamos secamente ao relato: montamos um canteiro com Rúcula, uma sementeira de Almeirão, Salsinha. Nisso utilizamos composto orgânico para fortalecer o plantio.
Dizem que a esperança é a última que morre, ainda havia uma. E com ela nos calçamos os pés e fomos as salas de aulas, agora para reavivar neles a nossa presença ali. Que estamos ali para fazer a diferença e que apesar do desanimo numérico, não iriamos desistir. E assim fizemos, anunciamos o Concurso de Desenho para ser a Logo do Corujando¹. O desenho seria estampado em camisetas para, o tema era Coruja. A entrega era até o dia 16 de novembro.



*O sexto dia – 19 de Outubro de 2012.

A noite foi longa para todos, vi isso no semblante dos meus parceiros, dái percebi que não estava só. E mais uma vez, como bons aprendizes das duras de Licenciatura, ficamos ali, atentos, na expectativa dos estimados aluninhos. Bem, foi um numero maior de três, o quatro!
Verificamos que a Composteira estava muito úmida, ainda não se sabe ao certo o que causou, se a chuva que entrou na caixa ou se pusemos muita água para umedecer e resfriá-la? A preocupação era com as Minhocas, com a terra neste estado não conseguiriam se reproduzir ou viver por muito tempo!
As ações foram, fazer o canteiro dos maracujás e terminamos de montar as sementeiras de almeirão. Mais um dos problemas que estamos encontrando é a falta de uma torneira perto da horta, mas de acordo com o diretor do colégio profº Orlando, teremos uma torneira na horta e não vai demorar muito.

¹ Para ver os desenhos vá até o link “fotos”.
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Para saber mais a respeito das ações, visite o link "Notícias"
ou escreva para nós! Na página "Contatos"
tem o endereço eletrônico de cada membro vinculado
ao Corujando Ciências.


Por: Orrico R.
Licenciatura em Ciências - 2010
UFPR Litoral - Bolsista / Corujando Ciências


"UFPR Litoral, Educação é a Nossa Praia!"

Diretoria da UFPR Litoral:
Geral: Valdo José Cavallet
Administrativo: Douglas Ortiz
Pedagógico: Renato Bochicchio

Site: http://www.litoral.ufpr.br/

FOTO BY ORRICO R. O motivo que nos inspirou ao Nome deste Projeto, "Corujando Ciências" - Casal de corujas que fizeram desta escola, seu habitat. _______________________________________________________________________________