Resumo

O trabalho aqui apresentado relata a maneira como o PIBID História 1 abordou a questão do dia da consciência negra em duas escolas em Curitiba, em novembro de 2015, produzindo atividades que tiveram como propósito levar ao ensino básico de História o motivo pelo qual o dia 20 de novembro é o dia da consciência negra e apresentando como o racismo foi construído historicamente e como ele continua intrínseco na sociedade. Foram apresentados dois planos de aula diferentes para cada colégio. No Dom Pedro II o objetivo era evidenciar a situação de descaso por parte dos governos brasileiros pós-abolição e nas repressões que sofriam manifestações culturais que, segundo interpretações racistas, iam contra o processo de civilização no Brasil. Além disso, foi discutido também a continuidade do racismo institucionalizado. O conteúdo foi abordado através de uma discussão sobre o racismo na atualidade e de uma aula expositiva sobre teorias racistas e influências no pensamento brasileiro da época, trazendo fontes de pensadores brasileiros do final do século XIX e início do século XX, por fim houve uma contextualização expositiva do período pós abolição. Já no Colégio Maria Pereira Martins, após uma introdução geral sobre a ditadura militar e resistência através de imagens do movimento negro e interpretação de fontes musicais de cantores e compositores negros do período, estabelecemos uma relação desse passado com o presente em relação à repressão policial nos dias de hoje e a necessidade da valorização da consciência negra, explicando a origem do dia de luta pela inserção da História da África nos currículos escolares e a reivindicação da literatura negra. Desta maneira, pretendemos expor uma entre as várias maneiras de se estudar o racismo e o dia da consciência negra em sala de aula.

Palavras-chave: Consciência negra, Racismo, Ditadura militar, Educação

Bolsistas

Julyane Cequinel Hul; Luiz Filipe Dias Genesi

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