Português 3 > Posts > 2016/10 Os livros da selva 6E
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Setor de Ciências Humanas
Curso de Graduação em Letras
Formação de Leitores: Integrando Biblioteca e Sala de Aula
Coordenadora: Profª. Drª. Renata Telles
Supervisora: Jussara Jorge
Turma: sexto ano E
Bolsistas responsáveis: Amanda Belardo da Silva, Marco Antonio Machado Ladeia, Tainara Fornaziero
Os livros da selva: literatura e oralidade no sexto ano
Cronograma:
25/08 - observação de aula
01/09 - observação de aula + aplicação do questionário
08/09 - recesso (trabalhar nos resultados do questionário), CONCELC
15/09 - Aula 01
22/09 - Dia da Paralisação
29/09 - Aula 02
06/10 - Aula 03
13/10 - (ocupação do colégio + greve dos professores)
Aulas de Observação - Observação da aula dada pela supervisora (2 horas-aula)
Comentário Aula 1: A professora estava fazendo com os alunos uma revisão para uma prova que viria na aula a seguir. Foram trabalhados e revisados com os alunos temas relacionados a pronomes e variantes linguísticas.
Comentário Aula 2: As duas aulas geminadas foram destinadas para a recuperação da prova feita na semana anterior. Apesar de demonstrarem na aula de revisão que dominavam o conteúdo, dos 29 presentes, apenas 4 não ficaram de recuperação. À medida em que foram terminando a recuperação, os alunos puderam ler gibis trazidos da caixa de gibis disponível na biblioteca. Nessa aula os bolsistas passaram para os alunos um questionário que continha as seguintes perguntas: Idade? Com quem mora? Gosta de ler? Qual livro você mais gostou de ler? Qual sua matéria preferida na escola? O que gosta de fazer quando não está na escola? Se um amigo te indica um livro, onde você busca esse livro (biblioteca, pede emprestado, livraria, etc.)?
Resultados dos Questionários: Dos 31 alunos matriculados na turma, 29 responderam o questionário.
Idade: cinco alunos têm 10 anos, dezoito alunos têm 11 anos, cinco alunos têm doze anos e um aluno tem 13 anos.
Com quem mora: A maioria mora com os pais (21), e dentre esses, alguns dizem morar também com uma irmã (1), um irmão (2), com dois irmãos (4) e com o irmão e a avó (1). 3 moram apenas com a mãe, 1 apenas com o pai, 1 com o pai, a madrasta e a irmã, 1 mora com a tia e os avós e 1 só com a avó. 1 respondeu que mora em uma casa.
Gosta de ler: 20 alunos responderam que sim, 7 responderam que mais ou menos e 2 responderam que não.
Livro que mais gostou de ler: Diário de um banana (citado 7 vezes), Diário de Larissa Manoela (citado 2 vezes), Harry Potter, sem título específico (citado 2 vezes), A menina que roubava livros, A história do Chaves, As crônicas de Nárnia, Branca de neve, Bíblia e gibis, Capitão Cueca, Coraline, Dama de Copas, Depois dos Quinze, Livros de dinossauros, sem título específico, Livros de terror, sem título específico, O menino do dedo verde e Pequeno Príncipe foram citados uma vez cada.
Matéria que mais gosta: 12 alunos responderam educação física, 7 alunos responderam matemática, 5 alunos responderam ensino religioso, 5 alunos responderam ciências, 5 responderam artes, 2 alunos responderam inglês, 2 alunos responderam geografia e 1 aluno respondeu português.
O que mais gosta de fazer: Mexer no celular/pc (citado 9 vezes), assistir TV (citado 6 vezes), brincar (citado 5 vezes), praticar esporte (citado 4 vezes), ficar/passear com a família (citado 3 vezes), jogar no pc/vídeo game/celular (citado 3 vezes), dormir (citado 2 vezes), estudar, brincar com o cachorro, dançar e descansar, andar de bike, ouvir música e ler foram citados uma vez cada.
Onde busca um livro que está interessado em ler: 21 alunos responderam que buscam o livro na biblioteca, 4 buscam na livraria, 3 pedem emprestado, 2 compram, 2 buscam na internet e 1 procura em casa.
Anexo: gráficos do questionário 6 E
Aula 01 - Motivação (2 horas-aula)
Objetivos: Conhecer melhor os alunos de maneira leve e descontraída, incentivando as livres opiniões e a expressão oral. Introduzir o tema do ‘’ser descolado’’, frequente entre os alunos do sexto ano. Registrar as impressões de leitura de forma lúdica, trabalhando com pintura.
1. Leitura: contar a história de Flicts para os alunos. A leitura deve ser dividida entre os bolsistas responsáveis pela turma. Nesse momento, os alunos deverão sentar no chão e formar uma roda para que todos consigam ver o livro enquanto ouvem a história. (20 minutos)
- A leitura será feita na sala alternativa.
2. Discussão: perguntar aos alunos o que eles acharam da leitura que acabaram de fazer. Gostaram? Já tinham lido? Conseguem traçar paralelos entre a história e a vida deles? (25 minutos)
- A ideia é que cada aluno fale um pouco sobre o que achou da leitura. Para isso, podemos perguntar circularmente na roda as opiniões e impressões (assim os alunos respeitam a vez de cada um falar). Caso os alunos estejam tímidos, os bolsistas podem participar da discussão e relatar o que acharam da leitura.
3. Pintura: a partir da leitura de Flicts e da discussão feita em sala, os alunos receberão uma cartolina em branco e tinta guache. O tema da pintura é ‘’livre’’, mas deve refletir a conversa do momento anterior e suas impressões sobre o livro. Os alunos se dividirão em grupos menores (aproximadamente 5 alunos por grupo) e cada grupo receberá uma caixa de tinta guache. Os bolsistas devem circular entre os grupos e auxiliar com o uso da tinta, controlar a bagunça, etc. (45 minutos)
ZIRALDO. Flicts. São Paulo: Melhoramentos, 2012
Papel canson (aprox. 35 folhas por sala), papel toalha, copo descartável, tinta guache e pincel, jornal ou craft para cobrir o chão.
Comentário:
Nossa primeira aula foi no auditório, os alunos se organizaram em semicírculo enquanto nós sentamos no meio de modo que todos puderam acompanhar a leitura e ver o livro. Todos prestaram atenção. Ao final da leitura, quando iniciamos a discussão perguntando o que eles tinham achado, se todos tinham entendido a história, houve muita pouca participação, mesmo quando contamos uma experiência, a discussão não engatou. Por isso, decidimos organizar a turma em 3 grupos, pelos quais cada um de nós ficasse responsável. Nesse momento, percebemos que os alunos, além de quererem ficar entre os amigos, não queriam misturar meninos e meninas nos grupos. As discussões nos grupos menores fluíram melhor, saindo do livro para comentários sobre as vivências da sala. Foi interessante para conhecermos e nos aproximarmos da turma. Em um dos grupos, por exemplo, eles ficaram muito tempo discutindo quem gosta de quem, quem namora quem. Outro grupo foi na mesma direção, e um terceiro grupo, com quase todos os meninos da sala, ficou bastante tempo criticando um aluno em especial que estava em outro grupo. Esse aluno chegou um pouco depois na turma com uma postura bem arrogante, implicando e batendo nos outros meninos, até que dois alunos bateram nele. Desde então, ele mudou um pouco o comportamento, ficando excluído da turma e recebendo a antipatia de todos os meninos.
Outro caso de exclusão na turma é o de uma aluna que também chegou depois - no início deste semestre - e que mesmo com quase dois meses de aula, não conseguiu se enturmar. Na discussão, foi perceptível sua identificação com Flicts. Na segunda aula, quando fomos dividir a turma em 5 grupos para pintura, foi bem difícil para ela, e um bolsista pediu para colocá-la em um grupo de meninas. Seu desenho refletiu o isolamento.
Na segunda aula, voltamos para a sala, dividimos a turma em 5 grupos, distribuímos os pincéis e as tintas, para que eles pudessem iniciar a pintura, os alunos gostaram bastante da atividade. Dos 5 grupos - 3 de meninos e 2 de meninas - podemos perceber na maioria um caminho comum. Nos dois grupos dos meninos, que não estavam com o aluno isolado, percebemos desenhos que indicaram que o aluno isolado é o Flicts - o ser excluído, sozinho. Alguns desses alunos gritaram para esse aluno que ele era o Flicts. No terceiro grupo de meninos que aceitou incluir o aluno isolado, após uma pressão do professor substituto da supervisora, percebemos que eles optaram por buscar a cor Flicts, se empenhando em misturar cores para chegar a cor que representa Flicts no livro. Nos dois grupos das meninas também percebemos desenhos que caracterizam um caminho comum: em um grupo a maioria dos desenhos representou Flicts encontrando seu lugar, já no outro teve a maioria dos desenhos representou Flicts isolado - palavras como bullying, sozinho, isolado, apareceram.
Pelo que percebemos na turma e no caso dos dois alunos excluídos, vimos que a leitura programada pode colaborar para a discussão das questões de integração e de bullying.
Aula 02 - Introdução (2 horas-aula)
Objetivos: Apresentar aos alunos a Índia vivida por Rudyard Kipling e a selva representada no livro que vamos ler. Para tanto, as aulas trarão uma série de imagens, informações, histórias e vídeos que aproximarão os alunos desse universo, com o objetivo de introduzir o ambiente do livro, explorar conhecimentos prévios dos alunos e despertar o interesse e a curiosidade pela leitura. Essa exposição se dará sem que o nome Mowgli seja citado para que os alunos não pressuponham logo de saída que Os Livros da Selva se resume à famosa história do menino lobo. Ao final da aula, será feita uma atividade de interação inspirada na temática da aula.
Primeira hora-aula
1.1. Discussão: perguntar aos alunos o que vem à cabeça quando falamos sobre Índia. Já viram algum filme que se passa ou fala da Índia? E novelas? Etc. (5 minutos)
1.2. Apresentação: com auxílio de powerpoint, os bolsistas apresentarão rapidamente a cultura indiana (roupas, deuses, comidas, etc.), a língua híndi e a geografia do país, a partir de um mapa da Índia, estabelecendo relações com a apresentação da selva, que virá na sequência. (10 minutos)
2.1. Mostrar imagens e vídeos da selva: continuar no powerpoint, agora mostrando templos, cavernas, florestas, etc. (10 minutos)
2.2. Mostrar imagens e vídeos de animais: aproximando um pouco mais do tema de Os Livros da Selva, mostrando também tigre, urso, cobra, macaco, pantera e lobo. (10 minutos)
2.3 Mostrar um site que possui uma série de curiosidades sobre a Índia.
2.4. Discussão: O que acharam? Gostariam de viver lá? Já viram algum lugar assim? Gostam da selva? De qual paisagem gostaram mais? Se fossem contar uma história de um lugar assim, como seria? Etc. (10 minutos)
3.1. Introdução: perguntar aos alunos o que eles pensam quando se fala em criança selvagem e explicar rapidamente o mito da Criança Selvagem, fazendo conexão com as imagens da selva e animais mostradas anteriormente. (5 minutos)
- ‘’Crianças selvagens são crianças que logo nos primeiros anos de vida passaram a viver em completo isolamento da humanidade. São crianças que depois de pouco tempo de vida se perdem da população, vivem como animais, não falam e não andam como pessoas socializadas. Tais histórias se originaram de relatos relativamente comuns no século XVIII, que descreviam crianças encontradas no campo, tidas como sobreviventes por circunstâncias especiais, desde os primeiros anos de vida, criadas por animais, sem contato com humanos e assim se tornando selvagens.’’
3.2. Discussão: perguntar aos alunos se conhecem alguma história assim, já ouviram falar de alguma criança selvagem? (5 minutos)
3.3. Rômulo e Remo: contar brevemente a história de Rômulo e Remo como crianças selvagens, sua Mãe Loba, a criação de Roma, etc. (8 minutos)
“Numitor era o rei da cidade de Alba Longa, sobre a margem direita do rio Tibre, quando seu irmão Amúlio o destronou, e, para que não tivesse descendentes que pudessem tirá-lo do trono, condenou Reia Silvia, filha de Numitor, a ser sacerdotisa da deusa Vesta, pois assim permaneceria virgem. Mas Marte, o deus da guerra, engravidou Reia, que deu à luz a dois meninos gêmeos, Rômulo e Remo. Por ordem do rei, ela os colocou em uma cesta deixada no rio Tibre. Por sorte, uma loba encontrou os bebês, abrigando e amamentando-os. Um tempo depois, eles foram encontrados e resgatados por um pastor, com quem começaram a praticar a caça e a corrida, e foram criados pela mulher dele. Mais tarde, os irmãos ficaram sabendo de sua origem e resolveram destronar Amúlio e recolocar Numitor no trono de Alba Longa. Rômulo e Remo decidiram, então, fundar uma cidade no lugar onde tinham sido amamentados pela loba, à margem do rio Tibre, para serem seus reis. Quando foram definir o lugar onde fundar a cidade, os irmãos se desentenderam, pois Rômulo queria que fosse no monte Palatino, e Remo no monte Aventino. Rômulo, então, traçou um limite no alto do monte Palatino e disse que mataria quem o cruzasse. Remo o desobedeceu e cruzou a linha, por isso foi morto por Rômulo, que se tornou o primeiro rei de Roma, aproximadamente em 754 a.C.”
3.4 Remo John Lupin - comentar a etimologia do nome do personagem escolhida por J.K Rowling, em Harry Potter.
3.5. Discussão: perguntar aos alunos o que acharam dos relatos, se já tinham ouvido falar dessas histórias e se gostaram dos relatos. Tem curiosidade em saber mais? etc. (5 minutos)
3.6 Atividade de interação: jogo - cada aluno gruda um papel na testa em que está escrito o nome de um animal da selva indiana, sem saber qual é, e tem que fazer perguntas para os colegas (que só podem responder com sim ou não) até descobrir quem ele é.
Materiais:
Slides sobre a Índia – Anexo 1 - Mowgli
Site com curiosidades da Índia:
http://www.roteiroviagemdemochileiros.com.br/curiosidades-sobre-a-india/
Comentário:
A primeira aula foi na sala alternativa. Mostramos os slides sobre a Índia, perguntamos o que eles sabiam sobre o país (alguns mencionaram a dança, as roupas, religião, Taj Mahal, etc.) e eles participaram bastante, fizeram várias perguntas (principalmente sobre a questão das castas) e gostaram em especial dos vídeos de dança, Bollywood e da selva. Na segunda aula, também na sala alternativa, nós falamos sobre as crianças selvagens. Quando perguntamos para os alunos o que eles achavam que eram crianças selvagens, eles falaram sobre Tarzan e citaram até o Mowgli. Depois de falarmos sobre a lenda de Rômulo e Remo, decidimos fazer um jogo pensando na interação dos alunos, principalmente dos dois alunos que estão mais afastados da turma. Ficamos surpresos ao ver que a aluna que chegou no início desse semestre (que estava mais afastada da turma) parece estar mais enturmada, até escolheu um grupo sozinha. No entanto, nós ignoramos alguns detalhes sobre o jogo que eram importantes para realizá-lo. Por exemplo, a sala tinha espelhos e tivemos que afastar os alunos deles o máximo possível, para que não enxergassem os papéis. Nós também fizemos grupos de 6 alunos e como eles conheciam os animais que estavam na testa deles, ficou muito fácil descobrir quem eles próprios eram. Apesar disso, eles gostaram bastante do jogo e interagiram bastante. Como a atividade foi rápida e já era a última aula do dia, a professora Jussara resolveu fazer também outro jogo com os alunos. Todos ficaram sentados em círculo e a professora ficou no meio. Quando ela falava “já” todos os alunos tinham que escolher um colega e olhar para ele, se o colega o olhasse de volta, os dois saíam do círculo.
Aula 3 – Introdução ao autor Rudyard Kipling, Os Livros da Selva e início da leitura do conto “Os irmãos de Mowgli”.
Objetivo: Introduzir o autor e a leitura que faremos com os alunos, Os Livros da Selva, de Rudyard Kipling, dando sentido às atividades anteriores. Iniciar a leitura do conto “Os irmãos de Mowgli”, até um ponto-chave para despertar a curiosidade sobre a continuação. Incentivar a participação, valorizar a opinião individual sobre a leitura, trabalhar a expressão oral dos alunos. (2 horas-aula)
Primeira hora-aula
Estratégias:
1. Introdução ao autor e ao livro.
1.1. Autor e relação com a Índia: falar do autor do livro, explicando sua relação com a Índia (5 minutos)
- ‘’Kipling nasceu na Índia, filho de um escultor e ilustrador (que dá ‘cores’ a edição da Zahar), foi para a Inglaterra aos 5 anos de idade para estudar, onde ficou por alguns anos. Durante sua vida, voltou várias vezes para a Índia. O autor, assim como Mowgli, se sentia sempre um estrangeiro. Sua obra, o Livro da Selva, recebeu diversos prêmios e inspirou até o Escotismo - o fundador desse movimento usou o livro como pano de fundo para escoteiros de 7 à 11 anos, chamados lobinhos.’’
1.1. Livro: utilizando o powerpoint, mostrar a capa do livro para os alunos e perguntar se eles conhecem, se já ouviram falar, quais são as histórias que eles imaginam ter no livro, etc. Exemplares do livro também serão levados, para circular pela sala. (5 minutos)
1.3. Os Livros da Selva: apresentar aos alunos a leitura que faremos com eles, contando brevemente sobre o livro, Mowgli e os animais, a Lei da Selva. (5 minutos)
- ‘’Os Livros da Selva se divide em dois exemplares, ambos possuem diversos contos com histórias de Mowgli - menino selvagem que se perdeu de seus pais - e de vários outros animais da floresta, como os elefantes, tigres, focas, etc. Todos esses animais são regidos por uma lei especial, chamada Lei da Selva, que dita o que cada bando de animais deve (ou não) fazer.’’
3.1. Flashback: relembrar com os alunos o que trabalhamos até a última aula, perguntar se lembram do que foi visto, qual livro iremos ler, etc.
3.1.2. Glossário: enquanto um dos bolsistas está relembrando a última aula, o outro fica no quadro escrevendo um glossário com palavras menos conhecidas ou que não tem tradução do híndi durante o livro, etc. As palavras contidas no glossário foram as seguintes: chacal, gongo, sambar, seixo, facho, nanquim e dewanee. (5 minutos).
3.2. Leitura: após entregar uma cópia do conto para cada aluno, os bolsistas dão início à leitura do conto em voz alta (das págs. 27 até 37). A leitura será interrompida no momento em que o narrador avisa que não terá tempo para narrar o que se passou durante alguns anos, e as cópias do conto serão recolhidas, com o objetivo de criar expectativa sobre a continuação da história. (A leitura deverá ser treinada antes para que não aconteçam interrupções). (30 minutos)
Obs.:A leitura deve ser pausada e com bastante calma para que os alunos possam acompanhar. Em caso de dispersão da turma, a leitura deve ser interrompida para que se faça um resumo do que lemos até o momento e para que as dúvidas sejam tiradas. Caso sobre tempo, a discussão da segunda aula pode ser feita nesse primeiro momento.
3.3. Discussão: o que os alunos acharam da leitura feita anteriormente? Lembram-se dos detalhes? Tem alguma dúvida? Gostaram ou não gostaram? Por quê? (10 minutos)
4.1 Formação de grupos: os alunos devem formar grupos de até 5 pessoas, para discutir a questão proposta, anotando os pontos principais que conversaram para apresentar à turma. (5 minutos)
- Proposta: “O que você acha que aconteceu nesses dez anos que se passam na vida do Mowgli e que o narrador não conta?’’
4.2. Organização do debate: os grupos conversam sobre os possíveis acontecimentos desses dez anos na história do Mowgli, enquanto os bolsistas percorrem a sala tirando dúvidas, ajudando, etc. (10 minutos)
4.3 Tarefa: na aula seguinte, cada grupo deverá apresentar para a turma a história que criaram.
Material:
Powerpoint com vídeos e imagens, além das capas de Os Livros da Selva.
Cópias do conto “Os irmãos de Mowgli”, digitado pelos bolsistas, para que todos os alunos acompanhem a leitura.
Exemplares de KIPLING, Rudyard. Os livros da Selva: contos de Mowgli e outras histórias. Trad. Alexandre Barbosa de Souza. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.
Comentário: A primeira hora-aula foi no auditório. Foi feita a introdução ao livro/autor e iniciada a leitura do primeiro conto com os alunos. Os bolsistas realizaram a leitura em voz alta enquanto os alunos acompanhavam nas cópias distribuídas a cada um. Na segunda hora-aula relembramos com os alunos o que havia acontecido no conto até o momento que foi lido na aula anterior e a leitura do conto continuou até a parte planejada, com o auxílio de slides que continham imagens referentes ao conto e um glossário com as palavras menos conhecidas. Em seguida, os alunos foram separados em grupos para a realização da atividade, porém a aula foi mais curta do que planejada devido às chuvas e por isso não foi possível realizar toda a montagem da apresentação com os alunos. Os alunos se mostraram bastante interessados na leitura e nas atividades realizadas. Houve muitas intervenções durante a leitura por parte dos alunos para questionamentos sobre o conto. Os alunos acompanharam a leitura concentrados em silêncio.
OBSERVAÇÃO: AS AULAS FORAM INTERROMPIDAS NESSE MOMENTO EM FUNÇÃO DA GREVE DOS PROFESSORES ESTADUAIS, CONTRA O ROMPIMENTO DO ACORDO POR PARTE DO GOVERNO ESTADUAL, E DA OCUPAÇÃO ESTUDANTIL DAS ESCOLAS DO PARANÁ, CONTRA A IMPOSIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO. As aulas foram retomadas na metade de novembro, sem tempo hábil, no entanto, para a inclusão dos resultados e comentários, em função do prazo final do relatório PIBID/Capes.
Objetivos: Recuperar com os alunos a memória de tudo o que foi feito antes da interrupção. Retomar as atividades da aula anterior, incentivando a expressão oral e a livre imaginação a partir do que foi lido até o momento. Dar prosseguimento à leitura do conto.
Estratégias:
1.1. Introdução: perguntar aos alunos o que eles se lembram do que fizemos até aqui: que história lemos? Quais eram os personagens? Quem é Mowgli? O que acontecia durante a história? etc. (8 minutos)
Caso seja necessário, os bolsistas devem escrever um breve resumo da história no quadro para que os alunos usem como apoio.
2.1. Proposta: ‘’O que você acha que aconteceu nesses dez anos que se passam na vida do Mowgli e que o narrador não conta?’’
2.1. Releitura do trecho em que o narrador anuncia o que não vai contar: “Agora você deverá se contentar em pular dez ou onze anos inteiros, e simplesmente imaginar a vida magnífica que Mowgli teve entre os lobos, pois se isso fosse escrito preencheria uma infinidade de livros.” (pág. 37)
2.2. Propor a atividade escrita. Cada aluno deverá escrever/narrar o que imagina que aconteceu durante esses dez ou onze anos da vida de Mowgli. Enquanto os alunos escrevem, os bolsistas circulam pela sala de aula auxiliando e tirando dúvidas dos alunos. A atividade será recolhida ao final da aula para ser corrigida e entregue aos alunos no próximo encontro. (40 minutos)
3.1. Leitura: devolver a cópia do conto para os alunos e dar continuação à leitura, a partir da página 37 até o final (página 49). (25 minutos)
- A leitura deve ser pausada e com bastante calma para que os alunos possam acompanhar. Em caso de dispersão da turma, a leitura deve ser interrompida para que se faça um resumo do que lemos até o momento e para que as dúvidas sejam tiradas.
3.2. Debate: após a finalização da leitura, perguntar aos alunos o que acharam do conto lido: gostaram? Não gostaram? Por quê? Acharam que terminaria de uma maneira diferente? De qual personagem gostaram mais? De qual personagem menos gostaram? Além disso, confrontar o que os alunos haviam imaginado sobre a vida do Mowgli com o que foi narrado no conto. (15 minutos)
3.3. Atividade extra: Caso sobre tempo, os bolsistas escrevem uma frase no quadro sobre a história do Mowgli, como por exemplo: “Mowgli estava na floresta quando…” (ou até mesmo uma frase do livro). Cada duas fileiras de carteiras recebem apenas uma folha. O primeiro aluno da fila escreve uma frase complementando a história e passa para o aluno de trás, que fará o mesmo, e assim respectivamente. No final, os bolsistas recebem as três folhas e todos comparam as histórias criadas pelos alunos.
Materiais:
Cópias do conto “Os irmãos de Mowgli”, digitado pelos bolsistas, para que todos os alunos acompanhem a leitura.
Exemplares de KIPLING, Rudyard. Os livros da Selva: contos de Mowgli e outras histórias. Trad. Alexandre Barbosa de Souza. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.
Aula 5 - (duas horas-aula)
Objetivos: Dar retorno aos alunos sobre a atividade escrita, valorizando a criatividade e estimulando a reescrita. Iniciar a leitura do segundo conto de Os Livros da Selva, “A Caçada de Kaa”. Desenvolver a competência de leitura dos alunos, a partir do confronto dos dois contos.
Primeira hora-aula
Atividades
1.Retorno e reescrita:
1.1. Entrega da atividade anterior: Comentar e elogiar a criatividade da turma.as atividades se Algum aspecto notado pelos bolsistas como dificuldade geral da turma será elucidado em conjunto. (20 minutos)
1.2. Reescrita da atividade: Devolver os textos com as anotações e solicitar aos alunos que façam a revisão, para chegar a uma versão final.(30 minutos)
Segunda hora-aula
1. Leitura do conto “A caçada de Kaa”.
1.1. Flashback: Relembrar o que foi trabalhado até agora. Qual conto lemos? Qual era a história? Utilizar o trecho da animação clássica da Disney, “Mogli - O menino lobo” (1967), em que Mowgli se encontra com o urso Baloo, para ajudar na retomada de informações sobre o conto. (10 minutos)
1.2. Glossário: anotar no quadro ou utilizar slides para explicar palavras menos conhecidas presentes no conto.
1.3. Leitura: Cada aluno receberá uma cópia do conto, previamente digitada pelos bolsistas, para acompanhar a leitura. A leitura será feita até a página 56, momento em que Mowgli é levado pelo bando dos macacos.
1.4. Debate: As cópias do conto são recolhidas para que os alunos levantem hipóteses sobre a questão: Por que os macacos são desprezados pelos outros animais da selva? (Ao contrário dos outros animais, os macacos não possuem leis e não respeitam a lei da selva)
1.5 Leitura do capítulo dedicado especificamente às leis da selva (p.199/201). (40 minutos)
- A leitura deve ser pausada e com bastante calma para que os alunos possam acompanhar. Em caso de dispersão da turma, a leitura deve ser interrompida para que se faça um resumo do que lemos até o momento e para que as dúvidas sejam tiradas.
2. Debate: o que os alunos acharam do trecho do conto lido na aula anterior? Gostaram? De qual personagem gostaram mais? Ou menos? O que pensam sobre a Lei da Selva? Ela é justa? Acham que as pessoas seguiriam essa lei? Etc. (10 minutos)
3. Proposta de atividade: Em grupos, criar uma Lei da Selva baseada nas leituras do trecho do conto “A caçada de Kaa” e do capítulo reservado à apresentação das Leis (pág. 199-201). A lei deverá ser escrita na forma de tópicos.
3.1 Apresentação oral: Cada grupo apresenta a sua lei para a turma. O objetivo é que os alunos pensem em leis que eles são obrigados a seguir e também em leis que gostariam de seguir, visando aproximar os temas lidos da realidade dos alunos. (40 minutos)
3.2 Lei comum: os bolsistas anotam no quadro as leis que apareceram em todos os grupos, na tentativa de chegar a um consenso sobre a lei.
Cópias do conto “A caçada de Kaa”, digitado pelos bolsistas, para que todos os alunos acompanhem a leitura.
Exemplares de KIPLING, Rudyard. Os livros da Selva: contos de Mowgli e outras histórias. Trad. Alexandre Barbosa de Souza. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.
Projetor para exibir o trecho de Mogli: O menino lobo. Animação produzida por Walt Disney Pictures em 1967 e dirigida por Wolfgang Reitherman.
Objetivos: Levar os alunos a comparar sua imaginação e interpretação, construídas a partir da leitura do primeiro conto, “Os irmãos de Mowgli”, com a leitura de “A caçada de Kaa”, incentivando a expressão oral. Levar os alunos a perceber os mecanismos de leitura, desenvolvendo sua competência.
Estratégias:
1. Proposta de atividade oral: Os alunos deverão montar um júri baseado nas leis criadas por eles na aula anterior. A turma será dividida em dois grupos, um a favor e outro contra. Os bolsistas e a supervisora farão o papel de juiz e mediador.
Serão criadas situações hipotéticas, como: “Como você agiria caso aparecesse um animal com costumes diferentes dos seus?” e “Você acolheria um animal de outra espécie?”, etc. (30 minutos)
2. Continuação da leitura do conto “A caçada de Kaa”, das páginas 56 a 65. (20 minutos)
3. Finalização da leitura do conto “A caçada de Kaa”, das páginas 65 a 75. (20 minutos)
- A leitura deve ser pausada e com bastante calma para que os alunos possam acompanhar. Em caso de dispersão da turma, a leitura deve ser interrompida para que se faça um resumo do que lemos até o momento e para que as dúvidas sejam tiradas.
2. Glossário: anotar no quadro ou utilizar slides para explicar palavras menos conhecidas presentes no conto.
3. Debate: Retomar a atividade em que os alunos imaginaram o que aconteceu nos 10 anos da vida de Mowgli não contado no primeiro conto e confrontar com o que foi narrado no segundo conto. Trabalhar a expectativa que os alunos tinham com o que foi narrado. Organizar uma discussão oral, em que todos os alunos tenham sua vez de falar. (30 minutos)
Cópias do conto “A caçada de Kaa”, digitado pelos bolsistas, para que todos os alunos acompanhem a leitura.
Exemplares de KIPLING, Rudyard. Os livros da Selva: contos de Mowgli e outras histórias. Trad. Alexandre Barbosa de Souza. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.
Objetivos: Levar os alunos a perceberem diferenças entre linguagens, comparando filme, desenho animado e leitura dos contos.
Estratégias:
1. Retomar rapidamente as histórias lidas anteriormente pelos alunos e apresentar o trecho em que Mowgli é raptado pelo bando dos bandar-log (macacos) no filme de 2016 e na animação da Disney de 1967. Além disso, reler o mesmo trecho no conto. (40 minutos)
2. Debate: discutir com a turma as semelhanças e diferenças das três cenas analisadas, pensando em características do enredo e em como o bando dos macacos é representado em cada uma. Comparar com o que tinham imaginado a partir da leitura.(10 minutos)
3. Questionário: solicitar aos alunos que respondam a um questionário, com perguntas sobre as atividades de leitura realizada, as aulas de português e nossa prática em sala de aula.
4. Despedida: Agradecimento pelo envolvimento dos alunos no projeto. Incentivo para que continuem lendo. Festa de encerramento. (5 minutos)
Cópias do conto “A caçada de Kaa”, digitado pelos bolsistas, para que todos os alunos acompanhem a leitura.
Exemplares de KIPLING, Rudyard. Os livros da Selva: contos de Mowgli e outras histórias. Trad. Alexandre Barbosa de Souza. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.
Projetor para exibição dos filmes.
Mogli: O menino lobo. Longa metragem produzido por Walt Disney Pictures em 2016 e dirigido por John Favreau.
Mogli: O menino lobo. Animação produzida por Walt Disney Pictures em 1967 e dirigida por Wolfgang Reitherman.