Português 3 > Posts > 2016/5: Diário - leitura e escrita no sexto ano
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Setor de Ciências Humanas
Curso de Letras
Subprojeto Português 3:
Formação de leitores – integrando biblioteca e sala de aula
Coordenadora: Profa. Dra. Renata Telles
Leitura e escrita de DIÁRIOS
Bolsistas responsáveis: Isabel Linhares, Tainara Fornaziero, Marco Ladeia, Rafaela Guimarães
Dia 28/04 e 05 e 06/05: Observação de aula da professora Jussara.
Aula 1 (1hora-aula)
Objetivo: criar expectativa e despertar o interesse dos alunos sobre o trecho a ser lido. Acumular leitura para que, ao longo das aulas, os alunos possam perceber características comuns aos textos.
Estratégias:
- Ler em conjunto com os alunos um trecho do Diário, de Anne Frank.
- Ouvir os alunos livremente e provocar a discussão com questões como: se eles conhecem o trecho lido, se eles acreditam que foi escrito por uma menina ou menino, de qual idade, em qual época.
Turma F: Os alunos foram bem além das nossas expectativas, desvendando que era um diário e inclusive que era o diário escrito pela Anne Frank (duas alunas já haviam lido o livro). Antes da aluna comentar que era Anne o nome da menina que escreveu o diário, o resto da turma desvendou sozinho que o nome dela era Anne, pelo trecho em que ela comenta que as pessoas se referiam a ela e às amigas como “Anne, Hanne e Sanne”, uma relação que nem a gente tinha feito. Conversamos e descobrimos que é uma turma com muitos leitores e com muito potencial. Tentamos reunir algumas características que eles acreditavam que um diário devia ter e assim encerramos essa primeira aula.
Turma E: Os alunos não descobriram qual era o gênero textual e nem quem o tinha escrito. Nenhum deles reconheceu o texto. Foi feita uma leitura em conjunto com os alunos, os quais demonstraram bastante interesse. Após a leitura, fizemos um exercício de interpretação e compreensão textual, recuperando o que os alunos haviam entendido, o que chamou a atenção deles, etc.
Material:
Fragmento do Diário, de Anne Frank.
Domingo, 14 de junho de 1942
Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu estava junto quando você foi comprado, e com isso eu não contava.)
Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não é de espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me deixam levantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha curiosidade até quinze para as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até a sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfregando-se em minhas pernas.
Pouco depois das sete horas, fui ver papai e mamãe e, depois, fui à sala abrir meus presentes, e você foi o primeiro que vi, talvez um dos meus melhores presentes. Depois, em cima da mesa, havia um buquê de rosas, algumas peônias e um vaso de planta. De papai e mamãe ganhei uma blusa azul, um jogo, uma garrafa de suco de uva, que, na minha cabeça, deve ter gosto parecido com o do vinho (afinal de contas, o vinho é feito de uvas), um quebra-cabeça, um pote de creme para o corpo, 2,50 florins e um vale para dois livros. Também ganhei outro livro, Camera obscura (mas Margot já tem, por isso troquei o meu por outro), um prato de biscoitos caseiros (feitos por mim, claro, já que me tornei especialista em biscoitos), montes de doces e uma torta de morangos, de mamãe. E uma carta da vó, que chegou na hora certa, mas, claro, isso foi só uma coincidência.
Depois, Hanneli veio me pegar, e fomos para a escola. Na hora do recreio, distribuí biscoitos para os meus colegas e professores e, logo depois, estava na hora de voltar aos estudos. Só cheguei em casa às cinco horas, pois fui à ginástica com o resto da turma. (Não me deixam participar, porque meus ombros e meus quadris tendem a se deslocar.) Como era meu aniversário, pude decidir o que meus colegas jogariam, e escolhi vôlei. Depois, todos fizeram uma roda em volta de mim, dançaram e cantaram "Parabéns pra você". Quando cheguei em casa, Sanne Ledermann já estava lá. Ilse Wagner, Hanneli Goslar e Jacqueline van Maarsen vieram comigo depois da ginástica, pois somos da mesma turma. Hanneli e Sanne eram minhas melhores amigas. As pessoas que nos viam juntas costumavam dizer: "Lá vão Anne, Hanne e Sanne." Só fui conhecer Jacqueline van Maarsen quando comecei a estudar no Liceu Israelita, e agora ela é minha melhor amiga. Ilse é a melhor amiga de Hanneli, e Sanne é de outra escola e tem amigos lá.
Elas me deram um livro lindo, Nederlandse Sagen en Legenden [Dutch Sagas and Legends],mas por engano deram o volume II, por isso troquei dois outros livros pelo volume I. Tia Helene me trouxe um quebra-cabeça, tia Stephanie, um broche encantador, e tia Leny, um livro fantástico: Daisy’s bergvakantie [Daisy Goes to the Mountain].
Hoje de manhã, fiquei na banheira pensando em como seria maravilhoso se eu tivesse um cachorro como Rin Tin Tin. Eu também iria chamá-lo de Rin Tin Tin e o levaria para a escola; lá, ele poderia ficar na sala do zelador ou perto dos bicicletários, quando o tempo estivesse bom.
Aula 2 (2 horas-aula)
Objetivo: Aumentar o acervo de leitura para que os alunos tenham base para a discussão, introduzindo a leitura de mais um texto, dessa vez um em que a palavra “diário” aparece claramente. Estabelecer comparações com o texto da aula anterior. Despertar interesse e curiosidade pela leitura.
Estratégias:
- Ler com os alunos um trecho do décimo terceiro capítulo do Harry Potter e a Câmara Secreta. A ideia é iniciar com a leitura do trecho tirado do livro, apostando que eles não leram o livro. Estimular os comentários livres e perguntar se eles reconhecem o trecho.
- Mostrar o desfecho da cena em um trecho do filme. Perguntar aos alunos se eles já viram o filme e conhecem a saga de Harry Potter.
- Estimular a leitura do livro através de breve comparação com o filme.
- Expor brevemente o contexto vivido por Anne Frank, resgatar os elementos anteriormente discutidos na aula sobre o trecho de seu livro.
- Instigar os alunos a fazer comparações com o trecho do Harry Potter e apontar pontos comuns e divergentes.
- Ao final da aula, entregar aos alunos um trecho do Diário de um Banana para que eles leiam no feriado.
- Observação: Na turma F, será incluído um trecho do livro Persépolis, pois eles mostraram que requerem um desafio a mais, já podendo explorar essa ideia de livro de memórias misturado com diário.
Comentários
Turma F: Os alunos mostraram bastante interesse pela explicação histórica sobre o texto da Anne Frank e principalmente quando mostramos a casa onde ela e a família moravam. Quanto ao texto do Harry Potter, alguns alunos já haviam lido, mas tinham sido poucos. Gostaram bastante da cena do filme e conseguiram ver as diferenças que apareciam no livro e não no filme, considerando ainda as características de diário. Passamos como leitura para casa, porque na outra semana será feriado, um trecho de Diário de um Banana e também o trecho inicial de Persépolis. Alguns ficaram menos animados que os outros, mas no geral a turma parece ter gostado.
Turma E: Foi lido o trecho de Harry Potter e assistimos o trecho do filme em seguida, muito alunos já haviam lido algum dos livros da série e praticamente todos haviam visto o filme. Eles conseguiram perceber as diferenças que existem entre a obra e a adaptação. Após isso, retomamos o Diário de Anne Frank e explicamos o contexto histórico e características do gênero “diário”. Muitos alunos já estavam familiarizados com o contexto histórico, mas mesmo assim ficaram muito interessados e essa parte tomou um grande tempo da aula. Não foi trabalhado Persépolis com esta turma.
Material:
1)Trecho de ROWLING, J.K. Harry Potter e a Câmara Secreta.
Harry se recolheu ao dormitório antes dos colegas àquela noite. Em parte era porque achava que não ia conseguir agüentar Fred e Jorge cantando "Teus olhos são verdes como sapinhos cozidos" mais uma vez, e em parte porque queria examinar o diário de Riddle e sabia que Rony achava que era uma perda de tempo.
Harry sentou-se na cama de colunas e folheou as páginas em branco, nenhuma das quais tinha sequer vestígio de tinta vermelha. Então tirou um tinteiro novo do armário ao lado da cama, molhou a pena e deixou cair um pingo na primeira página do diário.
A tinta brilhou intensamente no papel durante um segundo e, em seguida, como se estivesse sendo chupada pela página, desapareceu. Excitado, Harry tornou a molhar a pena uma segunda vez e escreveu: "Meu nome é Harry Potter.”
As palavras brilharam momentaneamente na página e também desapareceram sem deixar vestígios. Então, finalmente, aconteceu uma coisa.
Filtrando-se de volta à página, com a própria tinta de Harry, surgiram palavras que ele nunca escrevera.
"Olá, Harry Potter! Meu nome é Tom Riddle. Como foi que você encontrou o meu diário?”
Essas palavras também se dissolveram, mas não antes de Harry recomeçar a escrever.
"Alguém tentou se desfazer dele no vaso sanitário.”
Ele esperou, ansioso, pela resposta de Riddle.
"Que sorte que registrei minhas memórias em algo mais durável que a tinta. Mas sempre soube que haveria gente que não ia querer que este diário fosse lido.”
"Que quer dizer com isso?", escreveu Harry. Borrando a página de tanta excitação.
"Quero dizer que este diário guarda memórias de coisas terríveis. Coisas que foram abafadas. Coisas que aconteceram na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.”
"É onde eu estou agora", respondeu Harry depressa. "Estou em Hogwarts e coisas terríveis estão acontecendo. Sabe alguma coisa sobre a Câmara Secreta?”
Seu coração batia forte. A resposta de Riddle veio depressa, a caligrafia mais desleixada, como se estivesse correndo para contar tudo o que sabia.
"Claro que sei alguma coisa sobre a Câmara Secreta. No meu tempo, disseram à gente que era uma lenda, que não existia. Mas era uma mentira. No meu quinto ano, a Câmara foi aberta e o monstro atacou vários alunos e finalmente matou um. Peguei a pessoa que tinha aberto a Câmara e ela foi expulsa. Mas o diretor, Profº. Dippet, constrangido porque uma coisa dessas acontecera em Hogwarts, proibiu-me de contar a verdade. A história que foi divulgada é que a menina morrera em um acidente imprevisível. Eles me deram um troféu bonito, reluzente e gravado, pelo meu trabalho, e me avisaram para ficar de boca fechada. O monstro continuou vivo, e aquele que tinha o poder de libertá- lo não foi preso.”
Harry quase derrubou o tinteiro na pressa de responder. "Está acontecendo outra vez agora. Houve três ataques, e ninguém parece saber quem está por trás deles. Quem foi da última vez?”
"Posso lhe mostrar, se você’ quiser". Veio a resposta de Riddle. "Você não precisa acreditar no que digo. Posso levá-lo à minha lembrança da noite em que o peguei.” Harry hesitou, a pena suspensa sobre o diário. Que é que Riddle queria dizer? Como é que ele podia ser levado para dentro da lembrança de outra pessoa? Olhou nervoso, para a porta do dormitório que estava ficando escuro. Quando tornou a olhar para o diário, viu novas palavras se formando.
"Deixe eu lhe mostrar”
Harry parou por uma fração de segundo e em seguida escreveu duas letras:
"OK.”
As páginas do diário começaram a virar como se tivessem sido apanhadas por um vendaval e pararam na metade do mês de junho. Boquiaberto, Harry viu que o quadradinho correspondente ao dia treze de junho parecia ter-se transformado numa telinha de televisão. Com as mãos ligeiramente tremulas, ele ergueu o livro para encostar o olho na janelinha e antes que entendesse o que estava acontecendo, viu-se inclinando para frente; a janela foi se alargando, ele sentiu o corpo abandonar a cama e mergulhar de cabeça na abertura da página, num redemoinho de cores e sombras.
Depois, sentiu o pé bater em chão firme e ficou parado, trêmulo, e as formas borradas à sua volta entraram de repente em foco.
Aula 3 (3 horas-aula).
Objetivo: Resgatar a leitura dos trechos lidos, estimular a comparação e a percepção das características de um diário. Estimular a escrita criativa como registro do processo de leitura e percepção das características do diário como gênero textual.Além disso, criar com os alunos um personagem sobre o qual será a atividade escrita. Por fim, execução da produção escrita e com estas em mãos, pretende-se verificar se os alunos compreenderam a atividade proposta, contemplaram as características do diário e se há alguma dificuldade comum a todos.
Estratégias:
- Leituras de diário
- Perguntar sobre a leitura do feriado (Diário de um banana para ambas as turmas e Persépolis na turma F): gostaram, já tinham lido?
- Resgatar as leituras anteriores e estimular as comparações, para alcançar as características básicas do gênero: diário, primeira pessoa (eu), acontecimentos cotidianos, memória de acontecimentos do passado recente, pensamentos, data, segredos. A ideia é deixar que os alunos percebam e exponham essas características, enquanto vamos estimulando e listando-as no quadro conforme elas forem aparecendo.
- Explicitar as características levantadas nos materiais trabalhados anteriormente. Espera-se, na participação dos alunos, que eles sejam capazes de ver essas características nos trechos do Dário de Anne Frank, do Harry Potter e de Diário de um Banana.
- Também, no caso da turma F, verificar se os alunos perceberam a diferença entre um relato de memórias e um diário. Fazer um resgate histórico da Revolução Islâmica no Irã, para eles conseguirem se situar no contexto histórico de Persépolis, mostrando também uma parte do filme que foi feito baseado na HQ.
- Atividade de escrita
- Criar com os alunos dois personagens - uma menina e um menino - e suas características, bastante detalhado, para que a partir desses perfis, os alunos produzam a atividade escrita proposta.
- Enquanto um bolsista se reune com o grupo de alunos que escolheu o personagem masculino, organizando as sugestões dos alunos e escrevendo as características escolhidas, o outro fará o mesmo com o grupo que escolheu o personagem feminino.
- A partir dos personagens criados pelos alunos, apresentar a proposta de escrita: Descrição da atividade proposta: A partir das características do personagem escolhido, criar um diário para ele contemplando três dias de sua rotina: sexta-feira, último dia da semana que ele vai para a escola e o seu fim de semana na casa da avó, do avô ou de ambos. Observação: A segunda metade da primeira aula e a segunda aula inteira serão destinadas à execução da atividade escrita. Os bolsistas estarão disponíveis para tirar dúvidas.
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Turma F: Em geral, os comentários sobre os textos lidos em casa foram bastante positivos, porém, apesar de se interessarem pela contextualização da Revolução Islâmica retratada em Persépolis, o trecho do livro de memórias não pareceu se conectar com os demais textos, dentro da temática diário, para os alunos. Ao final da aula, quando o foco se tornou relembrar e esquematizar as principais características do diário, os alunos mostraram terem entendido e fixado o conteúdo.
Na criação de um personagem, como era esperado, a maioria dos meninos escolheu o personagem masculino e as meninas, a personagem feminina. A discussão para escolha das características dos personagens foi bem interessante e produtiva. Depois, todos fizeram a atividade bem concentrados e interessados, ao final da aula entregaram seus textos terminados.
Turma E: Uma grande parcela da turma já havia lido a obra e quase todos já haviam visto o filme. Os alunos tinham uma grande familiaridade com a obra, logo a leitura e a interpretação ocorreram sem problemas. Vimos também o trecho do filme que corresponde a uma parte do fragmento que foi lido em casa. Ao final da aula, os alunos haviam compreendido perfeitamente as características comuns nas 3 obras trabalhadas.
Quase todos os meninos escolheram o personagem masculino e as meninas, a personagem feminina (com exceção de uma menina que quis fazer o menino). Montamos o personagem e fizemos a produção textual.
Duas turmas: Ao avaliarmos o resultado da escrita, observamos que a grande maioria compreendeu e utilizou com ótimos resultados as características de um diário, nosso foco na proposta da atividade. Alguns poucos alunos apresentaram dificuldade em relação à primeira pessoa, escrevendo textos na terceira do singular. Muitos apresentam problemas de ortografia e pontuação. A próxima aula será dedicada a essas questões.
Aula 4 (3 horas-aula).
Objetivo: Dar um retorno aos alunos sobre os textos produzidos na última aula, elogiando a criatividade. Levar os alunos a perceber alguns problemas de escrita, a partir de exemplos. Estimular a atividade de reescrita.Trabalhar com erros de ortografia, problemas de pontuação e de compreensão do gênero textual do diário (textos em 3ª pessoa que se caracterizam como narrativa), devolução dos textos produzidos, além do pedido de reescrita.
- Copiar no quadro dois fragmentos (sem identificação) de textos, bem escritos, dos alunos: um em primeira pessoa e outro em terceira pessoa.
- Perguntar aos alunos se eles percebem algum problema. Reescrever o texto em terceira pessoa passando-o para a primeira do singular, para que atenda à característica de um diário.
- Copiar no quadro dois fragmentos de textos, com uma boa história, mas com alguns problemas de ortografia e pontuação. Estimular a percepção dos problemas pelos alunos. Reescrever o texto em conjunto.
- Devolver os textos dos alunos, com os comentários e correção dos bolsistas. Pedir a reescrita dos textos de acordo com as observações. Os bolsistas devem circular na sala e auxiliar os alunos durante a atividade.
Turma F: Em todos os textos os alunos facilmente reconheceram e apontaram os pontos deficientes que impediam os textos de se adequarem à atividade proposta e serem considerados bem escritos, livres de problemas de pontuação e ortografia. Isso prova que os problemas que reconhecemos nos textos dos alunos devem-se muito mais à falta de atenção do que falta de conhecimento. Os que não conseguiram terminar a reescrita no tempo destinado, ficaram de terminar em casa e entregar na próxima aula.
Turma E: Nos textos trabalhados em sala, os alunos perceberam sem dificuldade os problemas de escrita, e souberam corrigi-lo sem problemas. Foi feita a correção individual dos textos dos alunos. Eles não apresentaram muitas dificuldades durante esse exercício e conseguiram corrigir uma grande parte dos problemas que foram apresentados. Porém, muitos problemas devem-se à falta de atenção durante a escrita, já que havia formas corretas e incorretas na mesma produção, por exemplo.
O balanço final é de sucesso e surpresa. Face à falta de contato com a faixa etária (10,11 anos), o receio antes de conhecer a turma foi inevitável. A imagem de uma reunião de 30 crianças agitadas e difíceis de construir um projeto foi rapidamente substituída por uma realidade que reúne 30 crianças muito educadas e inteligentes, com um grande potencial e peculiar forma de pensar. O exercício de dialogar com as crianças sem subjuga-las, mas também sem exigir uma maturidade e um conhecimento que elas ainda não possuem, não foi e nem é uma tarefa fácil, mas acrescentou de forma muito enriquecedora à nossa formação. Pode-se concluir que o projeto foi de troca e ensino mútuo entre as bolsistas e os alunos.
Referências bibliográficas dos materiais utilizados em sala
FRANK, Anne. O diário de Anne Frank. Edição Integral. Rio de Janeiro: Record, 2000.
ROWLING, J. K. Harry Potter e a Câmara Secreta. São Paulo: Rocco, 1998.
KINNEY, Jeff. Diário de um Banana. Vol 2. Rodrick é o Cara . São Paulo: Vergara & Riba, 2009.
SATRAPI, Marjane. Persépolis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
Filme: Harry Potter e a Câmara Secreta (Direção Chris Columbus, 2002).