UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Setor de Ciências Humanas

Curso de Graduação em Letras

 

 

Formação de Leitores: Integrando Biblioteca e Sala de Aula

Coordenadora: Profª. Drª. Renata Praça de Souza Telles

Bolsistas: Anderson Chcrobut, Ingrid Faustino Vieira, Mariana Buchmann e Rafael Strogenski Silva Soares

 

 

 

 

 

 

Unidade temática: Namoro e família

 

Aula 1. Introdução ao jornal

Objetivo: Introduzir os alunos na leitura de notícias e familiarizá-los com a estrutura do jornal.

Metodologia:

1. Levar Jornais para a sala de aula, distribuir os diferentes cadernos pelos grupos, explicando sua organização por assunto.

2. Dar um tempo para que os alunos folheiem os cadernos e escolham uma matéria de interesse.

3. Solicitar a cada grupo que apresente a matéria escolhida para a turma.

 

Aula 2. Notícia de namoro:

 

Objetivo: Despertar o interesse, propiciar o contato com a notícia de jornal e a conscientização do aluno sobre sua capacidade de leitura e compreensão. Introduzir o tema: Namoro e família.

 

Metodologia:

 

  1. Entregar aos alunos a notícia sobre o filho que busca namorado para a mãe idosa. Dar um tempo para a leitura.

http://extra.globo.com/noticias/viral/filho-cria-campanha-para-encontrarnamorado-para-mae-16184007.html

2.  Incentivar o debate sobre a notícia lida::

 Qual seria o perfil de companheiro ideal para si e para sua família?

Por que as famílias normalmente acham (ou pelo menos os namorados acreditam que isso acontecerá) que a pessoa escolhida não está à altura?

Comentário: A notícia causou comoção e desgosto. Também gerou muito debate. Alguns alunos apresentaram comentários machistas e preconceituosos (o que foi trabalhado e desconstruído).

 

Aula 3

Objetivo: Introduzir os alunos à leitura do texto literário, despertando seu interesse a partir do assunto e da discussão da aula anterior.

Metodologia:

1. Atividade de escrita rápida: elaborar “perfil” em busca de namorado para alguém da família.

2. Entregar a cada aluno uma cópia de “Família é uma merda”. FONSECA, Rubens. Pequenas criaturas. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.:

3. Explorar o título – sobre o que eles acham que é o conto? O que vem à cabeça quando vemos o título?

4. Leitura, pelo bolsista em voz alta.

5. Debate e livre interpretação: Perguntar o que os alunos acharam do conto? Como ficou a expectativa criada pelo título depois da leitura?

Comentário: A atividade foi excelente para entendermos como todos gostam de coisas diferentes e devemos respeitar a diversidade de opiniões de todos. A leitura do conto foi surpreendentemente tranquila. Todos prestaram atenção e conseguiam argumentar baseados no texto.

 

Aula 4:

Objetivo: aprofundar a leitura e ampliar o debate sobre o conto.

Metodologia:

1. Apresentação do autor: Quem é Rubem Fonseca? mostrar livros, etc.

2. Trabalhar a estrutura do conto – criação de expectativa, suspense, desfecho, ponto de vista.

3.  Incentivar a discussão: Como agimos pelos pensamentos que os outros podem ter em  relação a nós. Por que a história cria a identificação por parte dos leitores? (caso esse seja o efeito percebido na sala de aula).

 

Comentário: A discussão foi muito proveitosa para conhecer o modo de pensar dos alunos e por que muitos não tinham contato anterior com literatura e passaram a vê-la de forma diferente.

 

Aula 5:

Objetivo: Incentivar a produção escrita e estimular a criatividade relacionada ao texto lido.

Metodologia:

 

  1. Propor aos alunos a produção de uma continuação do conto com um final diferente.
  2. Dar um tempo para que a atividade seja feita em sala.

Comentário: textos dignos de Hollywood foram produzidos. De fugas para a França até mortes cinematográficas. Pudemos perceber nos textos alguns problemas de escrita como uso excessivo de oralidade e ausência de pontuação.

Aula 6:

Objetivo: Trabalhar alguns aspectos da produção realizada pelos alunos, como a pontuação.

Metodologia:

  1. Levar para os alunos um trecho do conto A noite dos Feios, de Mário Bnedetti, sem a pontuação. Os alunos devem ler e tentar argumentar, oralmente, porque a leitura é difícil.
  2. Tentar resolver com eles os problemas de pontuação, seguindo os conselhos que ele nos derem.
  3. Dar aos alunos o conto completo e fazer com eles a leitura. Dois bolsistas devem ler, em voz alta, parando de tempos em tempos para manter o ritmo e tirar dúvidas de interpretação de leitura. Os alunos devem notar como a pontuação faz toda a diferença na leitura do texto.

 

Comentário: a proposta foi muito bem recebida pelos alunos. Eles logo notaram a dificuldade de ler o texto sem nenhum tipo de pontuação. A proposta deu aos bolsistas a oportunidade de, rapidamente, falar sobre o estilo que cada escritor consegue conferir ao texto que produz, mas que para tanto é necessário um completo domínio da pontuação.