CARMELA BARDINI

O projeto possibilitou minha reaproximação aos estudos de gênero e diversidade sexual, o que viabilizou o exercício constante de reflexão e planejamento atrelado à temática. Receber os estagiários/as exigiu um diálogo constante permeado pela troca de ideias, gerando assim um processo contínuo de formação entre supervisora e estagiários/as. Este processo, associado às reuniões semanais, leituras, debates, produção de artigos e também da participação em eventos contribuiu efetivamente para meu aperfeiçoamento profissional. Quanto aos estagiários/as, foi marcante o envolvimento e o vínculo que construíram no decorrer do ano junto aos alunos/as. Nesta experiência eles/as puderam vivenciar a escola em sua complexidade, que envolve planejamentos, produção de recursos audiovisuais, avaliação da aprendizagem, participação em conselhos de classe e eventos escolares.

Para a Escola acredito que tenha ocorrido um impacto positivo, já que os alunos/as tiveram a oportunidade de interagir com os estagiários/as e refletir sobre a temática de gênero e diversidade sexual. Na escola como um todo, houve uma sensibilização à temática, embora ainda aconteçam situações de segregação, discriminação e homofobia, a exemplo da separação dos meninos e meninas no recreio.


MARIA REGINA FERREIRA DA COSTA

Coordenar o projeto Relações de gênero e sexualidade na escola é enfrentar desafios constantes frente aos estereótipos socialmente construídos sobre feminino, masculino e diversidade sexual. Gratificante é perceber o crescimento dos/as nos planejamentos, nos relatórios das vivências, no envolvimento dos dramas existências dos alunos/as e consequentemente, no seu envolvimento com a temática.

O PIBID é uma oportunidade de envolver a Universidade e escola numa relação de proximidade, de troca de experiência, de poder enfrentar o dilema das relações de gênero e sexualidade na realidade escolar que em muitos casos é vivido de modo implícito.


FERNANDA BATTAGLI KROPENISCKI

Bolsista do PIBID desde julho de 2011, considero que o ano de 2012 me proporcionou inúmeras vivências no decorrer do projeto. Ano marcado por muitas mudanças, tanta na vida pessoal quanto na acadêmica. O PIBID este ano possibilitou maiores intervenções nas aulas, seguidas das observações realizadas em ano anterior, o que demonstrou o quão complexo é o chão da escola. Aquilo que antes era simples, óbvio, já necessita de um pouco mais de atenção. Durante esse período, aprendi que é preciso conhecer as diferentes realidades com as quais nos deparamos, conhecer os sujeitos que ensinamos e com quem muito aprendemos e, principalmente nos possibilitar às mudanças. Mudanças de olhares, mudanças de comportamentos e atitudes, pois, apenas impor o que consideramos correto não é suficiente para convencer, para transformar algo que nos incomoda. Desta forma, considero esse meu percurso pelo PIBID uma caminhada de grande importância, pois me colocou diante da realidade escolar, possibilitando uma vivência mais intensa do que as disciplinas da graduação, cada qual com seu valor em nossa formação.


MARIANA PURCOTE FONTOURA

Avalio minha participação no projeto Gênero e Sexualidade como uma experiência de evolução de acadêmica à professora. Pude tensionar os conhecimentos apreendidos na universidade com a realidade escolar e neste processo pude criar meus próprios conhecimentos, modos de ser professora e vi que a escola é sim e será meu campo de trabalho. Foi de grande valia para mim poder construir com os/as alunos/as e escola conhecimentos, valores, como viver momentos valiosos, alegres, tensos, angustiantes, tudo foi e é um aprendizado enorme. Uma lição que fica para mim é que ser professor é ser um constante pesquisador e estudioso de sua prática, mas que sem o PIBID talvez não fosse assim. O modo como o projeto se efetua nos dá essas possibilidades e que com certeza levarei para minha prática. O ato de se fazer pesquisa na e com a  escola é extremamente essencial. 


AMANDA RODRIGUES LUIZ

Num panorama geral da nossa ação específica através do PIBID dentro do Colégio Gelvira Correa Pacheco, observei um contexto único, no qual diversas relações de poder, gênero, sentimentais e tantas outras cruzam a vida de crianças chegando à adolescência. Nosso papel no meio disso tudo parece pequeno, por vezes não surte efeito. No entanto, hora ou outra no meio de uma conversa entre os/as alunos/as, ou durante uma aula vejo uma menina ou menino comentando sobre algo que ouviu a professora falar, ou que as estagiárias explicaram e assim demostram que nosso trabalho vale a pena. Para nós, bolsistas PIBID a vivência é extremamente válida e necessária, pois nos capacita para a atuação, num futuro próximo, dentro de escolas como esta, com suas peculiaridades, com seus problemas aparentemente insolúveis, com uma direção mais autoritária ou mais flexível, com colegas de profissão que confrontam princípios pessoais de trabalho e tantas outras características escolares. Sem o PIBID teríamos a probabilidade de, caso passássemos em algum concurso para a escola, de largar a profissão mais brevemente por termos um choque de realidade, por isso, aqueles que não se identificam com a profissão a deixam já durante o período desse estágio, permanecendo aqueles/as que querem continuar, e ainda assim manter a qualidade tanto no ensino quanto nos relacionamentos conturbados, ou não, da escola.


FERNANDA ZARA NICOLAS MOREIRA

Entrei no PIBID em outubro, pouco tempo se comparado com a maioria dos (as) colegas; além de também ser um período em que as atividades da escola estão sendo finalizadas. Apesar desta situação, já pude percerber, em poucas aulas, como o observar é importante e necessário para nós que estamos em processo de formação e construção do nosso ser professor (a). Ainda não pude construir as aulas/ planejamento, em conjunto com os (as) colegas e a professora supervisora, mas acredito que continuar no projeto me dará também essa experiência, além de poder ministrar algumas aulas futuramente. Também gostei muito de poder conhecer mais uma escola, uma nova realidade e de trabalhar com alunos (as) do sétimo ano, pois isso é novo para mim, além da possibilidade de relacionar e perceber a prática com a teoria, pois pude conhecer e refletir autores/as ideias de uma área que sempre tive interesse - gênero - e esse foi um dos motivos que me fizeram entrar no projeto; a possibilidade de discutir e trabalhar esse tema dentro da escola também foi algo que me chamou a atenção e acho muito válida em uma Universidade."


FÁBIO ONGARO MACHOWSKI 

Em primeiro lugar, antes de começar a relatar minhas experiências adquiridas durante este corrente ano no projeto, quero agradecer a professora Maria Regina e a todas as pessoas envolvidas no projeto, professores Carmela e Maira, aos graduandos meus colegas não só de projeto, mas de conversas de horas e horas em lugares quaisquer, a oportunidade de estudar gênero e principalmente ser efetivamente um professor na escola, que me abriu novos horizontes derrubando mitos e inseguranças em relação ao papel do professor/educador. Neste ano evoluí muito como ser humano, passei por momentos difícieis, e de muitos lugares vieram força para me ajudar, e no projeto sempre encontrei muita dessa força, tive a oportunidade de me colocar no papel de professor diversas vezes e uma após a outra sentia uma mudança interna, um objetivo que não consiste em um fim. Acredito que todos os alunos/as futuros professores/as de Educação Física escolar deveriam ter esta oportunidade de ir à escola, participar de um grupo de estudo, discutir temas e vivências, sair da sala de aula e dos muros da Universidade, trazer o cotidiano da escola e suas diferentes realidades, poder trocar experiências com professores que já estão na rede e trabalham com bastante competência.

Quando entrei pela primeira vez na escola Júlio Mesquita, fiquei impressionado com a organização e estrutura da escola, é uma escola com bastante disciplina por parte dos alunos/as devido a aspectos de repreensão, isto causa certa facilidade para se trabalhar, mas ao mesmo tempo faz com que os alunos acabem acumulando energias e vontades que despertam principalmente nas aulas de Educação Física, por um ponto é negativo pois podem acontecer situações que fogem do controle. Mas ao mesmo tempo é positivo por haver um acontecimento, uma mudança, algo que muitas vezes, pode e deve ser discutido na escola como qualquer outra aconteciam das mais variadas situações, menino transexual, meninas e meninos homossexuais, iniciação precoce a sexualidade, e outros inúmeros fatores que incomodavam a certos alunos, surgiam muitas vezes em decorrência destes fatos e preconceitos situações de violência tanto física quanto verbal, e como professor, na prática propriamente dita tive a oportunidade de passar meus valores.

Fazer a construção de malabares foi muito interessante, agradeço a professora que permitiu este planejamento para suas aulas de ginástica, foi um processo bem interessante de construção e manipulação do objeto, em cada turma aconteciam particularidades a cada aula, uma dificuldade que ao final foi um incentivo, isto é, uma prática não era competitiva, por isso, tantos meninos e meninas participavam, eram forçados a interações diferentes do que as habituais foram muito interessante ver nos olhos e nas atitudes dos alunos/as a motivação.

Poder fazer esta troca de experiência com as professoras e os outros/as estagiários na prática e refletir são fundamentais porque formam-se novas opiniões, afirmam-se outras e se compartilha e abrem novos questionamentos e reflexões.


MARIA AUGUSTA RUY BARBOSA

O PIBID é um programa que veio para ajudar na formação dos futuros docentes da educação brasileira, e um destes docentes sou eu. Entrei no programa por indicação de colegas da faculdade, e apesar do pouco tempo  já posso afirmar que estou gostando muito da temática e dos objetivos do projeto. O contato direto com a escola, futuro local de trabalho, e com os alunos/as, futuros aprendizes que estarão sob minha orientação é uma experiência que só vivenciei, e estou vivenciando, graças ao PIBID, sem falar na troca de experiências que posso ter com os outros bolsistas e supervisores do projeto, algo que eu não conseguiria em nenhuma graduação.


GUILHERME PEDRALLI

Ingressei há pouco tempo no PIBID, porém pelo que já vi, e por tudo que ainda espero desse programa, é que fico extremamente feliz em poder fazer parte do mesmo. Creio que a vivência na escola, no papel de docente, que o PIBID proporciona, seja de extrema importância para uma melhor formação acadêmica, visto que este é o local que pretendo passar toda a minha carreira. É maravilhoso poder observar como portam-se os professores/as e alunos/as, e também poder participar direta ou indiretamente nas aulas, sempre com dicas de quem já viveu muita coisa na escola e, por isso, tem muita experiência para compartilhar. Isso sem falar no tema, gênero e sexualidade na escola, que gera contradição de opiniões e polêmica.


RAUL GUILHERME RECKELBERG DE GOES

Neste pouco tempo que retornei ao projeto, notei que os bolsistas estão participando com mais seriedade e comprometimento, o grupo me parece mais unido e coeso.

A nova escola escolhida no Uberaba será um ótimo ambiente para trabalhar a temática, uma vez que o local é muito grande, com várias turmas e disponibilidade de material. A professora Dirlene parece uma excelente profissional, e conseguiremos trabalhar muito bem juntos.

Neste próximo ano de trabalho, espero que consigamos cumprir os objetivos propostos assim como melhorar a produção acadêmica, trabalhando com mais afinco a temática de gênero e sexualidade na escola e comprometimento com a entrega de relatórios, etc.