OBJETIVO GERAL DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA: 

Fornecer para os bolsistas ID, o aparato conceitual e metodológico para que elaborem e executem Rodas de Leitura em sala de aula, com adequada seleção dos textos a ler e adequada condução da discussão oral entre os participantes.

Plano da Primeira Aula (14/08/2014)

Curso/ Área: Língua Portuguesa

Classe: 2ª série do Ensino Médio

Tema: Apresentação da turma e criação de narrativas orais

Tempo: 2 horas-aula

Objetivos: Conhecer os interesses dos alunos para definir um tema e meios de abordá-lo. Fazer uma dinâmica de contação de história entre os alunos, para motivá-los a participar mais ativamente das aulas e mostrar que eles também podem ser criadores de histórias. Criação coletiva de histórias.

Material:

  • Pacotes com papéis com nomes de objetos aleatórios.

Metodologia:

  • Apresentação de cada membro da turma, oralmente, em que deverão contar seus gostos pessoais, suas preferências musicais e cinematográficas;

  • Separação da sala em dois grupos, mediados, cada um, por uma bolsista;

  • Explicação da proposta e dos objetivos;

  • Os alunos começam a criar sua história livremente e devem retirar um papel com nome de objeto do pacote e inserir este objeto em sua narrativa que, ao final da dinâmica, deve ter começo, meio e fim.

  • Depois de terminadas as histórias, os alunos retornam ao grande grupo, em círculo, e contam suas histórias.

  • Finalização dos trabalhos do dia com retomada dos objetivos da proposta.

 

Plano da Segunda Aula (18/09/2014)

Curso/ Área: Língua Portuguesa

Classe: 2ª série do Ensino Médio

Tema: Apresentação do tema do semestre e conversa sobre violência.

Tempo: 2 horas-aula

Objetivos: Trabalhar, por meio de músicas, a violência da época da ditadura, comentando tanto sobre torturas físicas como psicológicas.

Material:

  • Música Cálice, do Criolo;

  • Letra da música Cálice, do Criolo (anexo);

  • Música Cálice, de Chico Buarque;

  • Letra da música Cálice, de Chico Buarque e Gilberto Gil (anexo).

Metodologia:

  • Como forma de retomar um dos principais estilos mencionados na aula de apresentação – o rap – e introduzir o tema escolhido – violência –, fazer comentários a respeito do rapper Criolo.

  • Mostrar um vídeo com o rapper cantando sua música e, em seguida, fazer comentários e conversar com os alunos sobre a música.

  • Mostrar a música mais antiga e fazer comentários a respeito dela.

  • Depois de entregar a letra aos alunos, esclarecer os pontos irônicos e as metáforas da música.

  • Comentar sobre o recente pedido de intervenção militar e tentar esclarecer os males que isso poderia trazer para o país.

Anexos:

Música Cálice, do Criolo

Como ir pro trabalho sem levar um tiro
Voltar pra casa sem levar um tiro
Se as três da matina tem alguém que frita
E é capaz de tudo pra manter sua brisa

Os saraus tiveram que invadir os botecos
Pois biblioteca não era lugar de poesia
Biblioteca tinha que ter silêncio
E uma gente que se acha assim muito sabida

Há preconceito com o nordestino
Há preconceito com o homem negro
Há preconceito com o analfabeto
Mas não há preconceito se um dos três for rico, pai

A ditadura segue meu amigo Milton
A repressão segue meu amigo Chico
Me chamam Criolo e o meu berço é o rap
Mas não existe fronteira pra minha poesia, pai

Afasta de mim a biqueira, pai
Afasta de mim as biate, pai
Afasta de mim a coqueine, pai
Pois na quebrada escorre sangue, pai

Pai
Afasta de mim a biqueira, pai
Afasta de mim as biate, pai
Afasta de mim a coqueine, pai
Pois na quebrada escorre sangue

Música Cálice, do Chico Buarque

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça

 

Plano da Terceira Aula (25/09/2014)

Curso/ Área: Língua Portuguesa

Classe: 2ª série do Ensino Médio

Tema: Continuação do tema violência na ditadura militar.

Tempo: 2 horas-aula

Objetivos: Expor, lembrar e comentar a violência causada pela ditadura àquelas pessoas que ficavam sem notícias de seus familiares, ou que precisavam fugir ou esconder-se por pensarem e militarem contra o sistema vigente.

Material:

  • Filme O ano em que meu pais saíram de férias, de Cao Hamburguer (anexo: sinopse).

Metodologia:

  • Levar os alunos até o salão da escola pra exibir o filme O ano em que meus pais saíram de férias;

  • Antes da exibição, comentar o contexto do filme e pedir que eles prestem atenção a tudo que acontece ao redor do protagonista e a como os acontecimentos o afetam.

Anexo:

Sinopse do filme O ano em que meus pais saíram de férias

Em 1970, Mauro é um garoto de doze anos, que adora futebol e jogo de botão. Um dia, sua vida muda completamente, já que seus pais saem de férias de forma inesperada e sem motivo aparente para ele. Na verdade, os pais de Mauro foram obrigados a fugir por serem militantes da esquerda, os quais eram perseguidos pela ditadura militar, e por essa razão decidiram deixá-lo com o avô paterno. Porém, o avô falece no mesmo dia que Mauro chega em São Paulo, o que faz com que Mauro tenha que ficar com Shlomo, um velho judeu solitário que é seu vizinho. Enquanto aguarda um telefonema dos pais, Mauro precisa lidar com sua nova realidade, que tem momentos de tristeza pela situação em que vive e também de alegria, ao acompanhar o desempenho da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970.

 

Plano da Quarta Aula (02/10/2014)

Curso/ Área: Língua Portuguesa

Classe: 2ª série do Ensino Médio

Tema: Continuação do tema violência na ditadura militar.

Tempo: 2 horas-aula

Objetivos: Concluir a exibição do filme O ano em que meus pais saíram de férias e pedir que façam uma sinopse do filme.

Material:

  • Filme O ano em que meu pais saíram de férias, de Cao Hamburguer;

  • Cópias de um resumo do filme (anexo).

Metodologia:

  • Levar os alunos até o salão da escola para terminar de exibir o filme O ano em que meus pais saíram de férias;

  • Depois da exibição, entregar uma cópia de um resumo do filme e retomar, oralmente, pontos importantes do filme;

  • Solicitar que elaborem uma sinopse do filme, como aquelas encontradas na contracapa do DVD

Anexo:

Análise do filme O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias sob o prisma do tema: Rebeldia e Juventude.

Alunos(as): Dahanne Vieira Salles, Erick Miyasato, Fernando O. Viana, Gabriel Pereira, Marcelo Akeo Takiy, Marcus Borgonove, Marjorie Yuri Enya, Paulo G. Bastos, Rafael Farinaccio eThiago A.R. Oliveir 

Ficha Técnica

Direção: Cao Hamburger

Gênero: Drama

Tempo de Duração: 110 minutos

Ano de Lançamento (Brasil): 2006

Ambientado inicialmente em Belo Horizonte e depois em São Paulo, no ano de 1970, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias é mais um dos diversos filmes que retratam a mudança ocorrida no seio de famílias brasileiras durante o regime militar.

Diferentemente de filmes como Batismo de Sangue, que tem como foco a tortura e o drama dos presos políticos, esta obra pode ser considerada de tom leve na abordagem destes problemas, dando maior ênfase nos outros prejudicados com a repressão: aqueles que ficam, os familiares dos presos políticos. Dividido em três temas principais (a espera de Mauro pelos seus pais, a Copa do Mundo e o par ação política X repressão), O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias não abordará nenhum dos temas a fundo, fazendo críticas suaves ao contexto e não carregando de tristeza e sentimentalismo as suas cenas.

Em primeiro plano, temos o drama de Mauro, uma criança que é deixada na casa de seus avós pelos seus pais, que diziam precisar “sair de férias” e retornar ainda na Copa do Mundo. Percebemos claramente, logo no início do filme, de que tipo de férias os pais de Mauro precisavam. Após algumas ligações preocupadas, Bia (mãe de Mauro) e Daniel (o pai) pegam a estrada com o menino, e ficam claramente preocupados com um carro do exército que passa com eles. Com choros e abraços, eles se despedem, e não nos é dada mais nenhuma informação dos dois, que simplesmente desaparecem até o fim do filme.

E após a partida de seus pais, as coisas se complicam mais ainda para o pequeno protagonista. Com seu avô morto, restará a Mauro viver com Shlomo, o vizinho, até o retorno de seus pais. Além deste, Mauro terá ainda a companhia de Hanna e os outros meninos da região, com quem viverá algumas aventuras e acompanhará a Copa do Mundo, na ansiosa espera de seus pais. Em segundo plano, temos a exibição de grandes momentos da campanha do Brasil na Copa do Mundo de 1970. Esta, porém, será muitas vezes usada para discutir outros problemas relativos ao contexto político do filme. Vemos, em uma de suas cenas, Ítalo, um jovem estudante de esquerda, comemorar o gol da Tchecoslováquia, aludindo a ele como “uma vitória do socialismo”. Temos, porém, uma comemoração muito maior deste mesmo estudante, quando, em seguida ocorre o gol do Brasil.

Isto nos mostra com alguma clareza como foi usado o futebol naquele contexto político. Por mover multidões e atrair a atenção do povo, o futebol foi usado muitas vezes pelo próprio regime militar como propaganda daquele novo regime, associando as vitórias do Brasil no futebol com as “grandes maravilhas” daquele governo, como o “milagre econômico” e os sentimentos nacionalistas, com slogans como “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Como exemplo deste modelo, temos o próprio jingle da seleção, até hoje muito conhecido pelos brasileiros em geral (“Todos juntos vamos / Pra frente, Brasil/ Brasil/ Salve a Seleção”).

Finalmente, o terceiro elemento abordado no filme é a questão do combate à ditadura e a violência da repressão. E é aqui que o eixo juventude e rebeldia é tratado. Além de ter seus pais presos por serem ativistas políticos, Mauro presencia também outras cenas de resistência e de repressão. Nas primeiras cenas de Mauro na casa de seu avô, Ítalo começa a abordar a questão da rebeldia estudantil de então, quando aparece pichando um muro com a frase “abaixo a ditadura”. Este mesmo personagem é visto várias vezes em cenas de subversão, como em sua fala sobre o futebol, ou em suas cenas na faculdade, em que é mostrado superficialmente o ambiente estudantil de revolta contra aquele sistema.

Entre outras passagens que passariam despercebidas por um espectador menos atento, temos alguns cartazes presos às paredes da universidade com palavras de ordem ou movimentos de rebeldia juvenil como o da “passeata pela liberdade”, fixado em um dos pilares daquela instituição. Temos ainda nesta cena um senhor que olha feio para Shlomo e Mauro quando estes sobem a escada, fazendo alusão aos agentes do DOPS infiltrados nas universidades.

O aspecto ameaçador da repressão fica ainda mais evidente quando Ítalo diz a Shlomo que ele sabia muito bem que não deveria ir lá, ainda mais acompanhado de uma criança. Mais pra frente no filme, a repressão será explícita e a cavalaria invadirá a faculdade, prendendo, batendo e maltratando os jovens que ali se encontram. Ítalo consegue escapar e é escondido por Mauro na casa de seu avô. Com a aproximação da polícia, Ítalo decide que também é sua vez de “tirar umas férias” e vai embora, sem mais referências a seu personagem.

Finalmente, no fim do filme, Bia retorna, dessa vez sem Daniel, e leva Mauro embora. Mauro explica então que, mesmo sem entender o que aquilo significava, ele virou um exilado, e seu pai nunca mais voltou para casa. Esta seria uma referência aos desaparecidos durante o regime militar ou aos mortos por aquele regime, que empregavam violência tanto para prender os seus opositores como quando queriam extrair informações, por meio de torturas físicas e psicológicas.

 

Plano da Quinta Aula (09/10/2014)

Curso/ Área: Língua Portuguesa

Classe: 2ª série do Ensino Médio

Tema: Violência contra a mulher e guerra no Oriente Médio.

Tempo: 2 horas-aula

Objetivos: Comentar sobre temas como guerras e violência contra a mulher, por meio de uma roda de leitura de trechos selecionados do livro Persépolis.

Material:

  • Cópias de trechos selecionados do livro Persépolis (uma para cada aluno).

Metodologia:

  • Realizar uma roda de leitura com os alunos, lendo trechos do livro Persépolis;

  • Realizar pausas a cada capítulo para retomar os pontos importantes e comentá-lo

 

Plano da Sexta Aula (16/10/2014)

Curso/ Área: Língua Portuguesa

Classe: 2ª série do Ensino Médio

Tema: Violência contra a mulher e guerra no Oriente Médio.

Tempo: 2 horas-aula

Objetivos: Continuar a leitura dos trechos do livro Persépolis, comentando sobre temas como guerras e violência contra a mulher.

Material:

  • Cópias de trechos selecionados do livro Persépolis (uma para cada aluno).

Metodologia:

  • Continuar a roda de leitura com os alunos, da forma como foi feita na quinta Aula.

 

Plano da Sétima Aula (23/10/2014)

Curso/ Área: Língua Portuguesa

Classe: 2ª série do Ensino Médio

Tema: Violência contra a mulher e guerra no Oriente Médio.

Tempo: 2 horas-aula

Objetivos: A pedido dos alunos, exibir o filme Persépolis, baseado no livro lido em sala.

Material:

  • Filme Persépolis (anexo).

Metodologia:

  • Exibir o filme Persépolis como forma de retomar as discussões das aulas anteriores e atender à solicitação dos alunos.

Anexo:

Filme Persépolis completo: www.youtube.com/watch?v=5Q_WXPXq-WM

 

Plano da Oitava Aula (30/10/2014)

Curso/ Área: Língua Portuguesa

Classe: 2ª série do Ensino Médio

Tema: Violência contra a mulher e machismo.

Tempo: 2 horas-aula

Objetivos: Continuar as discussões sobre a violência contra a mulher e o machismo, por meio de reportagens e propagandas antigas.

Material:

  • Comentários retirados de uma foto postada no Facebook como parte da campanha “Eu não mereço ser estuprada” (anexo);

  • Texto retirado do blog ”Proibido ler” sobre o dia da mulher e as propagandas machistas, tanto de antigamente, como dos dias atuais (anexo);

  • Três vídeos citados no texto do blog – um pot-pourri de propagandas da Hope, uma campanha da Marisa e um comercial da Skol – (todos anexos);

  • Reportagem sobre a pesquisa do IPEA que gerou a campanha “Eu não mereço ser estuprada” (anexa);

  • Reportagem sobre o IPEA ter reconhecido erro de cálculo na divulgação da pesquisa (anexa);

  • Reportagem sobre o medo de meninas ao redor do mundo (anexa).

Metodologia:

  • Retomar a violência e a opressão sofridas pelas personagens femininas do filme e do livro;

  • Ler os comentários da foto e o texto sobre o dia da mulher, fazendo intervenções e ouvindo a opinião dos alunos;

  • Exibir os vídeos e pedir que os alunos reconheçam as situações de violência e abuso contra a mulher e de machismo;

  • Ler as reportagens, como forma de embasar os acontecimentos e os argumentos defendidos em comentários feministas.

  • Solicitar que a turma divida-se em dois grandes grupos, encumbindo a cada um deles de defender ou o machismo, ou o feminismo no debate da aula seguinte.

Anexos:

1. Comentários da foto e propagandas machistas

2. Matérias sobre violência contra a mulher e pesquisa do Ipe

 

Plano da Nona Aula (06/11/2014)

Curso/ Área: Língua Portuguesa

Classe: 2ª série do Ensino Médio

Tema: Violência contra a mulher e machismo.

Tempo: 2 horas-aula

Objetivos: Realizar um debate entre os alunos sobre o tema.

Material:

  • Textos e reportagens utilizados na aula anterior.

Metodologia:

  • Levar os alunos até o salão e dividí-los nos dois grandes grupos estabelecidos na aula anterior;

  • Deixá-los conversar, apenas entre os integrantes do mesmo grupo, sobre o que seria tratado e quais seriam os argumentos;

  • Fazer perguntas motivadoras e dar sequência ao debate, como mediadoras, estabelecendo regras e organizando as falas.

 

Plano da Décima Aula (13/11/2014)

Escola Estadual Santa Gemma Galgani

Curso/Área: Língua Portuguesa

Classe: 2ª série do Ensino Médio

Tema: Violência contra os eleitores da Dilma

Tempo: 2 horas-aula

Objetivos: Pretende-se refletir sobre os discursos implícitos e explícitos dos textos, em especial, os preconceitos presentes. Discutir com os alunos a repercussão dos comentários nas redes sociais, tentando desconstruir algumas ideias nocivas de alguns eleitores de Aécio Neves.

Material:

  • Crônica Fla-Flu eleitoral, do Xico Sá (anexo);

  • Crônica Terra Estrangeira, do Gregório Duvivier (anexo);

  • Texto do Dado Dolabella compartilhado em seu perfil do facebook (anexo);

  • Crônica Chupa, Dado, do Gregório Duvivier (anexo);

  • Crônica O voto que só não diz o nome, da Vera Guimarães Martins (anexo);

  • Carta de resposta de Xico Sá à Vera Guimarães Martins (anexo).

Metodologia:

  • Ler a crônica Fla-Flu eleitoral, do Xico Sá, em que ele declara seu apoio à Dilma, motivo pelo qual seu texto foi vetado pela Folha de São Paulo, e que teve como consequência seu pedido de demissão. Discutir alguns temas presentes, em especial, a recusa dos meios de comunicação em não declararem sua posição política, sendo que por mais que a imprensa queira se mostra neutra, ela sempre possui uma tendência política que esteja de acordo com seus ideais.

  • Ler a crônica Terra Estrangeira, comentar sobre o preconceito que ele sofreu por causa de suas posições políticas, e observar que, assim como o Xico Sá, ele também declarou o seu voto a Dilma, mas de forma mais sutil, fazendo com que o texto não fosse vetado;

  • Ler o texto do Dado Dolabella, destacando a sua infeliz comparação dos eleitores de Dilma com as pessoas infectadas com o vírus Ebola, além de chama-los de marginais. E no final da mensagem critica Gregório Duvivier, por se colocar a favor da reeleição da presidente Dilma;

  • Ler a crônica Chupa, Dado, em resposta à crítica de Dado Dolabella;

  • Ler a crônica O voto que só não diz o nome, da Vera Guimarães Martins, em que a colunista lamenta a saída de Xico Sá, mas também o critica por fazer declarações contra o jornalismo, dizendo que o jornalismo é uma mentira. Ela também observa o fato de a publicação da crônica do Duvivier não ter sido vetada;

  • Carta de resposta à Vera Guimarães Martins, se posicionando a respeito de sua saída e também explicando suas declarações nas redes sociais. E nesse texto, ele novamente ele diz que a imprensa deve se posicionar, sendo uma atitude mais leal com seu leitor.

Anexos:

Crônica Terra Estrangeira, do Gregório Duvivier: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2014/10/1531424-terra-estrangeira.shtml

Texto do Dado Dolabella compartilhado em seu perfil do facebook:

"Na boa, alguém que fala 'estou com Dilma', para mim, soa tipo: 'estou com ebola'. Digno de pena e reclusão da sociedade. Um marginal. Diante de tanta corrupção comprovada! Só não mais contagioso, porque não é todo mundo que é acéfalo! Tenho certeza que você não é 'Folha' da mesma pasta que essa escória. Mas tá mal influenciado. #gregoriofail #baixounivel"

Crônica Chupa, Dado, do Gregório Duvivier: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2014/10/1535038-chupa-dado.shtml

Crônica O voto que só não diz o nome, da Vera Guimarães Martins: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ombudsman/191429-o-voto-que-so-nao-diz-o-nome.shtml

Carta de resposta à Vera Guimarães Martins e a crônica Fla-Flu eleitoral, ambas do Xico Sá: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/veraguimaraesmartins/2014/10/1535351-xico-sa-escreve-a-ombudsman.shtml

 

Plano da Décima Primeira Aula (20/11/2014)

Curso/ Área: Língua Portuguesa

Classe: 2ª série do Ensino Médio

Tema: Continuação do tema de violência após as eleições presidenciais

Tempo: 2 horas-aula

Objetivos: Pretende-se refletir sobre o preconceito ao nordestino e às atitudes antidemocráticas ocorridas após as eleições.

Material:

  • Entrevista cedida por Gregório Duvivier ao Jô Soares (anexo);

  • Carta de Princípios do Movimento O Sul é o meu país (anexo);

  • Exibição do vídeo do rapaz recitando o poema Nordeste Independente (anexo);

  • Poema Nordeste Independente, do Ivanildo Vilanova e Bráulio Tavares (anexo);

  • O mapa das eleições, feito por Thomas Conti (anexo).

  • Trecho do texto do Mário Maestri (anexo)

Metodologia:

  • Exibição da entrevista com o Gregório Duvivier, no Programa do Jô;

  • Ler a Carta de Princípios do Movimento O Sul é o meu país e questionar os alunos de modo que eles observem as contradições desse texto.

  • Exibição do vídeo em que um rapaz nordestino lê os comentários preconceituosos contra o nordestino e em seguida recita o poema Nordeste Independente, do Ivanildo Vilanova e Bráulio Tavares. Discutir sobre como seria o Brasil com essa divisão, apontar alguns casos em que isso também ocorreu, como na Alemanha, Coreia e Estados Unidos.

  • Observar a diferença do mapa de Thomas Conti e do mapa divulgado pela imprensa.

Anexos:

  1. Entrevista com Gregório Duvivier no Programa do Jô: https://www.youtube.com/watch?v=JRR7nq9CUOI

  2. Carta de Princípios o Sul é o meu país

MOVIMENTO O SUL É O MEU PAÍS: Carta de Princípios

FINALIDADES: O "Movimento O Sul é Meu País" é uma instituição criada com a finalidade de elaborar estudos e organizar debates livres para avaliar as possibilidades pacíficas e democráticas de autodeterminação do povo sulino, que habita os territórios dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul através da forma plebiscitária.

FORMALIZAÇÃO E LEGALIDADE: A instituição foi criada nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e está registrada conforme prevê a Lei no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas, possuindo sedes estaduais em cada um dos três Estados e adota como objetivo  fundamental a Autodeterminação Sul - Brasileira. 

FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA:  Fundamenta-se no Art. 4, item III, (Direito a autodeterminação dos povos), no Art. 5, itens IV, VII, XVI, XVII, XIX, XXI (Direito e liberdade de pensamento e direito de organização para expressar e divulgar o pensamento) da Constituição Federal e nas Resoluções das Nações Unidas especialmente na Resolução 1514 (XV).

 
FUNDAMENTAÇÃO UNIVERSAL DO DIREITO À AUTODETERMINAÇÃO

Respalda-se na regra do milenar do Direito Natural de que os povos tem direito a sua autodeterminação, desde que a população emancipando expresse democraticamente sua vontade soberana. A Resolução 1514 (XV) da ONU é muito clara neste sentido quando diz que "Todos os povos têm o direito à livre determinação; em virtude deste direito, determinam livremente o seu estatuto político e orientam livremente o seu desenvolvimento econômico, social e cultural". Regra considerada "divina", existente desde os primórdios das democracias exercidas nas cidades/estados gregas e no antigo Senado Romano, onde afirmava-se que o direito à autodeterminação é uma lei natural, que não precisa ser escrita, e depois pelas modernas e crescentes doutrinas sociológicas, este princípio é acatado por todas as nações democráticas do Planeta, entre elas o Brasil, através do art. 4o. de sua Constituição. Países como os Estados Unidos, a Inglaterra e outros que possuem uma constituição com pouco mais de vinte artigos, reconhecem expressamente e dedicam capítulo especial a este preceito do direito natural. A ONU adotou o direito à autodeterminação como principio basilar, de onde deriva e sustenta-se sua existência.

 

COMPROMISSOS
 Durante estes 20 anos de existência, o Movimento realizou congressos e seminários, de onde foram surgindo e sendo aperfeiçoados os compromissos que, após apresentados, discutidos e aprovados por suas lideranças, passaram a integrar a Carta de Princípios, pautando o comportamento e atividades de toda sua militância e lideranças do Movimento. Compromissos, assim enumerados:

 
COM A DEMOCRACIA, repudiando o emprego de violência ou de grupos paramilitares;

CONTRA A DISCRIMINAÇÃO, pautando-se contra qualquer forma de discriminação, seja ideológica, religiosa, sexual, racial, cultural, ou social.


COM A CONSULTA POPULAR, através da realização plebiscitária e de levantamentos, pesquisas para aferição da vontade popular, se deseja ou não a sua autodeterminação independentista ou confederativa.


COM ESTRUTURA ADMINISTRATIVA HORIZONTAL,  com ampla  autonomia para as diversas comissões regionais, municipais, de bairros e especiais, sem cercear suas iniciativas, desde que não contrariem os princípios inarredáveis do Movimento e as limitações firmadas de comum acordo entre as lideranças pertinentes. 

COM O DESPERTAR DE CONSCIÊNCIA, através de promoção de seminários, congressos, publicações e debates com os diversos segmentos da sociedade sulina;


COM A TRANSPARÊNCIA, tornando pública a doutrina e os atos praticados pelo Movimento;

COM ADEQUAÇÃO AO RECONHECIMENTO INTERNACIONAL, junto às entidades internacionais, para o devido reconhecimento da legitimidade do direito de autodeterminação do povo sulino, incluindo a escolha da forma e do sistema de governo, através do exercício democrático, recusando, expressamente, a ingerência de pessoas, grupos e ou instituições estrangeiras.

 
FATORES QUE MOTIVAM A BUSCA DA AUTODETERMINAÇÃO

Diversos têm sido os fatores que nos impulsionam na direção da  autodeterminação, e é necessário torná-los públicos, pois a grande maioria da população sulina é mantida na desinformação sobre sua própria potencialidade. Foi com este propósito, que após amplas discussões e a troca de pensamentos convergentes, em sucessivos encontros, debates e assembléias, que elaboramos o presente trabalho, cujo objetivo visa apresentá-lo aos que desejam a Independência, como forma de contribuição orientadora ao eficiente exercício de autodeterminação.

 

1. Fatores Políticos: O franco desrespeito à regra constitucional de que "todos são iguais perante a lei", além de que a cada eleitor deve corresponder um voto, permite que a representação na Câmara Federal seja viciada. Uma perniciosa representação parlamentar gritantemente desproporcionalizada, quebra também o preceito estabelecido na Constituição sobre a igualdade entre os Estados Federados. A existência de uma política financeira que premia a especulação em detrimento da produção. O terrorismo tributário, que penaliza a cadeia produtiva e de consumo, jogando as livres iniciativas  na marginalidade e promovendo o desemprego. A atual ausência de autonomia legislativa que deveria ser conferida às Assembléias Legislativas dos Estados, que permita legislar sobre matéria cultural, providenciaria, sanitária, penal, tributária e outras. O descaso com que o Sul tem sido distinguido permanentemente, relegado sempre a um segundo plano, tendo seus projetos e anseios sempre adiados indefinidamente.

2. Fatores Tributários: A abominável sangria tributária da região Sul, sempre submetida à má distribuição do bolo tributário, que privilegia regiões, discriminando outras, bem como a má distribuição do nosso esforço tributário que apenas contempla o fortalecimento das oligarquias políticas clientelistas do Norte e Nordeste, em prejuízo das próprias populações daquelas regiões. A permanente discriminação orçamentária, que relega a Região Sul à quase inexistência de investimentos federais;

3. Fatores Econômicos: A Região Sul tem todos os requisitos necessários para se tornar uma das nações mais prósperas do planeta. O seu potencial humano, social e econômico não deixa qualquer dúvida a respeito de sua viabilidade como país independente.

4. Fatores Geográficos: Com uma área de 577.000 quilômetros quadrados, o conjunto sulista, formado pelos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande. do Sul, apresenta uma situação geográfica altamente favorável. Dotado de  planaltos, planícies, serras, matas, rios navegáveis, diversos portos, um litoral imenso e um clima subtropical, apresenta condições tecnológicas e físicas para uma base agrícola produtiva e diversificada. Este grande espaço geográfico também apresenta  um formidável  potencial turístico, maior que a grande maioria dos países que têm nessa área uma de suas atividades mais importantes. O litoral catarinense é prodigioso em turismo e pesca. As serras gaúchas e catarinenses são conhecidas pelo notável clima de inverno. No Paraná, os rios navegáveis e suas cataratas além de gerarem toda a energia que necessitamos, deslumbram o mundo. Nosso litoral, com mais de 1500 quilômetros e seus cinco portos em atividade, causam inveja a países já desenvolvidos. A Região Sul confina com três países do Cone Sul: Paraguai, Uruguai e Argentina, com quem partilhamos um intercâmbio comercial através do Mercosul, além das afinidades tecidas pela história, geografia, clima, etnias e características culturais. Um aproveitamento racional desta geografia nos trará autonomia no campo energético, na indústria turística, na agricultura, na pecuária e em muitos outros campos das atividades econômicas, além de nos permitir um sistema natural de escoamento de produção. Em extensão geográfica, a Região Sul é maior do que 116 dos atuais 193 países existentes.

5. Fatores Culturais: A população Sulina hoje é de cerca de 25 milhões de pessoas, de origem européia, miscigenada ao africano, ao americano nativo e ao asiático. Esta miscigenação que absorveu cultura, costumes e tradições de quatro continentes, associada aos fatores climáticos e geográficos inerentes à Região Sul, moldou o perfil que é peculiar do sulino, diferenciando-o das demais regiões brasileiras. O povo Sulino tornou-se assim detentor de uma diversificadíssima cultura, que se expressa através dos costumes e das tradições que a região cultiva, de onde se projetaram expressões artísticas para o mundo inteiro.

6. Fatores Sociais: O galopante crescimento da pobreza da população sulina e sua acentuada degradação social, com a proliferação das condições subumanas, são fatores que causam indignação, principalmente porque não existe perspectiva de reversão deste caótico quadro dentro do cenário sob o controle do estado brasileiro.

7. Fatores Morais: A falta de investigação séria e veloz diante das constantes e crescentes denúncias de estelionato, de peculato, de formação de quadrilha e de locupletação com os recursos do  erário, com a impunidade que graça nos altos escalões do sistema pseudo-federativo brasileiro, nos fazem acreditar na veracidade e atualidade das afirmações de Rui Barbosa: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto"...

 

8. Fatores Históricos: Por fatores semelhantes aos atuais, nossos ancestrais já empunharam a bandeira da Independência e da Autonomia. A República Juliana e a República Rio-Grandense são testemunhas seculares de que não estamos fazendo nada de novo, apenas dando vazão ao centenário ideal de autodeterminação que vem sendo cultivado pelo nosso povo. A Guerra do Contestado, a Revolução Federalista de 1893, a Revolução de 1930, a República de Lorena e a eclosão de outros movimentos políticos ocorridos nas diversas regiões que compõem os três Estados sulistas, nos legam a consciência de que a falta de Autonomia, sempre foi objeto de insatisfação sulina, seja plena ou parcial, motivo pelo qual entendemos que somos a continuação de história inacabada, que nos outorgou fortes exemplos de que somos herdeiros de uma personalidade aguerrida e que sabemos lutar para defender nossos ideais. Nós, os sulinos, quando o combate tomava-se inevitável, sempre éramos chamados, desde os tempos do Império, ora para consolidar governos e formas de governo, ora para fixar e expandir fronteiras. Não é sem razão, que o sulino sempre afirmou orgulhoso, que as fronteiras brasileiras se consolidaram na "ponta de sua lança e nas patas de seus cavalos", Somos um povo que tem seu passado escrito com o sangue e o trabalho de nossos ancestrais, e exatamente por termos consciência deste patrimônio histórico, é que nos sentimos responsáveis pela história que haveremos de deixar para os que vierem depois de nós. Somos amantes do trabalho e da liberdade, mas queremos ser os responsáveis pelo nosso destino. 


3.

O mapa das eleições, por Thomas Conti


 

Jornal GGN – As eleições terminaram e as críticas e o preconceito contra o eleitorado do nordeste inundaram as redes sociais. Já surgiram, inclusive, mapas separatistas, de um Brasil sem nordeste, conduzido por um vitorioso presidente tucano. As impressões, no entanto, são equivocadas. Dilma venceu em todos os estados do nordeste, mas venceu também no Rio de Janeiro e Minas Gerais, e conseguiu se manter próxima o bastante nos estados em que foi derrotada para sair vitoriosa do pleito com estreita margem. O Blog do Thomas Conti preparou um mapa mais realista para retratar o resultado das urnas.

Por Thomas Conti

Do Blog do Thomas Conti

Contra o Preconceito! Pessoal, não resisti e acabei fazendo esse gráfico! Quem quiser/puder ajudar a compartilhar, agradeço muito! Para quem tiver interesse, no fim do texto explico como construí esse gráfico.

RESULTADO DAS ELEIÇÕES – MENOS ÓDIO POR FAVOR

Devido ao enxame de declarações preconceituosas vergonhosas que invadiu o Facebook depois de apurados os votos, acho bom as pessoas terem em mente que não apenas estão propagando um discurso de ódio tacanho e lastimável, como ainda estão com uma visão completamente equivocada da realidade deste país!

Os gráficos que foram veiculados distorcem o cenário eleitoral: dezenas de milhões de nordestinos não votaram na Dilma, dezenas de milhões do sudeste não votaram no Aécio! Não adianta ficar propagando ódio contra esse ou aquele grupo, venceu quem teve o maior número de votos ENTRE 144 MILHÕES DE ELEITORES.

de tudo isso, então façam o favor de parar de instilar veneno e preconceito!!!! Ninguém é obrigado a continuar ouvindo isso!

Como foram obtidas essas escalas de cor?

Usando o Excel 2013, computei o percentual de votos válidos de cada candidato em uma tabela. Nas versões mais novas, o Excel tem um recurso chamado Formatação Condicional que permite ao programa colorir automaticamente tabelas a partir de uma instrução. Usando esse recurso, selecionei o vermelho básico para 100% de votos em Dilma, e o azul básico para 0% de votos em Dilma. Depois fiz o contrário para a coluna do Aécio: 100% de votos nele é o azul básico, e 0% de votos nele é o vermelho básico. Feito isso, todos os valores intermediários são coloridos automaticamente pelo excel, formando uma cor que reflete precisamente o grau de distância entre 0% e 100% nessas escalas. O fato de as duas colunas terem precisamente a mesma coloração atesta a precisão do programa.

Por que os Estados do Sudeste parecem menos azuis?

Isso se deve à proporção que cada candidato teve de votos por Estado. Nos Estados em que Dilma teve o pior desempenho – Acre e São Paulo – obteve ainda assim 36% dos votos válidos, 15 pontos percentuais a mais do que o pior desempenho de Aécio, que foi de 21%. Ou seja, mesmo nos Estados do Sul o peso de no mínimo 36% para a cor vermelha acaba atenuando um pouco a força da cor azul.

Em breve farei um gráfico com 3 escalas de cor para representar visualmente também os votos brancos, nulos e abstenções, seguindo a sugestão do meu colega Henrique Braga. 

4. “Sem matérias-primas, sem petróleo, sem um porto decente como Montevidéu e, sobretudo, com uns raquíticos dois milhões de habitantes, restaria aos pampianos a produção de carne, de lã, os móveis e chocolates de Guaíba, uma raquítica agricultura, carente de implementos e agro-tóxicos, comprados a peso de ouro de São Paulo, e travada pelas barreiras alfandegárias sobretudo do Brasil. A saída seria transformar os pampas em um imenso deserto verde, igual que o Uruguai atual!” (Mário Maestri)

 

5. . Poema Nordeste Independente (vídeo): https://www.youtube.com/watch?v=0rBCKrgO3vg

 

6. Letra:
NORDESTE INDEPENDENTE
(Imagine o Brasil)

(Ivanildo Vilanova e Bráulio Tavares)

Já que existe no Sul este conceito
que o Nordeste é ruim, seco e ingrato,
já que existe a separação de fato
é preciso torná-la de direito.
Quando um dia qualquer isso for feito
todos dois vão lucrar imensamente
começando uma vida diferente
da que a gente até hoje tem vivido:
imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.

Dividindo a partir de Salvador
o Nordeste seria outro país:
vigoroso, leal, rico e feliz,
sem dever a ninguém no exterior.
Jangadeiro seria o senador
o cassaco de roça era o suplente
cantador de viola o presidente
e o vaqueiro era o líder do partido.
Imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.

Em Recife o distrito industrial
o idioma ia ser "nordestinense”
a bandeira de renda cearense
“Asa Branca" era o hino nacional
o folheto era o símbolo oficial
a moeda, o tostão de antigamente
Conselheiro seria o Inconfidente
Lampião o herói inesquecido:
imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.

O Brasil ia ter de importar
do Nordeste algodão, cana, caju,
carnaúba, laranja, babaçu,
abacaxi e o sal de cozinhar.
O arroz e o agave do lugar
a cebola, o petróleo, o aguardente;
o Nordeste é auto-suficiente
nosso lucro seria garantido
imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.

Se isso aí se tornar realidade
e alguém do Brasil nos visitar
neste nosso país vai encontrar
confiança, respeito e amizade
tem o pão repartido na metade
tem o prato na mesa, a cama quente:
brasileiro será irmão da gente
venha cá, que será bem recebido...
imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.

Eu não quero com isso que vocês
imaginem que eu tento ser grosseiro
pois se lembrem que o povo brasileiro
é amigo do povo português.
Se um dia a separação se fez
todos dois se respeitam no presente
se isso aí já deu certo antigamente
nesse exemplo concreto e conhecido,
imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.

 

Plano da Décima Segunda Aula (27/11/2014)

Curso/ Área: Língua Portuguesa

Classe: 2ª série do Ensino Médio

Tema: Violência social

Tempo: 2 horas-aula

Objetivos: Refletir sobre a violência social naturalizada em nossa sociedade.

Material:

  • Curta Ilha das Flores (anexo);

  • Vlog sobre intolerância (anexo);

  • Exibição do trailer do filme A onda (anexo);

  • Questionário avaliativo de nossas atividades (anexo).

Metodologia:

  • Após da exibição do curta Ilha das Flores, provocar os alunos a elencarem os temas abordados no vídeo;

  • Exibição do vlog, seguida de discussão sobre os temas presentes no vídeo;

  • Exibição do trailer do filme;

  • Entregar o questionário avaliativo, onde eles não precisarão se identificar, e poderão sugerir, criticar ou elogiar a intervenção em sala de aula.

Anexos:

1. Curta-metragem Ilha das Flores: https://www.youtube.com/watch?v=KAzhAXjUG28

2. Vlog sobre intolerância: https://www.youtube.com/watch?v=Nt8FFETdpb0

3. Trailer do filme A onda: https://www.youtube.com/watch?v=ZbyCJEIRBaA

4. Questionário avaliativo Pibid 2014/2

1) Você achou que as aulas com as bolsistas do Pibid foram importantes e tiveram relevância na sua aprendizagem?

( )Sim ( ) Não

2) Qual foi a aula que você mais gostou nesse semestre? Por quê?

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3) E qual aula você não gostou, achou desinteressante? Qual o motivo?

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4) No decorrer das aulas você conseguiu perceber as conexões que fazíamos de um texto para o outro e que tratávamos do tema violência? Justifique.

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5) As aulas te incentivaram a ler mais ou pesquisar sobre os temas tratados em sala de aula?

( ) Sim ( ) Não

6) Se quiser deixe alguma sugestão abaixo:

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