Plano de aula dos dias 10/10/2014 e 17/10/2014.

OBJETIVO GERAL DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA:

Fornecer para os bolsistas ID, o aparato conceitual e metodológico para que elaborem e executem Rodas de Leitura em sala de aula, com adequada seleção dos textos a ler e adequada condução da discussão oral entre os participantes.

Curso/Área: Língua Portuguesa.

Classe: 8º B - Escola Estadual Manoel Ribas.

Tema: Folclore - Obscuros seres fantásticos: sacis, zumbis, vampiros e outras configurações do medo.

Material Utilizado: Conto O Saci, de Monteiro Lobato, notebook, projetor e trechos de filmes sobre algumas criaturas de histórias de horror.

Bolsistas: Ísis Knoblauch, Rodrigo Pereira dos Anjos e Carolini de Oliveira Arcari.

 

Objetivos: Dando continuidade ao tema da edição do PIBID 2013 (contos de horror), e pretendendo conhecer melhor o repertório popular do lugar onde vivem e também incitar a curiosidade e a criatividade dos alunos, afunilamos o tema trabalhado na edição anterior do PIBID, ao levar para eles histórias sobre criaturas de histórias de horror e as formas como estas histórias poderiam se apresentar atualmente, por meio de filmes, literatura, artes audiovisuais e gráficas das mais variadas.

O tema foi escolhido por ter uma ligação muito frutífera com o tema anterior, do qual já sabíamos que os alunos gostavam, dando a nós uma liberdade muito grande de experimentar atividades, assuntos e questões diversas que poderiam aflorar desta ligação. Além, de podermos (re)apresentar as histórias de Monteiro Lobato sob uma visão mais adulta e mais profunda do que a que se apresenta contando as histórias apenas como histórias puramente infantis.

Materiais:

- Trechos de filmes: Um Lobisomem Americano em Londres, de John Landis (1981); O Lobisomem, de Joe Johnston (2010); Van Helsing, de Stephen Sommers (2004) e Anjos da Noite 3: A Rebelião, de Patrick Tatopoulos (2009).

- Conto O Saci, de Monteiro Lobato.

- Animação do episódio da Série juro que vi, Saci, de Humberto Avelar (2014)

 

Metodologia:

O conto será lido em um encontro inteiro e metade do segundo encontro, totalizando o tempo destinado a três aulas, pois pretendemos ir ‘passando’ a leitura para aqueles que quiserem ler. Sobrará uma aula para conversarmos sobre as diferenças entre as duas versões da lenda brasileira do Saci.

Com a aula restante começaremos a introdução do assunto seguinte sobre criaturas de histórias de horror. Começamos a apresentar as diferentes formas pelas quais as criaturas podem ser representadas. Com isso, prepararemos os alunos para que se desprendam das formas já fixadas e libertem a imaginação, com o intuito de produzirmos materiais de histórias e ilustração ao longo das aulas restantes.

 

Bibliografia:
LOBATO, Monteiro. O Saci. Editora Globo, 2007.

 

 

Plano de aula dos dias 14/11/2014; 21/11/2014 e 28/11/2014.

Curso/Área: Língua Portuguesa.

Classe: 8º B - Escola Estadual Manoel Ribas.

Tema: Obscuros seres fantásticos: sacis, zumbis, vampiros e outras configurações do medo.

Material Utilizado: Histórias sobre criaturas (lendas e textos com características), filmes (Estranho Mundo de Jack, de Henry Selick e Tim Burton, e Hotel Transilvânia, de Genndy Tartakovsky), projetor, e materiais necessários às formas de ilustração escolhidas: papéis, lápis de cor, tesoura, cola, etc..

Bolsistas: Ísis Knoblauch, Rodrigo Pereira dos Anjos e Carolini de Oliveira Arcari.

 

O tema foi escolhido por suscitar interesse nos alunos, e, além de gostarem de histórias de horror e monstros, poderíamos abordar e, possivelmente, questionar tanto os padrões estéticos fortemente atrelados às criaturas das histórias, quanto os padrões atrelados à vida das pessoas inseridas na sociedade.

Material:

- Filme Estranho Mundo de Jack, de Henry Selick & Tim Burton.

- Filme Hotel Transilvânia, de Genndy Tartakovsky.

- Textos sobre características das criaturas e lendas quando encontradas.

 

Metodologia:

 

O filme será passado em um encontro inteiro e metade do segundo encontro, totalizando o tempo destinado a três aulas. Sobrará uma aula para dividirmos a sala em grupos e distribuir as criaturas-tema para cada grupo.

Com a aula restante começaremos a criação das histórias e ilustração das mesmas. Auxiliaremos em todas as questões que eventualmente forem levantadas pelos alunos, tais como: ortografia, coesão, desenvolvimento das ideias, questões quanto às formas de ilustração, dentre outras; a fim de produzirmos materiais de histórias e ilustração ao longo das aulas restantes.

 

Anexos:

-Textos apresentados nos cartões com informações e história sobre as criaturas escolhidas pelos alunos.

Nome: Frankenstein
Classe: monstro

"Frankenstein" é uma história de horror escrita pela autora inglesa Mary Shelley, nascida em Londres.

O romance relata a história de Victor Frankenstein, um jovem estudante de ciências naturais que, após muita dedicação, acaba encontrando o segredo da geração da vida e constrói um monstro em seu laboratório.

Feita de restos de cadáveres, a criatura ganha vida após ser atingida por um relâmpago, durante um experimento de Victor Frankenstein.

Em seguida, o monstro se revolta, escapa e se aventura pelo mundo, sempre fugindo e se escondendo de seus perseguidores.

Na história original, a criatura gigantesca é extremamente inteligente, sensível e se alimenta de frutos e plantas, sendo agressiva apenas quando é ameaçada pelos seres humanos.

Embora a cultura popular tenha associado o nome 'Frankenstein' à criatura, esta não é nomeada por Mary Shelley, a autora da história. Ela é referida como “criatura”, “monstro”, “demônio”, “desgraçado” por Victor, seu criador. Após o lançamento do filme "Frankenstein", em 1933, o público passou a chamar assim a criatura. Isso foi adotado mais tarde em outros filmes. Alguns argumentam que o monstro é, de certa forma, um “filho” de Victor, e portanto pode ser chamado pelo mesmo sobrenome.

"Um monstro de coração humano
Vivendo entre humanos de corações monstruosos."

Nome: Zumbi
Classe: morto-vivo

Segundo a cultura popular, os zumbis são seres humanos que, após a morte, foram reanimados e voltaram ao mundo dos vivos. Estas criaturas possuem, na maioria das vezes, hábitos noturnos e agem de forma estranha e instintiva, sempre em busca de carne humana, seu alimento favorito.

Histórias de zumbis têm origem no sistema de crenças espirituais e nos rituais do vodu haitiano: segundo crenças populares, o vodu faz com que uma pessoa morta volte à vida em busca de vingança contra aqueles que lhe teriam feito mal. Histórias contam também sobre trabalhadores controlados por um poderoso feiticeiro e que se comportariam como zumbis.

Dependendo da cultura, zumbis podem ser lentos (como no filme "A noite dos mortos-vivos", de 1968) ou ágeis (como os zumbis do filme "Guerra Mundial Z", de 2013), mas quase sempre são extremamente agressivos e pouco inteligentes. São também resistentes, já que não é tão simples matar aquilo que já está morto...

Atualmente, o cinema e a literatura vêm utilizando zumbis cada vez mais fortes e velozes para aumentar o suspense e a ação. Para evitar a "caminhada arrastada dos mortos" e explicar a agilidade de alguns zumbis, os autores inventaram um novo gênero de morto-vivo: o zumbi resultante de contaminação por vírus ou bactérias. Nestes casos, as criaturas transmitem a doença através de mordidas e ataques.

"Quando o Inferno estiver cheio
Os mortos se levantarão
E dominarão a terra."
 

Nome: Vampiro

Classe: demônio

O vampiro é um ser mitológico que sobrevive se alimentando da essência vital de outras criaturas (geralmente, sob a forma de sangue), podendo ser um morto-vivo ou uma pessoa viva.

Em muitos casos, os vampiros são seres malignos, vítimas de suicídio ou de maldições lançadas por bruxos, mas podem também ser criados quando um espírito maléfico possui um corpo ou quando se é mordido por outro vampiro.

Embora possuam um vasto leque de aparências físicas, variando de quase humanos até corpos em avançado estado de decomposição, foi no século XIX, na Europa, que se estabeleceu a figura do vampiro sofisticado, elegante e sedutor.

Este demônio da noite mora em lugares escuros, como casarões, castelos, catacumbas, covas e caixões, pois, quase sempre, não pode ser exposto à luz do sol. Na cultura cristã de alguns povos, os vampiros podem ser afugentados com crucifixos e água-benta. No entanto, uma estaca de madeira fincada no coração continua sendo o modo mais seguro e eficaz de se matar um vampiro.

Muitas vezes, vampiros são retratados com dentes pontiagudos, unhas grandes e cabelos compridos, já que estas partes do corpo, segundo a crença popular, continuariam a crescer mesmo depois da morte...

Monstruoso, maldito, sedutor e inteligente, este habitante das trevas continua vivo na nossa cultura, e vem fascinando e assustando sucessivas gerações com sua sede de sangue e fome de vida.

"Beba um cálice sujo de sangue
No pescoço branco
De uma jovem donzela.

Depois dance na escuridão das trevas
Celebrando o gosto doce
Da morte bela."

Nome: Lobisomem

Classe: Monstro

O Lobisomem é um ser lendário que tem origem na mitologia grega. A lenda fala sobre um homem que pode se transformar em lobo ou em algo semelhante a um lobo em noites de lua cheia, só voltando à forma humana ao amanhecer.

Habilidades

Alta agressividade, força física e velocidade: lobisomens são caçadores impiedosos e se alimentam de outros animais, inclusive de seres humanos. Sob a influência da Lua Cheia, eles correm pelas florestas escuras à procura de carne, sangue e ossos para matar a sua sede e sua fome.

Segundo a lenda, uma pessoa pode se transformar em lobo (ou em lobisomem) por diversas maneiras: vestindo uma pele de lobo; bebendo água de uma pegada de lobo; através da maldição de um mago; sendo o oitavo filho de um casal, após o nascimento de sete mulheres. Mas o principal meio de se tornar um lobisomem é sobreviver a um ataque do monstro. Após um período de repouso, o sobrevivente se transformará na primeira noite de Lua Cheia.

Curiosidade: a palavra técnica para lobisomem é licantropo. Essa palavra vem do nome de um rei da mitologia grega, Licaão, que foi transformado em lobo pelo deus Zeus. Licantropia é uma forma de doença mental em que a pessoa imagina que é um lobo.

"Dentro da noite profunda
Um lobo mastiga pequenos ossos
E bebe o sangue doce
Que se espalha no chão da floresta.

Na claridade da Lua Cheia,
O demônio faz a festa.

Mas do que se alimenta aquele monstro?
De quem é o pé que ele agora segura entre os dentes caninos?
Que pesadelo! Aqueles pedaços tristes de gente
São os restos de um pobre menino!"