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PIBID - Programa Institucional de Bolsa e Iniciação à Docência

Sequência Didática - Origem e Evolução da Língua Portuguesa

Col. Estadual Sta. Gemma Galgani

Curitiba - PR

(Ministrada de 06/03 a 17/04/2013)

Curitiba - PR

2013


Programa Institucional de Bolsa e Iniciação à Docência

AULA 1 – Origens e Evolução (06/03 e 12/03)

Tema: Origens e Evolução da Língua Portuguesa


Apresentaremos uma explanação geral sobre as origens da língua portuguesa, mostrando as diversas influências históricas e políticas até hoje.


Tempo: 02 aulas geminadas (duas horas-aula)


Objetivos: A partir da história da origem da língua portuguesa, provocar no aluno uma reflexão acerca de como a língua está em constante construção. Complementariamente mostrar a língua portuguesa em outros países do mundo.


Metodologia: Apresentar aos alunos os vídeos “História da língua portuguesa – Tempo, vida e espaço”, partes 1 e 2 (http://www.youtube.com/watch?v=sQaEFXIuy4c; http://www.youtube.com/watch?v=bYd9HrqsbyI). Os vídeos mostram de forma bastante resumida e didática como a língua portuguesa surgiu, desde o século IX na Europa até os dias de hoje. Complementar, através de slides, apontamentos acerca da inconstância da língua; relacionaremos os acordos e reformas ortográficas que já ocorreram e propor a reflexão da dificuldade que é a unificação de uma língua; abordar como é a língua em outros países, que além do português, têm línguas crioulas no território (aproveitaremos o texto no livro didático, pág. 322). Dar um exemplo, indicado pelo livro didático, de uma língua crioula cabo-verdiana, com uma trecho da música da cantora Cesária Évora, Flor de nha esperança (http://www.youtube.com/watch?v=zsH4qe_Dwjc).
Como forma avaliativa, faremos perguntas usando os textos: Ortografia e Origem da Língua Portuguesa, de Duarte Nunes de Leão (in DUARTE NUNES DE LEÃO. Ortografia e origem da Língua Portuguesa, 1576); e “Unificação Linguística, que clareza!” de autoria de Millôr Fernandes como base.


Anexos:

Anexo 1 - Exercício Proposto

Leia os textos abaixo e responda ao que se segue:


REGRAS GERAIS DA ORTOGRAFIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

Regra I

Do que tratei em particular da força e natureza de cada letra, podemos inferir a primeira regra da ortografia portuguesa: que assim temos de escrever, como pronunciamos e assim temos de pronunciar como escrevemos.

Regra II

Desta primeira regra se infere que nunca na escritura acrescentemos nem mudemos letras a dicção alguma, querendo-nos acomodar à origem e escritura latina. Porque isso é fazer nova linguagem, e mudar a comum e usada que falamos. Porque não consiste a polícia da língua em as palavras serem mais conjuntas e parecidas com as latinas, mas antes quanto nos desviamos da latina, tanto fica tendo mais graça e sendo mais nossa como também dizem os italianos da sua. Os quais a chegada à latina chamam língua parentesca, que quer dizer língua de pascásios. Pelo que é nojenta escritura e fora de razão a dos que dizem Princepsa, por Princesa, e epse, por esse, e oolho, por olho, e comptar, por contar, por ser mais conforme o latim. Porque sendo a nossa língua corrupta da latina, e fazendo nós desta corrupção nova língua própria e peculiar nossa, que pelo uso se foi derivando e introduzindo, não temos de mudar, nem torcer os vocábulos do soído, e uso comum. Pois as palavras são como as moedas, que não valem senão as correntes e as que estão em uso. E doutra maneira, se fosse melhor reduzirmos as palavras todas ao latim e por esse pudéssemos dizes epse, também diríamos ele, ille, e por água, aqua: e assim ficaríamos falando tudo latinamente. Ca menos mudança é converter uma letra em outra sua afim, que acrescentar-lhe outra diferente.
(DUARTE NUNES DE LEÃO. Ortografia e origem da Língua Portuguesa, 1576)

O texto acima é bastante ilustrativo da questão que discutimos em sala. É um trecho de uma das primeiras gramáticas da nossa língua, publicada em 1576. Foi escrita numa época em que Portugal, já perfeitamente consolidado como nação autônoma, proclamava sua autonomia linguística – e é justamente neste período que proliferam as primeiras gramáticas normativas, de afirmação da língua nacional, não só em Portugal como em outros países da Europa.

Apesar dos quase 5 séculos que nos separam de Duarte Nunes de Leão, podemos observar no seu texto pontos de vista bastante “modernos” com relação ao estabelecimento de um padrão linguístico.

Você pode localizá-los? Em comparação o que você aprendeu até agora, o que parece ser mais condizente? Porquê?

Uma das principais premissas (e polêmicas) da globalização da informação é a necessidade de fazê-la entendível em qualquer língua. Só que a noção de que uma língua carrega em si interpretações e construções culturais típicas de cada país dificulta bastante qualquer processo de homogeneização. Veja como Millôr Fernandes enxerga isso:


UNIFICAÇÃO LINGÜÍSTICA, QUE CLAREZA!
Millôr Fernandes    


Tem aí uma meia dúzia de urnigos, na calada da noite, arquitetando um plano pra "unificação" da língua portuguesa. Escrevi o trecho abaixo em português de Portugal pra vocês verem como será fácil essa unificação.

"Estava a conduzir meu automóvel numa azinhaga com um borracho muito gira ao lado, quando dei com uma bossa na estrada de circunvalação que um bera teve a lata de deixar. Escapei de me espalhar à justa. Em havendo um bufete à frente convidei a chavala a um copo. Botei o chiante na berma e ordenamos ao criado de mesa, um sande de fiambre em carcaça eu, e ela um miau. O panasqueiro, com jeito de marialva paneleiro, um chalado na pinha, embora nos tratando nas palminhas, trouxe-nos a sande com a carcaça esturrada (e sem caganitas!) e, faltando-lhe o miau, deu-nos um prego duro."

Como talvez vocês não tenham entendido alguma coisa, traduzi em brasileiro, também conhecido como português do Brasil.

"Eu dirigia meu carro por um caminho de pedras tendo ao lado uma gata espetacular, quando vi um lombo na estrada de contorno que um escroto teve o descaramento de fazer. Por pouco não bati nele. Como havia em frente uma lanchonete, convidei a mina a um drinque. Coloquei o carro no acostamento e pedimos ao garçom um sanduíche de presunto com pão de forma, eu, e ela sanduíche de lombinho. O gozador, com jeito de Don Juan bicha, muito louco, embora nos tratando muito bem, trouxe o sanduíche com pão queimado (e sem azeitonas!) e, não tendo sanduíche de lombinho, trouxe um de churrasquinho duro."
(Isto é/Senhor, 19 de junho de 1991, p.8)

Responda ao que se segue:

1.    Como você enxerga a necessidade de um acordo ortográfico?
2.    Explique por que é difícil unificar ortografias de países que possuam a mesma língua.
3.    Refletindo sobre seu dia-a-dia, você consegue perceber palavras “novas” em seu vocabulário? E palavras que já tenham saído dele?
4.    Você acha possível que uma lei que proíba palavras estrangeiras seja efetivamente cumprida? Por quê?
5.    Explique a diferença entre neologismo, estrangeirismo, arcaísmo e expressão idiomática.
6.    O que parece ser “específico” na língua falada no Brasil?

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AULA 2 – Variação e Preconceito (20/03)

Tema: Variação linguística e Preconceito

Tempo: 4 horas aula (2h para cada turma)

Objetivos: Demonstrar os conceitos de variabilidade linguística, normativização e seu impacto social (preconceito linguístico), além de estimular o reconhecimento da própria variedade pelo aluno, como fenômeno e direito social.

Metodologia: Começaremos retomando alguns aspectos da aula anterior, com uma discussão mais aprofundada sobre o objeto de estudo da linguística e a evolução da língua portuguesa, que usaremos como apoio teórico para explicitar a variabilidade (focando na variação histórica e social, além da construção socialmente aceita), além do livro didático usado pelos alunos.
Em seguida, ao estabelecer como a variação pode ser considerada socialmente, com a necessidade da criação e estabelecimento de uma norma padronizada (não uma norma “normal”, ou o conjunto de descrições dos fenômenos de determinada variante, feita metodologicamente) e do poder que ela ganha quando usada “politicamente” - entrando no âmbito das relações humanas com uma valorização além da comunicação estrita, por conta de suas relações estreitas com a cultura e com o “tecnicismo” que acompanha a produção de conhecimento, o que, com o acesso restrito socioeconomicamente ao código, acaba criando “castas linguísticas” pela sociedade.

Deste ponto, entraremos no assunto do preconceito linguístico, ou do preconceito social dirigido às pessoas falantes de variantes sociais estigmatizadas. Usaremos principalmente dois textos como base: o Editorial da Revista Veja de 25/05/2011, numa primeira análise do livro didático “Por uma Vida Melhor”, que traz os conceitos de variedade e preconceito de uma maneira bem mais “direta” que outros livros didáticos de português – o que acabou causando muita celeuma, sendo afirmado pela grande mídia em geral que o objetivo final do livro era ao imposição da variante estigmatizada, ou o “falar errado” – em especial, a revista, de posição anti-governista e conhecida por uma contundência de cunho sensacionalista, chegou a afirmar que o uso do livro nas escolas seria um “preconceito às avessas”, no caso, com quem “fala bem”, e que tinha claras, senão indiscutíveis, motivações políticas. O assunto gerou polêmica entre a comunidade de estudos linguísticos nacionais, motivando artigos e comentários veiculados nacionalmente, como o texto “Preconceito Linguístico”, de Sírio Possenti (que usaremos como contraponto).

Nosso objetivo, ao estimular o debate dessas questões, é que os alunos percebam tanto as diferenças de argumentação e de interpretação dos dois lados, e reconheça as motivações políticas e sociais das várias formas de preconceito, inclusive das que nós acabamos aceitando por serem inculcados desde longa data ao senso-comum: para esse aspecto, usaremos como aporte as “condensações” de preconceitos inculcados na mentalidade social brasileira (inclusive explicando suas origens num quadro sociopolítico), apresentado no livro Preconceito Linguístico: o que é, como se faz, da autoria de Marcos Bagno (Ed. Parábola, 2008).

ANEXOS:

a) “Preconceito Linguístico” (excertos), de Sírio Possenti – reproduzido de Ciência Hoje On-Line, site onde o autor um blog, na edição 674 do Observatório da Imprensa, órgão não governamental de análise e crítica de mídia (27/12/2011).

Um dos debates mais quentes do ano foi sobre um livro didático acusado de ensinar regras de português erradas (na verdade, ninguém leu o livro; foram lidas algumas frases soltas de uma das páginas de um dos capítulos). A acusação mereceu diversas manifestações de especialistas, que tentaram mostrar que uma língua é um fenômeno mais complexo do que parece ser quando apresentada apenas em termos prescritivos.
Um dos pequenos avanços da mídia (que, no quesito, representa grande parte da sociedade instruída) foi reconhecer que as teorias e as pesquisas linguísticas têm legitimidade. Mas acha que devem restringir-se à universidade. Para um linguista, tal posição equivale a sustentar que só se deve ensinar reprodução na universidade. Até o fim do colegial, deve-se ensinar aos alunos que as crianças são trazidas pela cegonha.
Um dos itens do debate foi o preconceito linguístico; questionou-se sua existência. Chegou-se a afirmar que a “defesa” de traços da fala popular produziria como um dos efeitos um preconceito às avessas, contra os que falam corretamente. Foi uma das leituras mais desastrosas que a mídia conseguiu fazer da questão. [...]

A expressão “preconceito linguístico” é mais ou menos corrente entre leitores de sociolinguística, disciplina que estuda o fenômeno da variação linguística, os fatores que a condicionam e as atitudes da sociedade em relação às variedades.

Fatos incontornáveis

A qualificação de certas atitudes como preconceito linguístico se baseia em diversas teses. A principal, mãe de todos os desdobramentos, é que haveria línguas primitivas, cujos falantes seriam incapazes de realizar determinadas operações mentais (faltaria clareza ou precisão), seriam incapazes de proceder a certas generalizações (suas línguas não teriam termos abstratos), seu conhecimento do mundo seria precário (expressariam seu „conhecimento? em classificações confusas) etc. Enfim, certos povos (sempre os outros) seriam inferiores, e uma das razões, ou um dos reflexos, seria sua língua.
A tese de que há línguas primitivas tem uma descendência clara no domínio da variação: dialetos populares teriam defeitos análogos aos das línguas primitivas. Só a comparação é outra: no primeiro caso, com as línguas ditas civilizadas; no segundo, com a norma culta.
Já que o preconceito consiste em considerar alguém ou algum grupo inferior ou incapaz (mulheres para os homens, negros ou indígenas para os brancos etc.), a analogia em relação à diversidade das línguas se aplica quase automaticamente: os diferentes são portadores de defeitos.

Equívoco secular

No fundo, o preconceito linguístico é um preconceito social. É uma discriminação sem fundamento que atinge falantes inferiorizados por alguma razão e por algum fato histórico. Nós o compreenderíamos melhor se nos déssemos conta de que “falar bem” é uma regra da mesma natureza das regras de etiqueta, das regras de comportamento social. Os que dizemos que falam errado são apenas cidadãos que seguem outras regras e que não têm poder para ditar quais são as elegantes.
Isso não significa dizer que a norma culta não é relevante ou que não precisa ser ensinada. Significa apenas que as normas não cultas não são o que sempre se disse delas. E elas mereceriam não ser objeto de preconceito.
A leitura de um ou dois capítulos de qualquer manual de linguística poderia fazer com que todos se convencessem de que estivemos equivocados durante séculos em relação a conceitos como “falar errado”. Para combater esse preconceito, basta um pouco de informação.


b) “Preconceito contra a Educação”. Editorial da Revista Veja, nº 2218, 25/05/2011  

Editorial 

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Aula 3 – Oralidade e Escrita (dia 27/03/2013)

Tema: Oralidade e Escrita

Tempo: 04 aulas geminadas (duas horas-aula em cada turma)

Objetivos: Apresentação dos conceitos de fala e escrita, demonstrando que estes não são e não podem ser tomados como polos opostos.

Metodologia: Conceituação da fala e da escrita, segundo o livro didático utilizado pelos alunos: Gramática – texto: análise e construção de sentido, de Maria Luiza M. Abaurre e Marcela Pontara. A partir da utilização desse livro como roteiro, iremos trabalhar simultaneamente as ideias propostas por Marcos Bagno, Gramática pedagógica do português brasileiro, e por Antônio Marcuschi, Fala e escrita. Valendo-nos do conhecimento exposto em aulas anteriores, buscaremos fazer o aluno refletir acerca da divisão histórica, e errônea, entre língua e fala.
A atividade proposta é uma reescrita contextualizada e não valorativa da crônica #S D COMUNIKSSAUM, do Antônio Prata.

Anexos:

Anexo 1 - #S D COMUNIKSSAUM, de Antônio Prata

?s d comunikssaum
por Antonio Prata

A 1ª vz q abri o e-mail e dei de kra c/ uma msgm assim, naum entendi nd. Pnsei q era pau do outlook, pblma do cputador. Naum, nd dsso: era soh + uma leitora da KPRIXO que flava essa stranha lihngua da internet. Como a kda dia que passa, rcbo + msgs nesse dialeto sqzito, percbi q, ou aprendia eu tb a tklar assim, ou fikava p trahs. Na natureza nd c perde, nd c cria, td c transforma: tinha xgado a hr de eu tb me transformar.

Minha 1ª atitud foi tklar para Ehrika, uma garota que screv nessa lihngua, e prgntar como eu fazia p aprendr. Ela flou o sgte: “tipo_eh soh trocar CH por X, Ç por SS, H em vez de acento (é /eh; só/soh) e comer o máx d letras possihvel. Entendeu?” O q naum entendo eh pq tnta complicassão. Era taum fahcil scrver o bom e velho port_ Pgntei p o Joaum, 1 primo meu q screv ateh poemas desse jto: pq as pssoas estaum screvndo assim? Ele me garantiu q era pq era + fahcil. Serah? Olha soh, Joaum, Ehrika e td mdo: p tklar naum, uso 4 tklas. Para tklar não, tb uso soh 4. Eh =, ueh?! Kd a facilidad?

Outra splicassaum q me deram foi q, p quem tah nos EUA, eh + smples tklar assim, pq lah o tklado naum tem acents nem ç. Soh q em 2 anos de KPRIXO, minha kra, jah recebi + d 1000 msgs escrts assim, e eram lah do Parah, do Guarujah, de Jauh, + nunk dos Ests Unds. Plo q eu sei, no Guarujah, Parah e Jauh, os tklados tehm todos os acentos, naum?
Sei lah pq, + tenho minhas nohias. Serah q os garotos e garotas q passm o dia todo tklando assim, na hr que tiverem que screvr uma redação em port nrmal, vaum conseguir? Meu medo eh q os garotos e garotas, acostumads a essa forma de comunikssaum, tenham dfculdads c/ as outrs. Afnal, a histohria da humanidad estah tda em livrs, escrts com o portugs culto, cheio de vogais, acentos, vihrgulas, pontos e tdo+. Ou serah que, no futuro, os livrs vaum ser traduzids para a internet? "Hst, do Br: Krta de P. Vaz de Cmnh sobr desc. Do BR..."?! Pelo msnger vaum circular poemas d Drummond assim: "Tnha 1 pdra no ½ do kminho, no ½ do kminho tnha 1 pdra..."?!
Klaro, mlhor screvr e ler assim do q naum screver nem ler nda. O importante é a gte c comunicar c nos entendemos com linguagem de srdo/mdo, sinais de fumassa ou flando xneis, naum tem tnta importahncia.

Serah? Sei naum.,. Tvez eu seja antiquad, 1/2 pessimista, + gost da nossa lihngua e de tdos os pqnos dtalhes. Screvam como quiserm, c comuniquem na lihngua da internet, em cohdigo Morse ou c/ hierohglifos egihpcios, dsd q, d vz em qdo, abram um livro desses antigos, q usam acentos, e dehem uma lida. Tvez d + trbalho do q tklar no msnger, no ICQ ou num chat. + garanto que eh do kct.

Bjs, []s e ateh a prohxima edissaum.
Ass. Antn Prt!

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Aula 3 - Discursos (03/04/2013)

Tema: A dimensão discursiva da linguagem

Tempo: 02 aulas (uma hora-aula em cada turma)

Objetivos: Baseando-se na Teoria da Comunicação de Jakobson, apresentar aos alunos que a comunicação verbal não se encerra nos seis elementos sugeridos por Jakobson em seu modelo explicativo, onde cada um dos elementos corresponde a uma determinada função: o destinador (função expressiva ou emotiva), o destinatário (função apelativa), a mensagem (função poética), o código (função metalinguística), o contexto (função referencial) e o contato (função fática). Mostrar aos alunos que essa teoria acaba não abrangendo alguns conceitos importantes, como a ingerência do contexto - devido à diversidade de contextos e da experiência do emissor, quem comunica não pode ter certeza de que aquilo que está sendo comunicado irá de fato ser compreendido pelo receptor, além de que o comunicador é responsável por escolher os enunciados que podem colaborar, ou não, com a interpretação feita pelo receptor.

Metodologia: Levantar questões que façam o aluno pensar a respeito das funções da linguagem, para que na próxima aula eles sejam capazes de diferenciá-las, pois levaremos reportagens de fontes diversas (Tribuna, Gazeta do Povo, Revista Capricho, etc.) para mostrar a dimensão discursiva da linguagem com exemplos. Para essa primeira aula, será utilizado, como base, o livro didático usado pelos alunos Gramática – texto: análise e construção de sentido, das autoras Maria Luiza M. Abaurre e Marcela Pontara.
 
Aulas 04 e 05 – Texto e Discurso (10/04 e 17/04/2013)

Tema: Texto e discurso

Tempo: 03 horas-aula, para cada turma

Objetivo: por meio de um vídeo, tirinhas e material publicitário fazer com o que o aluno identifique as marcas ideológicas e objetivos presentes nos mais diversos textos, a diferença entre discurso e texto e será apresentada a definição de gênero textual, assunto que será continuado nas próximas aulas.

Metodologia: os pontos discutidos na aula anterior serão relembrados por meio de um vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=UCrZbWbv1fc). Logo em seguida serão apresentados diferentes textos (ver anexo) com o intuito de que o aluno perceba as marcas ideológicas, os interlocutores e as intenções de cada um. Serão solicitados os exercícios 1, 2, 5 e 6 das páginas 385, 386 e 387 do livro didático utilizado pela escola.

Anexos:

Anexo 1 - Tiras e Publicidade

1. Darwin

Darwin_USQ 
 
2. Paradoxo
 
Par_USQ 

3. Cervejas

Prop

 

4. Tira feminista
 Femina_USQ


5. Automóvel
 

celta_Prop

Autores: Anderson Chcrobut, Bárbara Aline Rozário, Carla Olsemann, Leandro Toporowicz, Raquel Kucker Martins, Elaine Cristina dos Santos, Luísa Belém de Souza.